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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Aliados de Lula esperam apoio de Tebet no segundo turno para aproxima��o com agro

Senadora, que concorreu � elei��o presidencial pela primeira vez, afirmou a senadores pr�ximos a ela que deve apoiar Lula no segundo turno


03/10/2022 12:22 - atualizado 03/10/2022 13:03

Simone Tebet nesse domingo de eleições no Brasil
Simone Tebet (foto: MAURO PIMENTEL / AFP)
Aliados do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) avaliam que uma prov�vel alian�a com Simone Tebet (MDB) no segundo turno dever� ampliar o apoio de ruralistas ao petista.

Tebet � senadora do Mato Grosso do Sul e ligada ao agroneg�cio. Ela obteve quase 5 milh�es de votos -pouco mais de 4% dos votos v�lidos.

No primeiro turno, Lula conseguiu 48,4% dos votos v�lidos e vai enfrentar o presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 30 de outubro.

A senadora, que concorreu � elei��o presidencial pela primeira vez, afirmou a senadores pr�ximos a ela que deve apoiar Lula no segundo turno. Tebet adotou postura de enfrentamento a Bolsonaro na CPI (Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito) da Pandemia, o que deu proje��o a ela.

Al�m da alian�a pol�tica com Tebet, os respons�veis pela aproxima��o de Lula com os ruralistas planejam intensificar reuni�es com empres�rios do setor.

"Precisamos fazer isso n�o apenas no Mato Grosso, mas no interior do estado de S�o Paulo, na Bahia, onde a vota��o do Lula j� foi boa, e tamb�m em setores espec�ficos, como do algod�o e do etanol", disse o senador Carlos F�varo (PSD-MT).

Al�m de F�varo, a equipe de Lula para reduzir a resist�ncia no agroneg�cio � formada pelo empres�rio Carlos Augustin e por Neri Geller (PP-MT), deputado federal e ex-ministro de Dilma Rousseff (PT).

Os tr�s devem se reunir com os coordenadores da campanha de Lula, em S�o Paulo, para discutirem a estrat�gia para o segundo turno.

"N�o d� para subestimar o Bolsonaro. Apresentar propostas para o setor � uma das sa�das para continuar trabalhando nesse segundo turno", afirmou Geller.

Para Augustin, a resist�ncia do setor � candidatura de Lula dever� mudar. "O agro historicamente nunca foi politizado assim. A bancada ruralista [no Congresso] � pragm�tica e vai querer se aproximar [se Lula ganhar]".

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice na chapa com o petista, foi escalado para fazer a ponte com ruralistas e atrair votos no terreno de forte tend�ncia bolsonarista.

Membros da bancada ruralista e empres�rios listam uma s�rie de medidas adotadas no governo Bolsonaro que ampliaram a avalia��o positiva da atual gest�o no campo, apesar dos percal�os relacionados � imagem do pa�s no exterior devido � quest�o ambiental.

Bolsonaristas comemoram o resultado apertado no primeiro turno e criticam pesquisas de inten��o de voto, que mostravam uma tend�ncia de descolamento maior entre os dois principais candidatos.

Aliados de Lula afirmam que, por causa da consolidada liga��o do bolsonarismo com o agroneg�cio, a campanha petista, at� o primeiro turno, n�o se aproximou tanto do setor.

Alckmin cancelou uma viagem a Mato Grosso, no fim de setembro, ap�s informa��es de que apoiadores de Bolsonaro se organizavam para tumultuar as agendas dele em Cuiab�.

Por outro lado, grandes empres�rios do agroneg�cio entraram de vez na campanha bolsonarista.

Em um tour por cidades do agroneg�cio, o senador Fl�vio Bolsonaro (PL-RJ) conseguiu, em quest�o de poucas horas, impulsionar as doa��es para a campanha � reelei��o de Bolsonaro. Representantes do setor em outros estados, como Rio Grande do Sul, tamb�m figuram entre os grandes doadores.

"Temos que intensificar a campanha neste segundo turno. Agora � hora de trabalhar. Vence quem trabalha mais", disse o presidente do sindicato rural de Sinop, Ilson Jos� Redivo.

O Movimento Brasil Verde e Amarelo, que re�ne quase 200 entidades do setor, articulou o desfile de tratores e levou carros de som para a Esplanada dos Minist�rios nas comemora��es do 7 de Setembro, al�m de bancar outdoors a favor de Bolsonaro e financiar a ida de apoiadores do presidente a Bras�lia.

O grupo foi criado por empres�rios do agroneg�cio em 2017 com foco na defesa de pautas do setor, principalmente para resolver o problema da d�vida bilion�ria com o Funrural (Fundo de Assist�ncia ao Trabalhador Rural).

Ap�s a elei��o de Bolsonaro, o grupo come�ou a promover eventos em Bras�lia e em outros estados em apoio a agendas do governo e ao pr�prio presidente.

Mas alguns integrantes decidiram entrar para a pol�tica e se lan�aram candidatos na elei��o de 2022. Um deles � o ex-presidente da Aprosoja (Associa��o Brasileira dos Produtores de Soja), Antonio Galvan, que se licenciou do cargo para se dedicar � campanha ao Senado pelo Mato Grosso. Ele n�o conseguiu se eleger.

Galvan perdeu para o senador Wellington Fagundes (PL), que foi reeleito e pretende agora se dedicar mais � campanha do presidente.

No Congresso, a bancada ruralista, uma das mais influentes e que re�ne cerca de 300 parlamentares, faz parte da base de apoio de Bolsonaro.

Para esses l�deres ruralistas, a resist�ncia atual � chapa petista foca principalmente a figura de Lula e seus discursos voltados � milit�ncia, mas extrapolam para o entorno radical do ex-presidente -como PSOL e Rede-, que emite duras cr�ticas ao setor.

A preocupa��o com a invas�o de terras � um dos principais motivos citados por lideran�as rurais para manterem o apoio � reelei��o de Bolsonaro. A campanha do atual presidente tem usado esse ponto para tentar neutralizar a tentativa de aproxima��o de Lula do setor agropecu�rio e a ideia � refor�ar essa estrat�gia no segundo turno.


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