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Estado de Minas M�SICA NOVA

Daniela Mercury compara bolsonarismo a 'coisa ruim' que 'tira o ar'

O nome do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) n�o � citado, mas a cantora afirma que a letra da can��o faz refer�ncia tamb�m ao bolsonarismo


25/08/2022 17:44

Daniela Mercury
Composta h� sete meses, a m�sica foi apresentada pela primeira vez no protesto realizado no dia 11 de agosto, na Faculdade de Direito da USP (foto: Divulga��o/Reprodu��o)
A cantora Daniela Mercury lan�ar� nas plataformas digitais, na madrugada desta sexta (26), o single "O Samba N�o Pode Esperar", m�sica escrita por ela em protesto contra o autoritarismo, o negacionismo e discursos de �dio.

O nome do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) n�o � citado, mas a cantora afirma que a letra da can��o faz refer�ncia tamb�m ao bolsonarismo. "Voc� � como erva daninha/ Mata aos poucos, tira o ar/ Amea�a a democracia/ Sua tirania quer nos calar", diz trecho da composi��o.

� coluna, Daniela diz que o Brasil vive um momento crucial e que a m�sica � a sua forma de alertar a popula��o sobre o que est� em jogo no pleito de outubro. "Nunca vi o pa�s em uma situa��o t�o delicada. O Brasil n�o suporta mais quatro anos de um governo que n�o tem apre�o pela democracia, que ataca a cultura, que ataca os artistas, que ataca a natureza", afirma.

Por isso, diz ela, "O Samba N�o Pode Esperar" � uma can��o mais dura que outras m�sicas suas. "Dessa vez, eu achei que tinha que chamar a aten��o para o perigo que estamos correndo", enfatiza.

Em outro trecho da can��o, Daniela canta: "Coisa ruim, destruiu nossa casa, causou tanto estrago, tristeza e horror/ Sua maldade matou tanta gente que indignado o tempo parou."


As pessoas que defendem o atual governo tamb�m n�o s�o poupadas na letra
. "Quem apoia seu mal � cruel/ Desumano, fascista e sem cora��o/ Quem n�o sente a dor do seu povo/ � uma gente ego�sta/ Que n�o vale um tost�o."

A cantora diz que tentou traduzir na composi��o o que seria "esse fascismo moderno" que, em sua opini�o, est� tentando se instalar no pa�s. E que, prossegue ela, � formado por elementos como as fake news, a viol�ncia e a intoler�ncia.

"� a mentira tentando se tornar verdade e que foi muito presente nesse per�odo da pandemia, em que vimos muita gente morrer por causa desse negacionismo", diz.
"A democracia abarca o diferente, o contradit�rio, e lida com isso continuamente. O autoritarismo quer destruir tudo como uma grande erva daninha, tentando determinar que s� existe uma �nica verdade", acrescenta.

Apesar de ser uma letra mais dura, Daniela afirma que � uma pacifista e que a proposta de "O Samba N�o Pode Esperar" � trazer "amor, consci�ncia, reflex�o e discernimento". "N�s sofremos muito durante a pandemia. A tend�ncia agora � que a gente relaxe um pouco, descanse um pouco o cora��o, mas ainda n�o d�, ainda temos 40 dias para o primeiro turno", diz ela.

No refr�o da letra, ela canta: "O sonho n�o pode esperar / O samba n�o pode parar/ O amor n�o pode esperar".

Composta h� sete meses, a m�sica foi apresentada pela primeira vez no protesto realizado no dia 11 de agosto, na Faculdade de Direito da USP, em S�o Paulo, quando foram lidas duas cartas em prol da democracia.

"O Samba N�o Pode Esperar" far� parte do �lbum que Daniela dever� lan�ar ainda neste ano. O novo trabalho revisitar� a hist�ria da cantora e celebrar� os 30 anos do �lbum "O Canto da Cidade", o seu primeiro grande sucesso.

LEIA A LETRA DE "O SAMBA N�O PODE ESPERAR"

O dia a dia do povo tem sido um calv�rio, um sufoco
Voc� � como erva daninha
mata aos poucos, tira o ar
Amea�a a democracia
Sua tirania quer nos calar
Mas as ruas s�o da liberdade
A express�o da vontade
que n�o pode esperar
Voc� animal trai�oeiro que anda em matilha e ataca por tr�s
Faz piada e gargalha da morte
Como um bando de hienas sobre restos mortais
Quem apoia seu mal � cruel
desumano, fascista e sem cora��o
Quem n�o sente a dor do seu povo
� uma gente ego�sta
Que n�o vale um tost�o
Coisa ruim destruiu nossa casa, causou tanto estrago, tristeza e horror
Sua maldade matou tanta gente que indignado o tempo parou
Mas o amor � a for�a da vida
Que explode no peito dessa multid�o
� a insurrei��o colorida
brotando na avenida
Como flor do sert�o

O sonho n�o pode esperar
O samba n�o pode parar
O amor n�o pode esperar
O verso e a rima

O futuro n�o pode esperar
O povo n�o pode calar
A liberdade n�o pode esperar
Dar a volta por cima.


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