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Estado de Minas DESMATAMENTO

Pesquisa: 81% dos eleitores elegem Amaz�nia como prioridade para presidente

Levantamento mostra que maioria dos eleitores reprova a��es do governo federal no combate ao crime organizado na regi�o


14/08/2022 06:00 - atualizado 14/08/2022 08:17

Vista aérea da Flores Amazônica
Para especialistas, prote��o da Floresta Amaz�nica precisa se impor � agenda do desenvolvimento (foto: Luis Robayo/AFP)
 
O pr�ximo presidente da Rep�blica precisa ter aten��o com a s�rie de problemas referentes � Amaz�nia nos �ltimos anos, sobretudo o tr�fico de animais, o desmatamento e a explora��o ilegal de madeira. � o que indica uma pesquisa encomendada pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS) ao PoderData e feita junto a 3 mil eleitores de 312 cidades de todo o pa�s entre 28 e 30 de julho.
 
O levantamento indica que, para 81% dos eleitores, os presidenci�veis devem eleger a prote��o da Floresta Amaz�nica como uma de suas prioridades. Para a maioria dos cidad�os entrevistados (65%), o governo federal n�o est� trabalhando para combater a s�rie de a��es que envolvem o crime organizado na regi�o. S� 17% dos respondentes acreditam que o presidente Jair Bolsonaro trabalha para conter as pr�ticas criminosas.

Questionamentos sobre viol�ncia foram inclu�das na s�rie de pesquisas ap�s os assassinatos do jornalista brit�nico Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira, que tiveram repercuss�o mundial.

A pior avalia��o do desempenho do governo federal no combate � viol�ncia na Amaz�nia foi observada exatamente nos estados da regi�o Norte: 69% disseram que o governo n�o est� trabalhando para combater crimes na regi�o, contra apenas 9% de avalia��o positiva. 
Gráfico da pesquisa sobre a Amazônia
(foto: Arte de Janey Costa)
O tr�fico de drogas foi apontado por 39% dos eleitores como o crime que mais prejudica a floresta e suas popula��es. Em seguida aparecem a grilagem de terras, com 17%, e o garimpo ilegal, com 13%. A corrup��o (9%), a explora��o ilegal de madeira (8%) e o tr�fico de animais (4%) tamb�m foram destacados.

“Qualquer projeto de desenvolvimento para a Amaz�nia deve considerar a necessidade de recuperar os territ�rios das m�os das fac��es e mil�cias, prevenir a viol�ncia e enfrentar o crime, o que, para a popula��o, n�o est� sendo feito pelo governo. Assim, n�o h� investimento socioambiental que d� conta”, destaca o soci�logo Renato S�rgio de Lima, diretor-presidente do F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica.

O �ndice de eleitores que querem ver a prote��o da Amaz�nia como prioridade do governo federal cresceu cinco pontos percentuais no comparativo com o levantamento anterior, feito entre 3 e 5 de junho. Para 16%, a prote��o � floresta n�o deve ser prioridade.
 
Uma parcela de 49% considerou ruim ou p�ssima a atua��o do governo federal na prote��o da Floresta, um ponto percentual a mais do que na pesquisa anterior. 

O �ndice dos que consideram essa atua��o �tima ou boa caiu de 19% para 15%. Na Regi�o Norte, o governo tem o menor �ndice de �timo e bom na prote��o da floresta, apenas 7%, e o maior �ndice de ruim e p�ssimo: 45%.

Imagem no exterior

Em rela��o � pesquisa anterior, o �ndice dos que acham a preserva��o da floresta � “muito importante” para a imagem do Brasil no exterior avan�ou de 41% para 44%. J� o percentual que considera “mais ou menos importante” cresceu de 25% para 29%, enquanto os que consideram “pouco importante” se manteve em 12%. Aqueles que consideram que o cuidado com o bioma “n�o � importante” caiu de 9% para 8%. 

Segundo Marilene Corr�a, doutora em Ci�ncias Sociais pela Unicamp e coordenadora do Laborat�rio de Estudos Interdisciplinares da Amaz�nia na Universidade Federal do Amazonas, os �ltimos epis�dios evidenciaram a import�ncia de maior cuidado com a preserva��o ambiental do local.
 
“Todos sabem que pecu�ria, garimpo, soja, contamina��o dos rios, tudo isso agride e n�o se torna fonte de desenvolvimento. Ap�s tantas frustra��es, a prote��o da Floresta precisa se impor � agenda do desenvolvimento, com aproveitamento inteligente dos recursos naturais”, diz Marilene. 

Ela tamb�m demonstra preocupa��o com o crescimento do crime. “O modelo predador e a falta de mecanismos de comando e controle estimularam as for�as primitivas de acumula��o de riqueza, que n�o usam a tecnologia nem a sabedoria tradicional, s� a for�a para saquear e matar.”


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