
“Enquanto a esquerda n�o trocar ‘renda m�nima’ por ‘dinheiro pro povo’, ‘carta em defesa a democracia’ ao inv�s de ‘carta em defesa do povo’, e ‘nossas diretriz de programa’ por ‘nossas propostas para os brasileiros’, o bolsonarismo continuar� nadando de bra�adas”, explicou o deputado.
Para ele, n�o h� nenhum problema em se viver em uma bolha, mas, o erro acontece quando “n�o percebemos isso e tomamos a nossa realidade paralela, no caso a nossa bolha, como a realidade factual.”
“A internet permitiu a ascens�o de todas as classes do ponto de vista de comunica��o. Todos falam e, com a devida propor��o, formam opini�o. A arrog�ncia de alguns setores da elite intelectual n�o lhes permite compreender que Jo�o Gomes com o seu ‘piseiro’ forma mais opini�o hoje do que Chico e Caetano com sua genialidade. Enquanto isso, alguns, como Reinaldo Azevedo e cia, preferem chamar o sertanejo (g�nero preferido de nove entre dez pessoas do povo), de ‘breganejo’”, afirmou.
Para Janones, essas elei��es ser�o decididas nas cidades interioranas, de 2, 3, 20 mil habitantes, totalmente fora do radar da esquerda, mas onde o bolsonarismo tem livre acesso. “Por l�, o Face � o WhatsApp por exemplo, nao � uma rede, mas, sim, um jornal”, continua.
“O que sai por l�, vira verdade absoluta, instantaneamente. E o bolsonarismo sabe bem disso. Esses que est�o ali, esquecidos pela arrog�ncia da nossa elite intelectual, por alguns setores da esquerda e pelos twitters adoradores de Chico e Caetano (ali�s, diga-se de passagem, a maioria por l� nem sabe que o Twitter foi criado ainda), s�o amparados por Bolsonaro”, afirmou.
O deputado ainda disse que Bolsonaro gera em pessoas de baixa renda uma sensa��o de pertencimento. “O pensamento � l�gico e compreens�vel: � prefer�vel algu�m que faz piada comigo e fala besteira o tempo todo, do que algu�m que nem sabe que eu existo”, disse. “Como cantou Cazuza: “eu vejo um futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades”, explicou.
“Ou a gente sai das fiesps da vida, da USP e do Twitter e tomemos os grupos de Whats, as comunidades, as feiras populares e o interior do pa�s, ou j� era. Chega de esperar que o povo venha at� n�s, � hora de irmos ao povo!”, concluiu.
O "Beab� da Pol�tica"
A s�rie Beab� da Pol�tica reuniu as principais d�vidas sobre elei��es em 22 v�deos e reportagens que respondem essas perguntas de forma direta e f�cil de entender. Uma demanda cada vez maior, principalmente entre o eleitorado brasileiro mais jovem. As reportagens est�o dispon�veis no site do Estado de Minas e no Portal Uai e os v�deos em nossos perfis no TikTok, Instagram, Kwai e YouTube.