Segundo Sara Azevedo, � poss�vel encontrar uma "sa�da pol�tica" para o debate em torno da d�vida p�blica. Ela se ampara na eventual elei��o do presidenci�vel Luiz In�cio Lula da Silva (PT), apoiado pelo Psol.
"Com um novo governo federal, � poss�vel fazer uma nova negocia��o (para o passivo). Mas, em primeiro lugar, � preciso auditar a d�vida", disse. "Podemos brigar (no Senado) por essa auditoria. N�o temos como pagar uma d�vida sem saber que d�bito � esse, no fim das contas. Ela s� gera juros em cima de juros. A gente s� paga juros, mas n�o resolve a d�vida. Ela n�o ser� sanada com a Recupera��o Fiscal", emendou.
Apesar da resist�ncia encontrada na Assembleia Legislativa, Zema conseguiu autoriza��o do Supremo Tribunal Federal (STF) para aderir � Recupera��o Fiscal. Deputados estaduais e servidores, no entanto, temem desinvestimentos em pol�ticas p�blicas e preju�zos ao funcionalismo.
A candidata do Psol afirmou concordar com os que receiam as contrapartidas que devem chegar ao reboque do ingresso de minas no plano de ajuste fiscal.
"No final das contas, o que ele est� propondo (a Recupera��o Fiscal) � que haja o esvaziamento dos bens p�blicos, pois coloca como garantia do pagamento da d�vida a privatiza��o de bens p�blicos. Em um primeiro momento, tentou-se a Cemig, a CPI feita pela Assembleia ajudou bastante (a impedir a venda), porque foi um processo de investiga��o importante", criticou.
Venda de estatais em pauta
Embora seja simp�tico � entrega da empresa de energia el�trica � iniciativa privada, Zema passou a priorizar a venda da Companhia de Desenvolvimento Econ�mico de Minas Gerais (Codemig). No in�cio do ano, o governador chegou a pedir que o Parlamento Estadual analisasse, com urg�ncia, proposta para privatizar o empreendimento."� uma empresa de pensar a estrat�gia do estado. Quando se est� sendo gerido por uma empresa privada, a quem vai atender? Haver�, na verdade, um travamento dos servi�os p�blicos e das quest�es sociais no estado", rebateu Sara Azevedo.
A docente, que teve sua candidatura a senadora protocolada ontem junto � Justi�a Eleitoral, mostrou contrariedade com isen��es fiscais concedidas pelo Pal�cio Tiradentes.
"O governo tem que decidir para quem vai acender uma vela: se para a iniciativa privada ou se para a popula��o em geral, atrav�s dos recursos p�blicos".