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Estado de Minas ENTREVISTA/DIRLENE MARQUES (PSTU)

''Temos de rediscutir a d�vida''

Candidata do PSTU ao Senado diz que ''o povo pobre'' � quem tem pago a d�vida do pa�s


06/09/2022 04:00 - atualizado 06/09/2022 10:59

DIRLENE MARQUES (PSTU)
''� um absurdo voc� isentar empresas que v�o destruir o estado como um todo, para poder estimular a exporta��o'' (foto: Jorge Gontijo/EM/D.A PRESS)

Candidata ao Senado por Minas Gerais, a economista Dirlene Marques (PSTU) pretende chegar ao Congresso Nacional defendendo o que chama de “luta revolucion�ria e socialista” como base para aprovar projetos importantes para Minas e o Brasil.

Convidada de ontem do “EM Entrevista”, podcast de entrevistas do Estado Minas, Dirlene admite que ser� uma tarefa complicada conquistar uma cadeira no Senado. Segundo ela, o Senado � um espa�o tipicamente de homens brancos e muito ricos. “Tanto � que, at� hoje, s� tivemos uma mulher, que foi a J�nia Marise, e nunca tivemos nenhum negro”, diz.

Mas, se chegar l�, uma das suas lutas ser� rediscutir o pagamento da d�vida do pa�s com organismos internacionais e tamb�m da d�vida de Minas com a Uni�o. Segundo Dirlene, a tentativa do estado em quitar essa d�vida com a Uni�o faz com que se onere o investimento em pol�ticas p�blicas e isso acaba com a qualidade de vida da popula��o. Confira a �ntegra da entrevista no canal do Portal Uai, no YouTube.


Leia mais: https://lugardafinancas.com/app/noticia/politica/2022/09/06/interna_politica,1391491/temos-de-rediscutir-a-divida.shtml

Convidada de ontem do "EM Entrevista", podcast de entrevistas do Estado Minas, Dirlene admite que ser� uma tarefa complicada conquistar uma cadeira no Senado. Segundo ela, o Senado � um espa�o tipicamente de homens brancos e muito ricos. "Tanto � que, at� hoje, s� tivemos uma mulher, que foi a J�nia Marise, e nunca tivemos nenhum negro", diz.


Mas, se chegar l�, uma das suas lutas ser� rediscutir o pagamento da d�vida do pa�s com organismos internacionais e tamb�m da d�vida de Minas com a Uni�o. Segundo Dirlene, a tentativa do estado em quitar essa d�vida com a Uni�o faz com que se onere o investimento em pol�ticas p�blicas e isso acaba com a qualidade de vida da popula��o. Confira a �ntegra da entrevista no canal do Portal Uai, no YouTube.

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Quais t�m sido os principais desafios da candidatura ao Senado?
O primeiro grande desafio, que � hist�rico aqui em Minas, � que o Senado � um espa�o tipicamente de homens, brancos e muito ricos. Tem que ter muito dinheiro e normalmente ser homem rico e branco. Tanto � que, at� hoje, s� tivemos uma mulher, que foi a J�nia Marise, e nunca tivemos nenhum negro. Mas, no meu caso, que sou economista, o que mais me atraiu foi algo a mais que o Senado faz e que, normalmente, ele n�o tem assumido este papel, que � a discuss�o dos projetos que o governo encaminha para fazer acordos internacionais sobre a quest�o financeira, em especial das d�vidas p�blicas que o Estado tem.

