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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Policiais miram governos estaduais, mas amenizam discurso bolsonarista

N�mero de membros de for�as de seguran�a concorrendo a governador, vice e senador quadruplicou nos �ltimos 12 anos


28/08/2022 16:06

policiais olham BH de um mirante
(foto: Euler Junior/EM/DA Press)

A ascens�o ao poder do presidente Jair Bolsonaro (PL) fez crescer o n�mero de candidaturas de policiais civis e militares, bombeiros e membros das For�as Armadas na disputa por cargos majorit�rios nas elei��es deste ano.

O n�mero de membros de for�as de seguran�a concorrendo a governador, vice e senador quadruplicou nos �ltimos 12 anos.

Em curva ascendente, foram 10 candidaturas em 2010, 13 em 2014, 32 em 2018, chegando a 41 em 2022.

Espalhados por 15 estados e Distrito Federal, oito policiais militares, um policial, cinco membros das For�as Armadas e tr�s bombeiros militares disputam governos estaduais em outubro.

Os nomes mais competitivos, contudo, amenizaram o discurso bolsonarista at� mesmo em temas como a seguran�a p�blica e tentam conquistar os eleitores com discursos mais moderados.

Dentre eles est�o dois governadores em reelei��o: o policial Coronel Marcos Rocha (Uni�o Brasil), governador de Roraima, e Carlos Mois�s (Republicanos), governador de Santa Catarina.

Ambos foram eleitos em 2018 de forma surpreendente pelo PSL, mesmo partido de Bolsonaro, puxados pela onda de direita que varreu o pa�s naquelas elei��es. Mas agora enfrentam um desafio complexo de concorrer em estados onde o presidente ter� palanques triplos.

Assim como na elei��o passada, o Coronel Marcos Rocha apostar� na sua liga��o com Bolsonaro para tentar um novo mandato. Nos comerciais, aparece batendo contin�ncia, lendo a B�blia e traz em seu jingle o slogan do presidente "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos".

Mas, ao contr�rio de 2019, formou uma alian�a ampla, modulou o discurso e agora prioriza temas como a gera��o de empregos e o combate �s desigualdades.

Em Santa Catarina, Carlos Mois�s se afastou e chegou a fazer cr�ticas a Bolsonaro ao longo do mandato. Ficou isolado e enfrentou um processo de impeachment do qual saiu absolvido. Hoje, mant�m o apoio ao presidente, mas tem feito uma campanha dissociada da imagem dele.

Ao escolher o nome de urna, deixou de lado o cargo que ocupou no Corpo de Bombeiros. Ser� apenas Mois�s, no lugar do Comandante Mois�s que adotou h� quatro anos.

Na campanha, busca tratar de temas como sa�de e infraestrutura, mas n�o deixou a seguran�a p�blica de lado. Em uma propaganda, aparece com arma em punho em um estande de tiro enquanto afirma que equipou a pol�cia catarinense com as mesmas armas usadas pelo FBI, pol�cia federal norte-americana.

A estrat�gia � semelhante ao do deputado federal Capit�o Wagner (Uni�o Brasil), outro policial que desponta como candidato favorito em seu estado, o Cear�. Capit�o da PM, ele ganhou notoriedade como l�der do motim de policiais em 2012.

Assim como Carlos Mois�s, ele tamb�m traz a pol�cia norte-americana como uma refer�ncia e promete implantar um "padr�o FBI" na seguran�a p�blica do Cear�. Em uma das propagandas, traz um depoimento com dublagem em portugu�s de George Piro, que era encarregado do FBI em Miami.

A seguran�a est� no centro da sua campanha: o Cear� enfrenta um quadro grave de disputa entre fac��es e � o segundo estado onde, proporcionalmente, houve mais mortes violentas em 2021, segundo dados do F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica.

Capit�o Wagner tem o apoio de Bolsonaro, mas subiu no muro em rela��o � elei��o presidencial para atrair um eleitorado mais amplo e busca se distanciar do bolsonarismo mais radical em seu discurso.

Em um v�deo, afirmou que o lema "bandido bom � bandido morto est� ultrapassado" e que o governador deve trabalhar com intelig�ncia para prevenir crimes.

Em Sergipe, no Rio Grande do Norte e em Goi�s, tr�s novatos que estrearam na pol�tica em 2018 em cargos legislativos tentam chegar aos governos de seus respectivos estados ancorados na figura do policial e no discurso contra a corrup��o e viol�ncia.

Disputando o Governo de Sergipe, o senador Alessandro Vieira (PSDB) tem perfil conservador, mas n�o � pr�ximo a Bolsonaro. Foi um cr�tico do presidente na CPI da Covid, quando usou da sua experi�ncia de delegado para inquirir depoentes.

Ele � entusiasta da Lava Jato e, no Senado, defendeu a instala��o de uma comiss�o de inqu�rito para investigar os tribunais superiores, a CPI Lava Toga, que n�o foi instalada.

Na campanha para governador de Sergipe, refor�ou o lema anticorrup��o e destacou seu trabalho como chefe da Pol�cia Civil do estado, quando esteve � frente de opera��es que resultaram na pris�o de pol�ticos. Adotou como slogan "chama o delegado".
No Rio Grande do Norte, o tamb�m senador Styvenson Valentim (Podemos) decidiu enfrentar a governadora F�tima Bezerra (PT).

Mas adotou um formato de campanha pouco ortodoxo: al�m de n�o usar recursos do fundo eleitoral, tamb�m abriu m�o do hor�rio eleitoral gratuito e das inser��es no r�dio e na televis�o. Diz que n�o ir� imprimir santinhos e adesivos e vai concentrar sua campanha nas redes sociais.

Policial militar, Styvenson era coordenador das blitze da Lei Seca e ganhou popularidade com v�deos nas redes sociais. Foi eleito para o Senado em 2018 derrotando pol�ticos tradicionais do estado.

Os candidatos menos competitivos seguem mais alinhados ao bolsonarismo, caso do deputado federal Major Vitor Hugo (PL), que tenta o Governo de Goi�s. Isolado politicamente, n�o conseguiu formar uma coliga��o para enfrentar o governador Ronaldo Caiado (Uni�o Brasil), que concorre � reelei��o.

Com trajet�ria no Ex�rcito, ele foi eleito deputado pela primeira vez em 2018 e chegou ao cargo de l�der do governo Bolsonaro na C�mara dos Deputados. Agora, tem o apoio do presidente como principal ativo eleitoral e entrou na campanha com slogan "chama o major".

Tamb�m h� policiais concorrendo no campo da esquerda, com candidaturas pouco competitivas. Na Bahia, o policial civil Kleber Rosa (PSOL), um dos l�deres do movimento de policiais antifascistas, concorre ao governo do estado com cr�ticas � pol�tica de seguran�a do governo Rui Costa (PT).

"Temos a seguran�a p�blica voltada para o confronto, voltada � naturaliza��o da morte dos corpos negros, voltada para emparedar e combater essa popula��o", disse o candidato em maio em sabatina da Folha e UOL.

No Esp�rito Santo, concorre ao governo o capit�o da PM Vin�cius Sousa (PSTU), tamb�m membro dos policiais antifascismo e que defende pautas como a descriminaliza��o das drogas. Em julho, ele foi alvo de amea�as de morte na internet. O caso est� sendo investigado pela Pol�cia Civil.


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