Uma advogada de Uberl�ndia postou v�deo criticando nordestinos por terem dado maioria de votos ao candidato Lula (PT) no primeiro turno da elei��o para presid�ncia do Brasil. Na postagem, Flavia Moraes, que ocupava a cadeira de vice-presidente da comiss�o OAB Mulher na cidade, diz que incentiva boicote ao turismo � regi�o Nordeste e diz que “n�o vai mais alimentar quem vive de migalhas”.
No v�deo, ela est� ao centro e � acompanhada de outras duas mulheres. As tr�s est�o com ta�as com bebidas na m�o e, ao fundo, � tocada uma m�sica de apoio a Jair Bolsonaro (PL).
“N�s que geramos emprego, n�s que pagamos impostos, sabe o que a gente faz? A gente gasta nosso dinheiro l� no Nordeste. N�o vamos fazer isso mais. Vamos gastar dinheiro com que realmente merece. A gente n�o vai mais alimentar quem vive de migalhas. Vamos gastar nosso dinheiro no Sudeste, no Sul ou fora do Brasil”, diz Flavia Moraes.
O v�deo passou a ser compartilhado em outras redes sociais e tamb�m em aplicativos de mensagem. Muitas das mensagens eram acompanhadas com cr�ticas e apontamento de xenofobia. Casos de cr�ticas de cunho xenof�bico a nordestinos se tornaram comuns desde o fim da apura��o dos votos em primeiro turno no domingo (2/10). Naquela regi�o houve 12,9 milh�es de votos a mais para Lula no comparativo com Bolsonaro.
O perfil da rede social de Flavia Moraes foi restringido depois que a postagem ganhou repercuss�o e ela tirou a foto que a identificava. Ela tem cerca de 14,6 mil seguidores.
A reportagem tentou contato por telefone e por mensagens com a advogada para comentar o caso, mas n�o obteve sucesso.
OAB
A 13º subse��o da Ordem dos Advogados do Brasil, com sede em Uberl�ndia, publicou um comunicado em que confirma que Flavia Moraes fazia parte do quadro de suas comiss�es, mas que “apresentou pedido de licen�a do cargo de vice-presidente da Comiss�o da Mulher Advogada para se dedicar pessoalmente sobre o assunto”.A nota ainda afirma que a “OAB Uberl�ndia tem car�ter plural e apol�tico e em respeito a isto, n�o se manifesta sobre declara��es de cunho pessoal de seus inscritos” e que as declara��es da advogada “n�o refletem o posicionamento da Institui��o”.