"Ultrapassando as piores previs�es, o atual governo colocou o Brasil numa m�quina do tempo rumo ao passado. Fome, desemprego, destrui��o dos direitos trabalhistas, infla��o, corrup��o e amea�as � democracia s�o as marcas deste desgoverno, que nega a ci�ncia em todos os seus atos", frisou. "Vejam que eu disse corrup��o. Vira e mexe, o presidente diz que n�o tem corrup��o no governo dele. Me parece que ele n�o sabe a fam�lia que tem, me parece que ele se esqueceu do (Fabr�cio) Queiroz, da quadrilha das vacinas."
Lula tamb�m atacou o or�amento secreto, comparando-o ao mensal�o, ocorrido em seu governo, no qual parlamentares de v�rios partidos receberam dinheiro de empresas para votar a favor de pautas do Executivo. O PT foi uma das legendas mais atingidas no esc�ndalo, que levou � pris�o do ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu, do ex-tesoureiro da sigla Del�bio Soares e do ex-deputado e atual presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. "Fizeram um tremendo carnaval com o mensal�o e, hoje, est�o aprovando o or�amento secreto, que � a maior excresc�ncia pol�tica or�ament�ria do pa�s", ressaltou. "O presidente n�o tem poder sobre o or�amento, � a C�mara dos Deputados que dirige o or�amento."
O presidenci�vel reprovou a falta de transpar�ncia do governo e as sucessivas declara��es de sigilo, de at� 100 anos, que Bolsonaro imp�e sobre informa��es potencialmente prejudiciais a ele. "Diferentemente do nosso governo, que tinha o Portal da Transpar�ncia e a Lei de Acesso � Informa��o (LAI). Qualquer pessoa poderia saber sobre a qualidade do papel higi�nico no Pal�cio do Planalto", frisou.

Ci�ncia
� plateia formada por estudantes, pesquisadores e professores, Lula condenou o que chamou de "apag�o cient�fico" na gest�o Bolsonaro. Ele declarou que educa��o, ci�ncia e a tecnologia sempre foram prioridade nos seus governos. Listou projetos implementados no per�odo, entre os quais, o Conselho de Ci�ncia e Tecnologia (CCT), que discutia as medidas de fomento para o setor, e o Plano de A��o (PAC) da Ci�ncia, que realizou investimentos na ordem de R$ 41 bilh�es entre 2007 e 2010.
Lula ainda citou que o investimento na �rea saltou de 0,88% do Produto Interno Bruno (PIB) em 2000 para 1,24% em 2013, j� no governo de Dilma Rousseff. "A ci�ncia e a tecnologia foram al�adas � condi��o de eixo central do nosso governo. Educa��o, ci�ncia e tecnologia n�o s�o gastos aos cofres p�blicos, s�o investimentos para a soberania deste pa�s", enfatizou.
CNT
Horas depois, Lula e seu candidato a vice, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), participaram de evento na Confedera��o Nacional dos Transportes (CNT). No discurso, o petista comentou sobre a atual situa��o do pa�s. "Tenho a compreens�o de que o Brasil retrocedeu", afirmou.
Lula tamb�m disse que o Brasil deveria "tirar proveito da chamada crise internacional", se colocando "como solu��o para quem est� em crise". "A China est� em crise com os EUA? Vamos nos colocar � disposi��o da China para enfrentar os EUA. Os EUA est�o em crise com a China? Vamos nos colocar � disposi��o dos EUA para enfrentar a China. O Brasil tem de tirar proveito do seu potencial."
O evento reuniu empres�rios do setor e pol�ticos de diversos partidos para falar sobre transporte, infraestrutura e investimento. Lula recebeu as sugest�es do sistema CNT para fomentar a gera��o de emprego na �rea.
O presidente da entidade, Vander Costa, afirmou que o maior desafio de toda a cadeia produtiva � a falta de investimento. "O Brasil precisa investir em gasodutos. Estamos dispostos a pagar os ped�gios, mas colher frutos", completou.
Bruno Batista, diretor-executivo da CNT, lembrou que o capital para os transportes tem diminu�do paliativamente desde 2012. Segundo ele, "� medida que investimentos caem, a infraestrutura nacional tamb�m cai".
* Estagi�ria sob a supervis�o de Cida Barbosa