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Estado de Minas Elei��es

Dez cidades mineiras que podem decidir a elei��o no pa�s

Em 2002, Lula venceu a elei��o em todos esses munic�pios, com 2,3 milh�es de eleitores. Em 2018, foi a vez de Bolsonaro vencer o candidato do PT em todos eles


25/09/2022 04:00 - atualizado 25/09/2022 09:56

Urna eletrônica
Quatro anos atr�s, o presidente Jair Bolsonaro (PL) venceu o primeiro e o segundo turnos da elei��o nacional nas 10 cidades (foto: Ag�ncia Brasil)
Embora estejam inseridas em contextos sociais e econ�micos diferentes e distantes entre si, o que t�m em comum, em termos eleitorais, Uberl�ndia, Uberaba, Po�os de Caldas, Pouso Alegre, Divin�polis, Ipatinga, Juiz de Fora, Governador Valadares, Te�filo Otoni e Montes Claros? Quatro anos atr�s, o presidente Jair Bolsonaro (PL) venceu o primeiro e o segundo turnos da elei��o nacional nas 10 cidades. 

Em 2002, Luiz In�cio Lula da Silva (PT), que agora tenta chegar pela terceira vez ao Pal�cio do Planalto, tamb�m triunfou em todos os munic�pios listados nos dois turnos. Levantamento feito pelo Estado de Minas mostra que essa dezena de localidades ajuda a entender a m�xima a respeito do papel de Minas Gerais como “p�ndulo” das disputas presidenciais. A reboque da estat�stica que aponta Get�lio Vargas, eleito em 1950, como o �ltimo presidenci�vel a chegar ao comando do Poder Executivo sem ganhar em solo mineiro, as 10 cidades, espalhadas por regi�es como Tri�ngulo, Sul, Vale do A�o e Zona da Mata, podem ajudar a definir os rumos do pa�s nesta elei��o.
 
 
N�o foi � toa que Lula e Bolsonaro inclu�ram munic�pios da rela��o na lista de destinos de suas campanhas presidenciais. Na sexta-feira (23/9), o petista esteve em Ipatinga, no Vale do A�o; no mesmo dia, a cerca de 340 quil�metros dali, em Divin�polis, no Centro-Oeste, houve uma agenda do postulante � reelei��o. Na semana retrasada, o roteiro do PT fincou bandeira em Montes Claros, no Norte, tradicional reduto do partido. Do outro lado, entre julho e agosto, Bolsonaro visitou Juiz de Fora, na Zona da Mata, por duas vezes, al�m de somar uma ida a Uberl�ndia. A cidade do Tri�ngulo tamb�m recebeu com�cio de Lula, mas durante o per�odo pr�-eleitoral, quando as candidaturas ainda n�o estavam oficializadas.
 

Sob reservas, um interlocutor do PT apontou ao EM proje��o que trata da hip�tese da vit�ria de Lula no primeiro turno por uma margem de 500 mil votos. Somadas, essas 10 cidades mineiras t�m col�gio eleitoral pouco superior a 2,3 milh�es de pessoas. As sucessivas derrotas de 2018, contudo, n�o preocupam o entorno lulista no estado. Para o deputado estadual Cristiano Silveira, presidente do diret�rio petista em Minas, locais como Uberl�ndia, Pouso Alegre e Ipatinga s�o fortemente influenciados pela conjuntura nacional.

“Esses munic�pios foram impactados de maneira mais forte pelo antipetismo e pela quest�o da pris�o de Lula. Bolsonaro ficou mais forte e a internet e as fake news parecem ter tido maior influ�ncia nos grandes centros”, diz, ao explicar as vit�rias de Bolsonaro. “Em um cen�rio onde o antipetismo est� arrefecido a patamares normais, Lula est� inocente, liderando as pesquisas, e Bolsonaro enfrenta muitas contradi��es. Com o desastre que foi a gest�o dele, isso � o que vai nos dar melhor desempenho”, emenda, acreditando num desempenho positivo do PT neste ano.

Em Divin�polis, onde esteve na quinta-feira, Bolsonaro venceu Fernando Haddad (PT) por 65,17% a 34,83%. A terra � o ber�o do deputado estadual Cleitinho Azevedo (PSC), que concorre ao Senado com o apoio do presidente e foi al�ado ao posto por causa da necessidade do grupo bolsonarista de ampliar o leque de alian�as no estado. O movimento sepultou a candidatura a senador do deputado federal Marcelo �lvaro Ant�nio (PL).

“A gente espera que ele (Bolsonaro) tenha um resultado t�o bom quanto em 2018. A nossa ideia � manter os bons n�meros, inclusive em Divin�polis”, projeta o deputado estadual Bruno Engler (PL), componente do grupo Direita Minas, respons�vel por parte das recentes agendas de Bolsonaro no estado. “� um local com boa produ��o do agro, p�blico que apoia o presidente”, explica.

A tend�ncia � que os “10 a 0” a favor de Bolsonaro e de Lula, vistos em 2018 e 2002, respectivamente, n�o se repitam neste ano. “Esta elei��o � completamente diferente da de 2018. Lula deve ganhar, mas n�o deve ganhar levando tudo. Bolsonaro tem uma chance de apertar o jogo levando regi�es que historicamente n�o votam no PT, em especial o Sul do estado”, afirma Carlos Ranulfo, professor titular do Departamento de Ci�ncia Pol�tica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e membro do Observat�rio das Elei��es.

ALCKMIN O PT trabalha para construir uma esp�cie de “frente ampla” em torno de Lula. Um dos movimentos para dar forma a essa percep��o aconteceu na segunda-feira (19/9), quando oito ex-candidatos ao Planalto participaram de ato em prol da candidatura petista. O arco de apoios vai de Guilherme Boulos (Psol) a Henrique Meirelles (Uni�o Brasil), mas passa por Geraldo Alckmin (PSB), que concorre a vice na chapa de Lula.

O ex-tucano � uma das apostas da coaliz�o para buscar apoio de setores refrat�rios ao PT. Na semana retrasada, Alckmin passou pelo Sul de Minas e pelo Tri�ngulo em uma incurs�o que teve, como um dos compromissos, encontro com representantes da agroind�stria em Uberl�ndia.

“A agricultura familiar n�o � conflitante com o agroneg�cio e com a agroind�stria. Devemos ter mais a agroind�stria no agroneg�cio e na agricultura familiar. O PT tem de fazer um freio de arruma��o nesse discurso sobre o agroneg�cio. �s vezes, ele n�o � bem compreendido”, disse ao podcast “EM Entrevista” o deputado federal petista Reginaldo Lopes, coordenador da campanha de Lula em Minas.

De 1998 pra c�, Po�os de Caldas, outro foco de Alckmin durante o p�riplo por Minas, s� deu vit�ria a Lula em 2002. Quatro anos antes, ele perdeu na cidade para Fernando Henrique Cardoso (PSDB); depois, sofreu rev�s para Alckmin. Dilma Rousseff, correligion�ria de Lula, emendou derrotas para os tamb�m tucanos A�cio Neves e Jos� Serra.

Para este ano, contudo, a ideia � diminuir os riscos de fracasso por l� – e Alckmin tem boa interlocu��o com a regi�o, vizinha a S�o Paulo, estado que ele governou por quatro vezes entre 2001 e 2018. “Voc� acaba duplicando as agendas quando v�m Lula e Alckmin. A gente consegue conversar com todas as regi�es. Nossa ideia � deixar uma mensagem em cada macrorregi�o de Minas”, opinou Reginaldo.


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