
Morador da ocupa��o Eliana Silva, no Barreiro, P�ricles, de 41 anos, tem a luta por moradia como uma de suas prioridades. T�cnico em mec�nica por forma��o, ele rodou o Brasil para divulgar as ideias da Unidade Popular em uma campanha que, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), arrecadou apenas cerca de R$ 1,3 milh�o. Os cofres do partido s�o bem menos abastados do que as campanhas de Lula e Bolsonaro - que, segundo a Justi�a Eleitoral, j� declararam receitas de R$ 91 milh�es e R$ 42,34 milh�es, respectivamente.
Ontem, o presidenci�vel fez campanha no Barreiro, ao lado da correligion�ria Indira Xavier, que concorre ao governo mineiro.
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"Estamos chegando � reta final plantando sementes para que a gente tenha o primeiro presidente da Rep�blica negro, trabalhador e morador de periferia do Brasil", disse P�ricles.
� a primeira elei��o presidencial que a UP disputa. Reconhecido pela Justi�a Eleitoral em 2019, a estreia do partido nas urnas foi no ano seguinte. Em BH, por exemplo, a sigla firmou alian�a com o Psol, e P�ricles foi candidato a vice-prefeito na chapa liderada por �urea Carolina.
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Ao largo dos holofotes
Sem representa��o no Congresso Nacional, a UP ficou fora dos debates promovidos por emissoras de TV, esta��es de r�dio e jornais. O partido tamb�m n�o tem direito a tempo no hor�rio eleitoral. L�o P�ricles passa ao largo do eleitor e, por isso, n�o pontuou nas pesquisas divulgadas ontem por Datafolha e Ipec.
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Al�m da UP, outros dois partidos � esquerda apresentaram candidatura pr�pria: o PCB, com Sofia Manzano, e o PSTU, com Vera L�cia. Os partidos chegaram a apoiar o PT em elei��es passadas, mas, agora, optam por chapas puras. O PCB, por exemplo, rompeu com o governo Lula ainda durante seu primeiro mandato.