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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Ascens�o dos candidatos da terceira via aumenta chances de segundo turno

Crescimento da terceira via � o fator que altera as previs�es e aumenta chances de o pleito n�o ser decidido em 2 de outubro


03/09/2022 11:09

Lula e Bolsonaro
Em meio � polariza��o Lula-Bolsonaro, pesquisas de inten��o de voto apontam crescimento de Ciro e Tebet (foto: Miguel SCHINCARIOL / AFP)

As pesquisas de inten��o de votos divulgadas nesta semana, se n�o mostraram mudan�as significativas na disputa entre o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e o atual, Jair Bolsonaro (PL), deixaram os estrategistas das campanhas diante de um cen�rio, at� ent�o, pouco considerado: a ascens�o dos candidatos da chamada terceira via — Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (Uni�o Brasil). Apesar de as chances de reviravolta nas posi��es intermedi�rias serem pequenas, a conquista de eleitores fora da polariza��o Lula-Bolsonaro come�a a mostrar vigor para levar a disputa ao segundo turno.

 

A pesquisa mais recente do Instituto DataFolha, divulgada na quinta-feira, mostra Lula � frente de Bolsonaro com 13 pontos percentuais de vantagem (45% a 32%). Essa diferen�a j� chegou a 21 pontos, em maio, mas o presidente conseguiu avan�ar, de l� para c�, cinco casas no tabuleiro da sucess�o, enquanto o advers�rio se manteve praticamente est�vel, com recuo de tr�s pontos percentuais (dentro da margem de erro).

 

A m� not�cia para Lula � que a soma dos votos dos demais candidatos (49%) supera, pela primeira vez, o seu pr�prio escore na pesquisa. N�meros que, se confirmados nas urnas, levariam o pleito para decis�o em segundo turno.

 

A novidade � o avan�o de Simone Tebet al�m da margem de erro dos institutos. Desde que lan�ou seu nome pelo autodenominado centro democr�tico (coliga��o MDB/federa��o PSDB-Cidadania/Podemos), a senadora por Mato Grosso do Sul patinava entre 0% e 2% na prefer�ncia do eleitor. Com o in�cio da propaganda eleitoral obrigat�ria no r�dio e na tev� e o bom desempenho na entrevista que deu ao Jornal Nacional, da TV Globo, e no primeiro debate entre presidenci�veis, na TV Band, Tebet deu um pequeno salto para 5% das inten��es de voto.

Ciro Gomes tamb�m avan�ou, no limite da margem de erro: tinha 7% e passou para 9%. At� Thronicke conquistou seu primeiro pontinho nas pesquisas, ela que entrou tardiamente na campanha e era praticamente desconhecida do eleitorado at� chamar Bolsonaro de tchutchuca no debate presidencial e viralizar nas redes sociais.

 

O ligeiro avan�o da terceira via tamb�m foi detectado pelo Ipec, tr�s dias antes. O instituto (fundado por especialistas do antigo Ibope) apurou estabilidade nas inten��es de voto tanto de Lula quanto de Bolsonaro (44% a 32%, percentuais iguais aos da pesquisa anterior, divulgada no dia 15). Tebet e Ciro, por�m, cresceram um ponto percentual em rela��o ao levantamento de duas semanas atr�s.

 

Potencial

Segundo analistas, os �ltimos n�meros mostram que o crescimento dos candidatos da terceira via, mesmo modesto, tem potencial para impedir que Lula conquiste, no primeiro turno, a metade dos votos v�lidos.

 

Para o cientista pol�tico Leonardo Barreto, "a chave do segundo turno est� com a terceira via", que captura os eleitores que ainda est�o indecisos e reduz a margem de vit�ria antecipada de Lula. "Vai ter segundo turno, vai ser apertado, mas os processos de transfer�ncia de votos ainda n�o est�o claros", disse.

Para Bolsonaro, essa foi a �nica boa not�cia vinda das �ltimas pesquisas. A equipe dele esperava que a derrama de dinheiro p�blico no chamado pacote de bondades (aumento do Aux�lio Brasil para R$ 600, eleva��o do vale-g�s, redu��o for�ada do pre�o da gasolina e voucher para caminhoneiros e taxistas) e a melhora dos indicadores econ�micos (queda do desemprego, defla��o e crescimento do Produto Interno Bruto-PIB) turbinassem o crescimento do presidente. Mas essa subida n�o veio na velocidade e na intensidade desejadas.

 

"Tenho certeza de que Bolsonaro chega ao primeiro turno na frente. N�o tenho nem d�vida. Com 15 dias de programa eleitoral, a elei��o estar� empatada", previu o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, em entrevista ao Correio no in�cio de agosto. Agora, a torcida � para que a elei��o n�o se decida em 2 de outubro.

 

Nos comit�s de campanha, ningu�m fala em segundo turno. Mas, a reportagem apurou que, em rela��o ao l�der, a estrat�gia ainda � mirar Bolsonaro como advers�rio a ser desconstru�do e insistir na compara��o entre os governos. Dessa forma, preserva canais de di�logo com Ciro Gomes e Simone Tebet para o caso de a elei��o n�o ser decidida agora.

 

Para o time de Bolsonaro, a meta � impedir a vit�ria de Lula no primeiro turno e, com mais tempo de campanha, capitalizar os bons ventos da economia, al�m de capturar o voto antipetista, em uma reedi��o da disputa do "n�s contra eles". 


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