S�o Paulo - O candidato � presid�ncia Luiz In�cio Lula da Silva (PT) compareceu logo pela manh� deste domingo, 2 de outubro, em S�o Bernardo do Campo (SP), para exercer seu direito ao voto. Ao lado do vice, Geraldo Alckmin (PSB), o candidato ao governo paulista, Fernando Haddad (PT), a esposa Janja e v�rios apoiadores, o petista comemorou e relembrou as elei��es de 2018, que n�o teve a mesma oportunidade por estar preso em Curitiba (PR).

“� um dia mais do que importante para mim. Eu n�o poderia deixar de dizer para voc�s que quatro anos atr�s eu n�o pude votar porque eu tenho sido v�tima de uma mentira nesse pa�s e eu estava detido na Pol�cia Federal exatamente no dia da elei��o. Tentei fazer com que a urna fosse at� a cela para eu votar e n�o levaram. Quatro anos depois estou aqui votando com reconhecimento da minha total liberdade e com a possibilidade de voltar a ser presidente da Rep�blica desse pa�s para tentar fazer o pa�s voltar � normalidade, cuidar do povo, ter emprego, sal�rio, educa��o, sa�de, respeito com cada ser humano”, declarou ele, em coletiva de imprensa no local de vota��o.
Ele aproveitou para fazer cr�ticas ao atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), e ressaltou que o pa�s precisa voltar a ter esperan�a: “Nunca mais permitir que esse pa�s tenha um presidente da Rep�blica que trate com desrespeito como foi tratada a pandemia de COVID. Que nunca mais a gente tenha um presidente que permita que morra tanta gente por falta de responsabilidade. Esse pa�s precisa ser cuidado, vamos ter que cuidar de cada um dos 215 milh�es de habitantes como se fosse um filho, uma m�e, pai ou irm�o porque esse pa�s precisa finalmente recuperar o direito de ser feliz.”
Al�m disso, Lula ressaltou que esta � a elei��o mais importante de sua vida. “N�s n�o queremos mais �dio, n�o queremos mais disc�rdia, queremos um pa�s que viva em paz, que vive em esperan�a, que acredite no futuro e que possa produzir e construir seu pr�prio futuro a partir da participa��o da sociedade brasileira. Essa � a elei��o mais importante para mim. � engra�ado porque eu j� votei em 89, 94, 98, 2002, 2006, fiquei sem votar em 2010, 2014 e 2018. Agora estou votando outra vez no 13, que sou eu mesmo”, afirmou.

Bolsonaristas ter�o que ‘se adaptar’
Caso eleito, Lula aponta que a exist�ncia de apoiadores de Bolsonaro ter�o que se adequar e aqueles que desrespeitarem as leis ter�o que pagar por isso.
“Eu penso que o bolsonarista mais fan�tico ter� que se adequar � maioria da sociedade que n�o quer confronto, quer paz. As pessoas n�o querem, na sua maioria, a venda de armas, querem distribui��o de livros. Acho que a maioria das pessoas v�o viver em paz. Aqueles que n�o querem e desrespeitar a lei � um problema deles. Mas acho que ser� f�cil a gente restabelecer a democracia e a paz deste pa�s”, disse.
“Estou convencido que isso vai acontecer rapidamente. Mas tem algum fan�tico que n�o vai querer nunca se adaptar, como tem em todos os partidos pol�ticos, ideologias, mas a maioria da sociedade brasileira quer paz, tranquilidade, harmonia e quer trabalhar, produzir e viver bem”, completou.
Centr�o n�o � preocupa��o
De acordo com Lula, o ‘Centr�o’, que seria um empecilho para seu governo, n�o � uma preocupa��o. “Ningu�m precisa governar com o Centr�o. Voc� governa com os partidos que elegerem deputados e senadores. Vamos aguardar o resultado das elei��es hoje, voc� vai ver que tem muita gente diferente eleita. Ent�o quando tivermos a somat�ria, vamos conversar com cada partido que tiver voto no Congresso Nacional para construir as coisas que precisam”, pontuou.
“Tanto Alckmin quanto eu temos experi�ncia de trabalhar na diversidade. N�o queremos que para que a gente governe tenha um Congresso subserviente. Queremos um Congresso que funcione como Congresso, que cobre, aprove as leis, dispute com o governo, fa�a o or�amento, mas que o governo execute o or�amento. N�o vejo problema maior em lidar nem com a C�mara e nem com o Senado”, garantiu o petista.

Pol�tica de boa vizinhan�a na Am�rica Latina
Em rela��o aos pa�ses vizinhos do Brasil, Lula apontou que caso eleito retomar� a potencializar os blocos com os aliados e manter� uma ‘pol�tica de boa vizinhan�a’.
“Um chefe de Estado n�o faz discrimina��o em sua rela��o de Estado com Estado ideologicamente. O Brasil vai se relacionar bem com todos os pa�ses da Am�rica do Sul e Latina, n�s queremos voltar a fazer com que a Am�rica Latina se transforme em um bloco do ponto de vista tecnol�gico, agr�cola, com�rcio mundial avan�ado. Juntos a gente pode muito, separado a gente pode pouco”, destacou.
“Eu tenho um imenso prazer em trabalhar junto com Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai, Col�mbia, Peru e Equador. J� trabalhamos uma vez, provamos que a Unasul, Celac deram certo, eu tamb�m quero estender nossa rela��o de amizade para toda Am�rica Latina, at� o M�xico, Am�rica Central e com o restante do mundo porque o Brasil se d� bem com todo mundo e � essa a boa pol�tica de vizinhan�a, essa troca de experi�ncia, conhecimento cient�fico e tecnol�gico que a gente vai fazer a Am�rica do Sul e Latina se transformar em uma regi�o mais competitiva, produtiva e solid�ria”, acrescentou.
