
A decis�o de Zema, publicada no Di�rio Oficial do Estado, levou � demiss�o de 23 dos 26 servidores que davam expediente na vice-governadoria. Na segunda-feira (11), Brant anunciou que vai concorrer � reelei��o, mas na chapa encabe�ada por Marcus Pestana, tamb�m filiado ao PSDB.
Ao Estado de Minas, Paulo Abi-Ackel chamou as demiss�es de "equ�voco sem precedentes".
"O vice-governador foi eleito, diplomado pela justi�a eleitoral e empossado pela Assembleia Legislativa. A vice-governadoria � uma institui��o de estado e suas fun��es e atividades n�o se misturam com quest�es partid�rias e pol�ticas. � tamb�m um desrespeito � democracia, sem d�vida o que � mais grave", disse.
"As exonera��es dos servidores p�blicos dos quadros da Vice-Governadoria por meio de ato do governador do estado, publicado no �rg�o oficial ontem, buscam demonstrar for�a, mas revelam fraqueza e fragilidade'', pontuou Abi-Ackel.
E ele continou: "Fraqueza pelo excesso do peso do exerc�cio da autoridade, que quando � forte por s� s�, o faz com modera��o e respeito com aqueles que por ele s�o atingidos. Fragilidade pela compara��o com a rea��o do Vice-Governador Paulo Brant que com sua enorme estatura pessoal e pol�tica, ao expressar sua justa indigna��o, o fez mostrando-se anos-luz distante de pr�ticas pol�ticas como ele bem disse, 'truculentas e mesquinhas'", emendou.
O presidente tucano falou, ainda, que as consequ�ncias da decis�o de Zema recaem sobre os que perderam os empregos. Ele afirmou ser solid�rio aos servidores exonerados.
Rela��o Zema-Brant sofre abalo
Ontem, Brant, de fato, chamou o ato de Zema de "truculento e mesquinho". Segundo o vice-governador, a postura do chefe do Executivo � incompat�vel � "lealdade" que pautou o relacionamento de ambos.
"O governador tentou me atingir, mas n�o conseguiu. Atingiu, de um lado, a vida pessoal de 23 servidores, que nos �ltimos tr�s anos e meio trabalharam com dignidade e compet�ncia, a servi�o do governo, apartidariamente. De outro, atingiu, mais uma vez, as tradi��es, os ritos e os valores sublimes da pol�tica mineira, num gesto in�dito e que nos envergonha", protestou.
Paulo Brant foi eleito vice de Zema quando estava filiado ao Novo. Em 2020, por�m, ele deixou o partido e passou cerca de um ano e meio sem estar vinculado a uma legenda pol�tica. No ano passado, resolveu retornar ao PSDB, de onde havia sa�do em 2015.
O vice-governador costuma n�o esconder a decep��o com parte das posturas do Novo. Em agosto de 2021, ao EM, ele chegou apontar tra�os de "hegemonismo" na conduta da agremia��o.
"O partido � uma institui��o da sociedade civil, que pode ganhar ou perder a elei��o. Mas, uma vez governo, tem que criar um arco de alian�as com outros segmentos. A vis�o hegem�nica de que 'meu partido � dono do governo' gerou certo distanciamento. O cora��o do governo s� � acess�vel aos membros do Novo. Isso, na pol�tica, � o pecado original", pontuou, � �poca.
PSDB e Novo v�o �s urnas com chapas pr�prias
A exemplo do PSDB, que definiu uma chapa com Pestana e Brant, o Novo escolheu a op��o caseira Mateus Sim�es para ser o vice de Zema. Ex-secret�rio-geral da gest�o estadual, ele � um dos principais articuladores do Pal�cio Tiradentes.
Zema chegou a convidar o jornalista Eduardo Costa, do Cidadania, para ser seu parceiro eleitoral. A federa��o partid�ria que une o Cidadania ao PSDB, por�m, impediu a costura.
Irritados com a decis�o de manter Pestana no p�reo, os dirigentes do Cidadania anunciaram apoio informal a Zema, embora tenham de entregar o tempo de r�dio e TV � campanha tucana. A candidatura ter�, ainda, o endosso do PDT.