Hoje, Alexandre Kalil (PSD), deposita fichas em uma carreata em Contagem, cidade vizinha a Belo Horizonte, munic�pio que governou por cinco anos. Al�m da proximidade geogr�fica a BH, Contagem � governada por Mar�lia Campos, do PT, mesmo partido do presidenci�vel Luiz In�cio Lula da Silva, o principal cabo eleitoral de Kalil. Paralelamente, o senador Carlos Viana, concorrente do PL, participou, ontem, de motociata com o presidente Jair Bolsonaro (PL) em Po�os de Caldas, no Sul mineiro.
Ontem, enquanto Zema andou, ao lado de correligion�rios, por Araguari, no Tri�ngulo, Monte Carmelo, Santa Juliana, Pedrin�polis e Perdizes, todas no Alto Parana�ba, Kalil se reuniu com aliados em BH. O discurso do candidato do PSD, de confian�a na ida ao segundo turno, foi refor�ado pelo presidente da Assembleia de Minas, Agostinho Patrus (PSD), coordenador da campanha do ex-prefeito, e pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT), que coordena as atividades de Lula no estado.
Os indecisos s�o uma das apostas da principal chapa de oposi��o. Segundo Kalil, h� uma "onda" que, a reboque do crescimento das inten��es do presidenci�vel petista em solo mineiro, pode lev�-lo a um confronto direto contra Zema.
"Est� tendo uma onda. Essa onda est� vindo do interior. Temos, aqui, uma consolida��o dos votos na Regi�o Metropolitana. Estive na Zona da Mata ontem (quinta-feira) e voltei muito empolgado. Tive (boas) not�cias do Norte e do Sul. Trinta e seis n�o resolveram seu voto e v�o resolver l� domingo", disse o candidato.
Segundo a pesquisa Datafolha divulgada anteontem e protocolada na Justi�a Eleitoral sob o n�mero MG-09084/2022, o pessedista tem 30% dos votos, ante 50% de Zema.
Al�m da incurs�o por cidades que circundam Arax�, ontem, o governador usou as redes sociais para endossar um dos motes de sua campanha: as cr�ticas ao antecessor Fernando Pimentel (PT). Ao informar a publica��o do edital para a retomada das obras do Hospital Regional de Divin�polis, no Centro-Oeste mineiro, Zema falou que a casa de sa�de foi "abandonada" pela gest�o passada. Para construir a cr�tica, ele voltou a recorrer � express�o "PT-Pimentel".
"Para consertar d� trabalho e leva tempo. Mas a bagun�a do passado vai ficando pra tr�s", escreveu.
E, se Zema centrou as cr�ticas em Pimentel, Kalil voltou a questionar pontos da atual administra��o. "Vamos come�ar o trabalho j� segunda-feira para, no segundo turno, a gente j� tenha esse rumo de falar verdade, de mostrar. E o mais importante: vai ser muito dif�cil para eles mais um m�s n�o tendo nada para mostrar para o povo de Minas Gerais", assegurou.
Os dom�nios de Zema e Kalil nos entornos de Arax� e BH, respectivamente, s�o ilustrados pelos percentuais de votos que receberam nas elei��es passadas. Em 2018, o governador conseguiu 95,6% dos votos v�lidos no 2° turno em sua cidade natal. O pessedista, por sua vez, foi reeleito prefeito em 2020 j� na primeira vota��o, com 63,36%.
Marcus Pestana (PSDB) tamb�m resolveu concentrar as agendas finais em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Ele � natural do munic�pio e, hoje, vai dar expediente no cal�ad�o da Rua Halfeld, no Centro, para conversar com eleitores.
Viana e Bolsonaro
A �ltima viagem de Viana ao interior no primeiro turno foi para Po�os de Caldas, ontem, com Bolsonaro. Na semana passada, Viana e o presidente estiveram juntos em Divin�polis, no Centro-Oeste mineiro. Antes, mas ainda durante o per�odo eleitoral, a dupla cumpriu compromissos em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e em Betim, na Grande BH. Ao EM, o senador reconheceu as dificuldades enfrentadas por ter sido confirmado no p�reo j� em agosto, meses depois de Zema e Kalil, e s� ap�s auxiliares de Bolsonaro n�o conseguirem um acordo com o Novo pelo apoio do governador � reelei��o do presidente."A caminhada, apesar de ter come�ado com grande atraso, est� sendo muito bem-sucedida. A expectativa � de que o eleitor compreenda e escolha o melhor nome para governar Minas Gerais. Tenho confian�a de que estarei no segundo turno para iniciarmos uma nova rodada de debates sobre o futuro de Minas", projetou.
Em que pese os problemas enfrentados, como o fato de parte do PL ter escolhido caminhar com Zema, Viana festejou o apoio dado por Bolsonaro. "A presen�a do presidente Bolsonaro em Minas fortalece a minha imagem como senador, como candidato e, principalmente, mostra a import�ncia do estado no cen�rio eleitoral". Hoje, Viana far� caminhadas em Contagem e Ribeir�o das Neves, na Regi�o Metropolitana.
Reginaldo prev� crescimento de Kalil
Ontem, durante o encontro com Kalil, Reginaldo Lopes discorreu sobre as possibilidades de o aliado ir ao segundo turno em Minas. O deputado projetou o crescimento di�rio, "em seis ou sete pontos", das inten��es de voto do ex-prefeito da capital mineira."Nesses pr�ximos dias, vai haver um alinhamento entre a escolha dos candidatos estaduais ao candidato nacional. Nesse sentido, d� para a gente dizer que Kalil vai crescer seis ou sete pontos por dia e vamos ter, aqui, um segundo turno", pontuou.
Segundo Reginaldo, a elei��o deste ano foi nacionalizada, o que gerou preocupa��o excessiva com a disputa pela presid�ncia da Rep�blica. De acordo com o deputado, a tend�ncia � que parte dos eleitores que, a esta altura, pretendem "casar" o voto entre Lula e Zema, mudem de ideia e passem a optar por Kalil em Minas.
"Quando voc� vai olhar para as candidaturas ao governo, as pesquisas apontam fragilidade. O voto espont�neo (quando o eleitor opina livremente sobre a disputa) est� muito desvinculado do voto estimulado (quando o eleitor opina a partir de uma lista predefinida de candidatos). Isso quer dizer que o voto do governador Zema � muito fr�gil. O eleitor ainda n�o olhou, ainda, para o time. O eleitor n�o vai cruzar a vota��o, mas votar no time que acredita que vai reconstruir o Brasil", completou.
O otimismo tamb�m deu o tom das falas de Agostinho Patrus. "Passado o momento do domingo, temos que estar mobilizados j� a partir da segunda-feira para no prazo de pouco mais de vinte dias mantermos nossa atua��o para uma grande vit�ria em 30 de outubro".