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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Candidatos que descolaram imagem de Bolsonaro est�o se saindo melhor

Na disputa pelos governos estaduais, candidatos de direita que evitaram colar a imagem � do presidente t�m desempenho melhor nas pesquisas de inten��o de voto


17/09/2022 10:35 - atualizado 17/09/2022 11:36

Bolsonaro e Tarcísio de Freitas
Candidatos conservadores que evitaram colar a imagem � do presidente Jair Bolsonaro t�m desempenho melhor nas pesquisas de inten��o de voto do que os bolsonaristas assumidos (foto: Bruno Rocha/Enquadrar/Estad�o Conte�do)
As �ltimas pesquisas de inten��o de voto para o governo de Alagoas, uma das disputas mais nacionalizadas do pa�s, mostram uma rea��o do senador Rodrigo Cunha (Uni�o Brasil) em sua briga particular com o tamb�m senador Fernando Collor (PTB) por uma vaga no segundo turno, provavelmente contra o candidato do MDB, o atual governador do estado, Paulo Dantas.
 
Os dois parlamentares buscam por votos na mesma faixa do eleitorado. A diferen�a � que Cunha evita se vincular ao bolsonarismo, enquanto Collor se declara o "candidato de Bolsonaro". Dantas, por sua vez, � ligado ao grupo do senador Renan Calheiros (MDB) - ele sucedeu Renan Calheiros Filho no governo do estado e, agora, tenta a reelei��o -, que � um dos principais apoiadores do ex-presidente 
Luiz In�cio Lula da Silva (PT).

De acordo com o Instituto Ibrape, em pesquisa divulgada ontem, Dantas lidera a corrida pelo Pal�cio Rep�blica dos Palmares com 36% das inten��es de voto. Na briga por uma vaga no segundo turno est�o Cunha, com 20%, ultrapassando Collor, agora em terceiro, com 17% - empatados na margem de erro. N�meros semelhantes foram divulgados na quinta-feira pela Paran� Pesquisas, que mostram Dantas com 30%; Cunha com 20,8%; e Collor com 18,9% das inten��es de voto.

O cen�rio da disputa alagoana reflete a polariza��o nacional entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL) e, como recorte, um fen�meno que vem se repetindo em outros estados: candidatos conservadores que evitam colar a imagem � do atual chefe do Executivo est�o conseguindo avan�ar nas inten��es de voto mais do que os bolsonaristas assumidos.

Cunha � o candidato do presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), que declarou que "ningu�m representa mais o bolsonarismo do que ele". Mas o senador do Uni�o Brasil tem feito uma campanha descolada da imagem do presidente, ao contr�rio de Collor, que amarrou sua candidatura ao apoio a Bolsonaro.

No Cear�, o l�der das pesquisas, Capit�o Wagner (Uni�o Brasil), tamb�m evita vincular seu nome ao do presidente, para n�o ser contaminado pela rejei��o de Bolsonaro, que � ainda mais alta entre os nordestinos do que no restante do pa�s.
 
Uma estrat�gia que vem se mostrando eficiente na corrida para tirar do poder o grupo ligado � fam�lia do candidato � Presid�ncia pelo PDT, Ciro Gomes, representado pela candidatura do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cl�udio. O pedetista perdeu, nas �ltimas rodadas de pesquisas, o segundo lugar na corrida eleitoral para o candidato do PT, Elmano Freitas.

Governadores que apoiaram direta ou indiretamente Bolsonaro na elei��o de 2018 tamb�m est�o adotando a estrat�gia de se afastar do presidente para evitar que a rejei��o dele (na casa dos 50% do eleitorado nacional, de acordo com as pesquisas) atrapalhe as campanhas pela reelei��o estadual.

O exemplo mais evidente est� em Minas Gerais. O governador Romeu Zema (Novo) lidera com folga a disputa contra o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), em uma campanha em que decidiu n�o se aliar formalmente ao presidente. Com isso, pesca votos no eleitorado mais conservador, incluindo os bolsonaristas, e ainda alimenta o movimento "Luzema" - Lula para presidente, Zema para governador. Kalil, por sua vez, tenta chegar ao segundo turno abra�ado com a candidatura do ex-presidente. O postulante oficial de Bolsonaro, Carlos Viana (PL), n�o decolou.

Oposi��o

Em Goi�s, Ronaldo Caiado (Uni�o Brasil) tamb�m busca votos no bolsonarismo, mas assume uma postura de oposi��o ao presidente desde a pandemia, por n�o concordar com a gest�o do governo federal na crise sanit�ria.

No Rio de Janeiro, o candidato do PL e l�der nas pesquisas, governador Cl�udio Castro, "esconde" o presidente em suas pe�as de propaganda, apesar de subir no palanque com ele, como fez no 7 de Setembro, na Praia de Copacabana.

Na Bahia, ACM Neto (Uni�o Brasil) � outro que adotou a estrat�gia de n�o se vincular ao presidente. No estado, o candidato oficial de Bolsonaro, o ex-ministro Jo�o Roma, sofre com a alta rejei��o do presidente e n�o consegue escalar nas pesquisas, que apontam a possibilidade de segundo turno entre ACM Neto e o candidato do PT, Jer�nimo Monteiro, que cresceu 12 pontos percentuais em duas semanas, conforme a �ltima pesquisa Datafolha. 
 
"Na elei��o majorit�ria, os candidatos realmente se escondem de bolas divididas, precisam de votos em todos os segmentos da sociedade. As pol�micas funcionam mais nas elei��es proporcionais, em que se disputam nichos do eleitorado. Por isso, (os candidatos a governos estaduais) tendem a omitir quest�es mais pol�micas - Bolsonaro � a pol�mica em pessoa - e passam a adotar posturas mais neutras", avalia o cientista pol�tico Leonardo Barreto, da consultoria de risco pol�tico Vector Research.
 
"S�o candidatos de centro-direita, da pol�tica tradicional, s�o experientes, sabem que essa caracter�stica de Bolsonaro (de alimentar pol�micas) n�o � transmiss�vel."


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