(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ELEI��ES 2022

Bolsonaro diz que pode descartar aumento de ministros do STF

Presidente disse que vai analisar o aumento de ministros do STF ap�s as elei��es, mas que pode repensar essa situa��o, caso o Supremo 'baixe a temperatura'


09/10/2022 16:05 - atualizado 10/10/2022 09:58

Jo�o Gabriel, Renato Machado e Paula Soprana - FOLHAPRESS

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste domingo (9/10) que deve decidir sobre a proposta de aumento do n�mero de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) ap�s as elei��es e que ela vai depender da "temperatura" na corte.

 

Em entrevista para um canal no YouTube, Bolsonaro fez as contas dos ministros que pode ter a seu favor caso seja reeleito. Seriam os dois j� indicados por ele, Kassio Nunes Marques e Andr� Mendon�a, mais dois que entrariam no pr�ximo mandato, ap�s a aposentadoria de Rosa Weber e Ricardo Lewandowski.

 

O mandat�rio foi questionado especificamente por um dos entrevistadores sobre a sugest�o de aumentar a composi��o do STF, que tem 11 ministros atualmente. Disse que j� recebeu essa sugest�o, mas que vai decidir depois das elei��es.

 

"Se eu for reeleito, e o Supremo baixar um pouco a temperatura, j� temos duas pessoas garantidas l� [Kassio Nunes Marques e Andr� Mendon�a], tem mais gente que � simp�tica � gente, mas j� temos duas pessoas garantidas l�, que s�o pessoas que n�o d�o voto com sangue nos olhos, tem mais duas vagas para o ano que vem, talvez voc� descarte essa sugest�o", afirmou o presidente ao canal Pilhado.

 

"Se n�o for poss�vel descartar, voc� v� como � que fica. Voc� tem que conversar com o Senado tamb�m a aprova��o de nomes. Voc� tem que conversar com as duas Casas a tramita��o de uma proposta nesse sentido. E est� na cara que muita gente do Supremo vai para dentro da C�mara e do Senado contr�rio, porque se voc� aumenta o n�mero de ministros do Supremo, voc� pulveriza o poder deles. Eles passam a ter menos poder e l�gico que n�o querem isso", completou.

 

O presidente teve um ambiente bastante amig�vel durante o podcast, com ambos os entrevistadores manifestando voto em Bolsonaro e repetindo mantras bolsonaristas, como cr�ticas ao Judici�rio e � imprensa.

 

Um deles, Paulo Figueiredo, � neto do �ltimo ditador do regime militar, o ex-presidente Jo�o Baptista Figueiredo (1918-1999). O comentarista louvou em alguns momentos o governo de seu av�, como a pol�tica habitacional.

 

Bolsonaro repetiu em diversos momentos cr�ticas aos ministros do Supremo, embora n�o tenha usado desta vez palavras de baixo cal�o. Disse novamente ser perseguido e voltou a citar a determina��o do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que o proibiu de realizar lives dentro do Pal�cio do Alvorada.

 

"Os caras t�m lado pol�tico, os caras decidem. Qualquer a��o no Supremo, TSE, d� ganho de causa para o outro lado. N�o tem isen��o nisso tudo", afirmou.

 

O candidato tamb�m fez um apelo para que a corte eleitoral n�o derrube a rede de influenciadores e pol�ticos que faz propaganda intensa a ele pelo Twitter. O time jur�dico do PT vem estudando os principais perfis pr�-Bolsonaro e entrou no TSE com uma representa��o cobrando a rede social pela dissemina��o de fake news por essas contas.

 

A lista de mais de 30 nomes inclui os filhos Carlos e Fl�vio Bolsonaro, sendo o primeiro o l�der da campanha do pai na internet, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), a produtora Brasil Paralelo e influenciadores como Kim Paim e B�rbara Destefani.

 

"Pe�o que nosso querido TSE n�o embarque nessa porque se tirar o pessoal l� e eu nada fizer aqui � voc� mandar um batalh�o para a guerra e no meio do caminho voc� tira os canh�es dele. � nessa situa��o que eu fico aqui. Eu ia entrar na guerra e, em vez de fuzil e canh�o, com pau e pedra, vou perder essa guerra", afirmou, referindo-se ao segundo turno da elei��o.

 

Bolsonaro tamb�m foi questionado sobre o deputado federal Andr� Janones (Avante-MG) e disse que ele � um "mal tremendo � na��o".

 

O presidente depois acrescentou que "� imposs�vel eu governar mais quatro anos com o Supremo fazendo ativismo judicial".

Em outro momento, Bolsonaro afirmou que o STF "condena santos e liberta capetas". O presidente usou a palavra santo, em particular, para se referir ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado por amea�as e incita��o � viol�ncia contra ministros da corte.

 

O presidente Jair Bolsonaro tamb�m disse que, em caso de reelei��o, ter� muito mais facilidade para aprovar medidas de seu interesse no Congresso Nacional, por ter fortalecido a sua bancada nas �ltimas elei��es.

 

"Temos um Congresso mais conservador [...] vou ter facilidade para aprovar projetos de interesse da popula��o", afirmou.

 

Bolsonaro tamb�m criticou o uso pela campanha de Luiz In�cio Lula da Silva de entrevista na qual afirma que comeria um �ndio. Disse que a men��o ao canibalismo teria o intuito de "amedrontar a popula��o". A frase associada ao canibalismo foi dada por Bolsonaro em entrevista ao jornal New York Times.

 

O mandat�rio tamb�m acusou seus opositores de jogo sujo ao divulgarem que o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) se tornaria ministro da Previd�ncia em eventual segundo governo e que iria confiscar a aposentadoria de aposentados.

 

"Agora est�o falando duas coisas a�. Primeiro, que eu sou canibal. P�, � foda n�? Aguentar um trem desse a�. A outra � que o Collor vai ser ministro e que n�s vamos confiscar a aposentadoria dos aposentados. � o tempo todo assim", afirmou.

 

Ap�s ter relacionado a vit�ria de Lula no Nordeste � alta taxa de analfabetismo na regi�o, Bolsonaro buscou amenizar a situa��o e disse que nunca havia feito essa associa��o. E, sem provas, levantou d�vidas sobre o desempenho do petista na regi�o.

 

"Falam muito que o Nordeste � reduto do PT, no meu entender n�o � mais reduto do PT. Tem voto l� o PT, tem. Mas n�o a esse ponto. N�o teve festa na Bahia com o Lula com dois ter�os do voto pro lado dele. N�o justifica isso. Ent�o, foi bastante esquisito esse resultado", afirmou.

 

Bolsonaro passa o domingo em Bras�lia ap�s viagem no fim de semana. No s�bado (8), o presidente participou das festividades do C�rio do Nazar�, em Bel�m. O mandat�rio esteve a bordo da Corveta da Marinha Garnier Sampaio, embarca��o que leva a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazar�, mas permaneceu isolado.

 

A prociss�o pelas �guas da ba�a do Guajar� faz parte das 13 romarias do C�rio de Nazar�, considerada uma das maiores festas religiosas cat�licas do mundo.

 

Ao retornar a Bras�lia, no fim da tarde, o presidente foi direto para o est�dio nacional Man� Garrincha, onde posou para fotos com a dupla Henrique e Juliano.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)