
“Sen�o eles (autoridades) v�o continuar achando que tem uma carta em branco e que governam para si e n�o para n�s”, diz durante sua participa��o no podcast de Pol�tica "EM Entrevista", nesta sexta-feira (23/9).
Dificuldades na campanha
A candidata fala das dificuldades de fazer campanha com poucos recursos e sem tempo de propaganda no r�dio e na televis�o.
“� muito dif�cil porque a reforma de pol�tica de 2015 foi estabelecida para poder dificultar a presen�a de partidos do nosso tipo. Sob a justificativa de combater os partidos fisiol�gicos, ela acaba combatendo partidos que, de fato, queiram apresentar organiza��o das lutas em defesa dos nossos direitos", afirma.
Segundo ela, a luta � para, al�m de ocupar espa�os de poder, cobrar a��es das autoridades. “Sen�o eles (autoridades) v�o continuar achando que tem uma carta em branco e que governam para si e n�o para n�s", destaca.
Essa � a segunda elei��o do partido que teve registro definitivo junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2020 e ainda n�o tem representantes eleitos. O candidato � presid�ncia do partido � o belo-horizontino Leonardo P�ricles.
Indira destaca que o Unidade Popular tem 0,06% de um fundo de financiamento p�blico, que representa R$ 3 milh�es para fazer a campanha em todo o pa�s.
“Tem parlamentar que se elege para uma cadeira na Assembleia (Legislativa) gastando bem mais que isso”, ressalta. Diante dos recursos limitados, Indira afirma que a solu��o � contar com financiamento popular.
“Fazemos eventos, vaquinhas e, dessa forma, vamos construindo nossa campanha. Temos filiados em mais de 70 cidades do estado, essas cidades montaram comit�s domiciliares. As pessoas entregam panfletos, v�o �s ruas, falam com os familiares, na porta das casas, nas pra�as, universidades", comenta.
Pol�ticas habitacionais
A candidata critica o atual governo que, segundo ela, tem feito um esfor�o para fechar a Companhia de Habita��o do Estado de Minas Gerais (Cohab Minas): “Encerrar todos os trabalhos, vender todos os im�veis que est�o sob responsabilidade dessa companhia e n�o promover nenhuma pol�tica habitacional”.
Indira � ligada aos movimentos de luta por moradia. A vice na chapa � Edna Gon�alves, que integra a coordena��o da Ocupa��o Izidora, na Regi�o Norte de BH. De acordo com ela, s�o cerca de 500 mil fam�lias sem ter onde morar no estado.
“Defendemos que a Cohab seja 100% p�blica, que construa - de fato - uma pol�tica habitacional usando o fundo estadual. Al�m de fazer zerar a fila de fam�lias que esperam por uma moradia e, principalmente, fazer cumprir o Estatuto das Cidades. Temos muitos im�veis fechados que n�o cumprem fun��o social", afirma Indira.
Outra medida que ela considera importante � a suspens�o de todas as a��es de despejo e reintegra��o de posse que estejam em curso. Por�m, Indira afirma que n�o h� di�logo em rela��o a pol�ticas habitacionais com o atual governo e acusa a gest�o de descumprir um acordo estabelecido em 2017, al�m de promover despejos em ocupa��es.
Viol�ncia contra mulher
Indira atua na coordena��o da Casa de Refer�ncia Tina Martins, espa�o que acolhe mulheres v�timas de viol�ncia. Ela avalia que a atua��o nessa �rea passa pela cria��o de uma rede complexa de atendimento para mulheres v�timas de viol�ncia, com amplia��o das delegacias especializadas e capacita��o de profissionais que atuam no atendimento. Outra medida importante � garantir que as v�timas tenham acolhimento e meios para que n�o retornem ao ciclo de viol�ncia.
“Pensamos em pol�ticas integradas que coloquem recursos n�o s� em uma secretaria de enfrentamento � viol�ncia contras as mulheres, mas tamb�m no conjunto das secretarias para fazer esse combate, em parceria com a capacita��o permanente e constante dos profissionais p�blicos para poder atender a essas mulheres e n�o as revitimizar", diz.
Sa�de
Em seu plano de governo, a candidata prop�e o fortalecimento do Sistema �nico de Sa�de (SUS). “Estamos saindo de uma pandemia que, se n�o fosse o SUS, seus impactos seriam muito maiores. No nosso estado, no ano da pandemia, o governo cometeu o crime de n�o aplicar o recurso m�nimo previsto na Constitui��o", enfatiza.
Ela afirma que � preciso garantir os recursos necess�rios para o desenvolvimento do SUS, fortalecer o sistema, garantir concurso para repor a defasagem profissional e o piso dos trabalhadores da enfermagem, ampliar a rede de aten��o b�sica e finalizar os hospitais regionais.