Como economista, como a senhora v� a quest�o das d�vidas de Minas Gerais com a Uni�o?
Do ponto de vista nacional, quero colocar em discuss�o a d�vida do governo federal para os seus credores nacionais e internacionais, que � o grande capital, o sistema financeiro. O pa�s, hoje, vive em fun��o do pagamento do servi�o da d�vida, ele vai acumulando esse processo de endividamento, o que inviabiliza fazer qualquer pol�tica social. De tudo que se arrecada hoje, em torno de 47% da arrecada��o do estado � feito sobre a massa da popula��o, atrav�s do consumo. Ent�o, voc� cobra impostos sobre tudo o que a popula��o consome. E, disso tudo, 50% � para pagar a d�vida. Ent�o, o povo pobre paga a d�vida. Dentro do estado de Minas, n�s temos uma lei esdr�xula, que afeta Minas Gerais e o Par�, que � a Lei Kandir. Ela diz que aquele que faz extra��o de produtos prim�rios, se for para exporta��o, n�o tem que pagar impostos localizados. E o governo federal faz a compensa��o disso. � um absurdo voc� isentar empresas que v�o destruir o estado como um todo, para poder estimular a exporta��o. Voc� destr�i as ind�strias. O Brasil, hoje, n�o tem ind�strias. Ele voltou para a pauta de exporta��o nos anos 50, n�s exportamos s� commodities, centrado no min�rio e no agroneg�cio. E o povo mineiro est� lutando contra a destrui��o ambiental ocasionada por esses dois geradores de destrui��o do estado, que s� geram recursos para a exporta��o e para o privado. E a�, neste caso, os governos estaduais come�am a onerar o setor p�blico, onerar todas as pol�ticas p�blicas, para poder dar conta dos seus acordos com o governo federal. Ent�o, enquanto n�o fizermos uma discuss�o geral sobre como os estados sobrevivem, como isso tem que voltar para a popula��o, voc� n�o consegue resolver esse problema.



Falando de minera��o, como a senhora v� o projeto de tombamento da Serra do Curral, que tem sido alvo de mineradoras?
Temos v�rias serras que est�o sendo destru�das e n�s estamos participando de todas essas mobiliza��es (para evitar a destrui��o). Em 2018, quando eu concorri ao governo de Minas, trabalh�vamos junto a um grupo de estudos da UFMG. Eles provaram, com dados, que podemos ter 50 anos pela frente sem a necessidade de extra��o mineral para poder manter o desenvolvimento do pa�s. E a� o estado pode investir em turismo, em quest�es mais locais, para poder gerar outro tipo de recurso. Essa � uma posi��o com que eu simpatizo muito, mas acho que hoje a gente precisa caminhar muito para chegar at� a�. Ent�o, a gente trabalha para ter controle sobre essas ind�strias extrativas que destroem e n�o deixam nada, para poder controlar a sua produ��o e o seu processo de exporta��o. Por isso voc� tem que mexer na lei de Responsabilidade Fiscal, na Lei Kandir e atuar sob as mineradoras em uma forma de controle popular.

Em meio ao debate sobre o Aux�lio Brasil, qual a vis�o da senhora sobre a transfer�ncia de renda?
Temos que pensar em gerar renda a partir do trabalho. Que a gente retome um processo de desenvolvimento em que o povo brasileiro tenha emprego e, a partir do seu emprego, tenha sal�rio. Tamb�m tem toda uma discuss�o de qual � o m�nimo necess�rio, mas tem um processo at� chegar nessa situa��o. Em uma situa��o emergencial, porque � uma emerg�ncia, onde as pessoas est�o morrendo de fome. N�s temos que dar condi��o para que essas pessoas sobrevivam at� que o pa�s retome o processo de produ��o, mas n�o adianta fazer a distribui��o do m�nimo sem fazer as reformas b�sicas necess�rias.

O gasto p�blico com educa��o atingiu o menor patamar em 10 anos. Como a senhora pretende atuar no Congresso Nacional pelo aumento dos investimentos?
Houve uma redu��o dr�stica. N�o � s� em Minas e n�o � algo recente. O pior � isto: a cada ano se reduz a partir da redu��o do ano anterior. O setor de educa��o, que � fundamental para viabilizar essa retomada do processo econ�mico, precisa ter qualidade. Por isso que defendemos educa��o p�blica e gratuita, desde o maternal at� a universidade. Entretanto, o que temos visto muito s�o cortes no financiamento p�blico e investimentos no setor privado, que temos chamado de privatiza��o do ensino p�blico.

A senhora concorda com a pauta do partido de armar os oper�rios como uma forma de autodefesa?
Esse � um dos temas em que a gente se diferencia. O Estado � um Estado terrorista. A gente vai para a rua fazer qualquer manifesta��o e a pol�cia est� armada para conter. Este tipo de armamento, esse tipo de Estado, a gente acha que � um Estado que aterroriza e n�o d� a seguran�a de que n�s precisamos. Eu acho que nesse instante n�s n�o estamos falando de dar armas � popula��o, porque se a gente faz isso sem ter o preparo necess�rio, e contra um Estado e mil�cias armadas, vai se criar um caos social.
 




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