
Bras�lia - A dois dias do come�o da janela das conven��es partid�rias, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva ainda tem arestas para aparar com o principal aliado para 2022: o PSB. As duas legendas v�m digladiando por todo o pa�s para definir candidaturas a governos estaduais e ao Congresso.
Coordenado pelo ex-presidente, o esfor�o do PT para desatar os n�s vem dando frutos e garantiu o palanque nos dois maiores col�gios eleitorais. Restam, por�m, pend�ncias e ajustes. Na sexta-feira, um dos problemas foi resolvido: o do Esp�rito Santo. Em nota, o PT anunciou apoio � reelei��o do governador, Renato Casagrande (PSB). Cai, portanto, a pr�-candidatura do senador Fabiano Contarato (PT) ao governo capixaba.
Coordenado pelo ex-presidente, o esfor�o do PT para desatar os n�s vem dando frutos e garantiu o palanque nos dois maiores col�gios eleitorais. Restam, por�m, pend�ncias e ajustes. Na sexta-feira, um dos problemas foi resolvido: o do Esp�rito Santo. Em nota, o PT anunciou apoio � reelei��o do governador, Renato Casagrande (PSB). Cai, portanto, a pr�-candidatura do senador Fabiano Contarato (PT) ao governo capixaba.
“Casagrande � um democrata e tem uma conex�o hist�rica com o PT. O apoio ao presidente Lula mostra que, cada vez mais pessoas, est�o escolhendo o amor em vez do �dio. Sim, existem diferen�as em nossas vis�es, mas nada t�o importante quanto trazer de volta a alegria das pessoas, manter o Esp�rito Santo em um caminho progressista e evitar a reelei��o de Bolsonaro", diz a nota, assinada pela presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, e pela presidente estadual, Jackeline Rocha.
Em contrapartida ao apoio petista, Casagrande dar� palanque a Lula. A ideia n�o era bem-vista pelo governador, que resistiu � ideia de se aliar ao ex-presidente at� esta semana. O acordo envolve tamb�m o PP, que exigiu ao pessebista n�o dar espa�o ao PT na chapa em troca de apoio. Ap�s as negocia��es, o diret�rio capixaba do PT cedeu e aceitou apoiar Casagrande mesmo sem ter lugar na chapa, para garantir apoio a Lula. Nos bastidores, corre que a decis�o ocorreu como contrapartida � retirada da candidatura de M�rcio Fran�a (PSB) ao governo de S�o Paulo em 8 de julho para abrir espa�o a Fernando Haddad (PT).
O pr�ximo alvo de Lula � Pernambuco. O ex-presidente estar� no estado na quarta e quinta-feira, encerrando a visita com ato p�blico em Recife para lan�ar a candidatura de Danilo Cabral (PSB) ao governo pernambucano. No estado, a tens�o entre PT e PSB vem de um excesso de apoio a Lula. Apesar de presidenci�vel j� ter declarado, em mais de uma ocasi�o, que Cabral � seu candidato ao governo, ele tamb�m n�o faz esfor�o para se distanciar da ex-petista Mar�lia Arraes (Solidariedade). Ela declara abertamente seu apoio a Lula e utiliza sua imagem nos materiais de campanha — e Lula n�o se op�e a isso, muito pelo contr�rio. Durante a visita a Bras�lia, na �ltima quarta-feira, Lula e Alckmin tiraram uma foto ao lado de Mar�lia, que voltou a elogi�-los. A postura irrita o diret�rio pernambucano no PSB, especialmente porque Mar�lia lidera as pesquisas. A expectativa dos socialistas � que a passagem de Lula ajude a alavancar Cabral, o que pacificaria um pouco os �nimos.
FARPAS
No Rio de Janeiro, terceiro maior col�gio eleitoral, h� pouca perspectiva de acordo. A disputa ocorre pela vaga ao Senado entre o deputado federal Alessandro Molon (PSB) e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Andr� Ceciliano (PT). Nem mesmo a passagem de Lula pelo estado p�de resolver a disputa. Tanto Molon quanto Ceciliano discursaram no palco com o ex-presidente, trocando farpas. Fontes dos partidos dizem que ningu�m vai ceder. Enquanto o diret�rio carioca do PT acusa Molon de descumprir acordo feito no come�o do ano, segundo o qual ele renunciaria � vaga ao Senado em prol do petista, o pessebista insiste que n�o fez nenhuma negocia��o do tipo. O cen�rio mais prov�vel � que as duas candidaturas sejam levadas adiante em paralelo. O apoio de Lula, por�m, vai para Ceciliano.
No Rio Grande do Sul, h� outro n� complicado. O petista Edegar Pretto e o socialista Beto Albuquerque disputam a vaga ao governo estadual. O PSB ga�cho, por um lado, avalia que a desist�ncia do petista deve ocorrer como parte da contrapartida � sa�da de Fran�a da disputa paulista. O PT, por sua vez, considera que os dois partidos est�o quites ap�s a sa�da de Contarato. Outra quest�o � que Albuquerque � declaradamente mais pr�ximo do ex-governador do Cear� Ciro Gomes do que de Lula, e negocia apoio com o PDT. Na avalia��o dos ga�chos, a situa��o s� tem chance de ser resolvida com uma interven��o mais firme dos diret�rios nacionais.