
Por sua vez, o PDT declara publicamente que gostaria que a alian�a continuasse de p�. Questionado em coletiva de imprensa quarta-feira (20/7) ap�s a conven��o nacional que o referendou como candidato ao Planalto, Ciro Gomes (PDT) afirmou que ainda n�o recebeu oficialmente aviso sobre o rompimento, e que gostaria de manter a alian�a.
O candidato tamb�m criticou o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) por tentar "invadir a autonomia do PDT para escolher o candidato". "O que est� acontecendo � o seguinte: o Lula resolveu desconsiderar toda e qualquer �tica e escr�pulo para destruir todos os partidos. Ele chamou o Rodrigo Neves, o meu irm�o Cid Gomes, o Weverton [Rocha], o Carlos Eduardo do Rio Grande do Norte e tentou operar no Cear� tamb�m", disse Ciro.
Ele defendeu, ainda, que o ex-presidente faz isso com outros partidos. "Tem chocado a absoluta falta de comportamento democr�tico do Lula ao tentar destruir as organiza��es partid�rias. O que o Lula est� fazendo com a Simone Tebet � fascismo. Aliciar uma banda de ladr�es do MDB para tirar o direito de uma senadora ser candidata � puro fascismo", afirmou.
Na segunda-feira (18/7), Lula reuniu-se com caciques do MDB e recebeu apoio de 11 diret�rios regionais da legenda. Uma ala emedebista liderada pelo senador Renan Calheiros defende que a candidatura de Tebet seja abandonada em prol de uma alian�a com Lula. O presidente nacional do partido, deputado federal Baleia Rossi, bateu o martelo e confirmou que a conven��o nacional confirmar� o nome da senadora ao Planalto no dia 27 de mar�o. Nos bastidores, por�m, h� movimenta��es para adiar a conven��o.
J� em rela��o ao PDT, parte do partido tamb�m defende alian�a com Lula, e avalia a candidatura de Ciro como n�o tendo chances de chegar ao segundo turno. Para evitar dissid�ncias, a conven��o nacional de ontem (20/7) aprovou uma resolu��o que pro�be a associa��o dos candidatos do partido a qualquer presidenci�vel que n�o seja Ciro, classificando o ato como uma ofensa grave.
Disputa pelo candidato do PDT
No Cear�, a disputa entre PT e PDT, aliados por 16 anos, se deu pela escolha do nome ao governo estadual. O acordo era que o PDT indicaria a cabe�a de chapa, mas havia diverg�ncia em rela��o ao nome a ser indicado. Enquanto uma ala do PDT ligada a Ciro defendia Roberto Cl�udio, o PT local apoiava a candidatura da atual governadora do estado, Izolda Cela, e amea�ava romper alian�a se o resultado fosse outro.
A situa��o fez com que o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, intervisse na disputa. Ele foi ao Cear� para participar da vota��o ocorrida na segunda (18/7), que confirmou Roberto Cl�udio. Ciro Gomes tamb�m estava no estado, mas n�o participou da reuni�o. A jornalistas ap�s a conven��o nacional, Lupi criticou a atitude do PT cearense de querer escolher quem seria o candidato do PDT.
Ap�s a decis�o por Roberto Cl�udio, Izolda Cela se manifestou nas redes sociais, ainda na segunda. “Meu partido PDT decidiu hoje, em reuni�o de diret�rio, que n�o terei o direito a concorrer � reelei��o. Respeito a decis�o. Seguirei firme, com for�a e coragem, honrando meu mandato e trabalhando muito pelo nosso Cear�”, disse a governadora.