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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Bolsonaro x Lula: TikTok influencia, e likes podem ser convertidos em votos

Favorito dos candidatos, o TikTok, plataforma de v�deos curtos, foi a ferramenta mais usada por Bolsonaro e Lula neste segundo turno


11/10/2022 16:21 - atualizado 11/10/2022 20:09

Por Ana Mendon�a


Dos antigos palanques at� as “motociatas” e carreatas, as elei��es de 2022 s�o marcadas tamb�m pela participa��o nas redes sociais. Na disputa do segundo turno, o candidato � reelei��o Jair Bolsonaro (PL) e o candidato do PT, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, apostam no engajamento e esperam transformar os likes dos eleitores em votos reais. Nesta reta final, ambos colecionam seguidores, “trends”, m�sicas e v�deos curtos que, n�o s� engajam a campanha, mas podem ser decisivos no resultado final.

Favorito dos candidatos, o TikTok, plataforma de v�deos curtos, foi a ferramenta mais usada por Bolsonaro e Lula neste segundo turno. O presidente tem mais de 49 milh�es de likes no aplicativo e mais de 3 milh�es de seguidores. J� Lula, tem mais de 28 milh�es de likes e mais de 2 milh�es de seguidores.



@lulaoficial Use esse �udio e grave o seu v�deo! %uD83C%uDDE7%uD83C%uDDF7%u2764%uFE0F%u2B50%uFE0F #FazoL #Lula #brasildaesperan�a %u266C som original - luladasilvaoficial


Al�m dos presidenci�veis, suas mulheres s�o presentes no app. A primeira-dama Michelle Bolsonaro n�o possui uma p�gina oficial, mas apenas a tag com o nome dela tem mais de 209 milh�es de visualiza��es. Favorita dos evang�licos, Michelle foi tamb�m a respons�vel pela cria��o de uma dan�a na plataforma que impulsionou uma trend chamada “22 e confirma”.

Janja, mulher do ex-presidente Lula, posta v�deos di�rios na plataforma. A soci�loga compartilha o dia a dia com Lula e chega a ter mais de 1,2 milh�o de curtidas. Ela coleciona 152 mil seguidores e mais de 16 milh�es de visualiza��es na tag “lulaejanja”.

Os n�meros que parecem ser improv�veis, na verdade animam as campanhas, que acreditam que a presen�a nas redes pode ser crucial nesta reta final. 

Do palanque aos likes


Em conversa com o Estado de Minas, o professor da Faculdade Arnaldo e cientista pol�tico Vladimir Feij� lembra que, apesar de ser considerado o ano das redes pol�ticas, 2022 n�o foi o ano do ingresso dos pol�ticos nas plataformas digitais.

“Jair Bolsonaro entrou nas redes sociais muito antes da sua primeira candidatura � Presid�ncia em 2018. Apesar de ser deputado federal, ele se lan�ou como uma m�dia social. Bolsonaro tentou se ‘humanizar’ fazendo um canal no YouTube, divulgando atos do dia a dia, sendo simplesmente comum e conseguindo alavancar a imagem. Ele se lan�ou em 2018 com essa vis�o, de campanha barata. Uma vez no poder, ele manteve essa estrat�gia em seu canal do Youtube e tamb�m usando lives no Instagram e Facebook”, destaca o professor.

Ao falar sobre o ingresso no TikTok, Vladimir explica que a abertura na plataforma veio depois da entrada bem-sucedida de candidatos a deputados estaduais e federais. 

"Antes, os v�deos traziam cortes de lives e frases contra o sistema. Da mesma forma, isso foi traduzido para essa plataforma. S�o v�deos de impacto e den�ncia. Com isso, muitos candidatos se tornaram verdadeiras celebridades trazendo elei��es expressivas”, explicou.“� poss�vel que as campanhas � Presid�ncia, percebendo isso, acreditem que o ingresso nessas plataformas pode ser decisivo.”

N�o podemos esquecer que novas gera��es continuam aparecendo com novos h�bitos

Vladimir Feij�, professor da Faculdade Arnaldo e Cientista Pol�tico


“� claro que os memes podem contribuir para tornar um candidato conhecido ou  demonizar certos candidatos, mas, no grau de certeza de voto, parece que esses ve�culos servem para manter a base engajada ou manter uma absten��o mais baixa”, conclui.

Cerca de 32 milh�es de brasileiros n�o compareceram �s urnas no primeiro turno das elei��es. Dois milh�es a menos do que foi registrado quatro anos atr�s. Por outro lado, esse ano foi registrado o menor �ndice de votos brancos e nulos desde 2014.

Trends estouram a bolha


O TikTok surgiu em 2014, ainda com o nome Musical.ly. Desenvolvido por uma empresa chinesa, era um aplicativo para as pessoas postarem v�deos dublando m�sicas. Em 2017, a empresa foi comprada pela conterr�nea Byte Dance. A partir da�, a plataforma se popularizou principalmente entre os jovens.

“Capit�o do Povo” e “22 e confirma” s�o as “trends” que alavancaram Bolsonaro no aplicativo. Seguidores e apoiadores do presidente dan�aram no ritmo das m�sicas para expressar voto e apoio � reelei��o. Entre os nomes, que entraram na brincadeira est�o Neymar e a primeira-dama Michelle.


J� Lula, que coleciona mais de 11 bilh�es de visualiza��es na tag #Lula, ganhou o p�blico com seus discursos emocionais sobre o ProUni, Lei de Cotas, religi�o e sobre o fim da fome. As m�sicas e trends tamb�m fazem sucesso. O “reverse” onde a pessoa grava fazendo um sinal de uma arma e troca para o “L” de Lula � mais popular. A campanha fez parte do “vira voto” ainda em primeiro turno.
Diego Davoli, especialista em marketing digital e cofundador da Academia de Tiktokers, explica a import�ncia da plataforma para a ades�o de novos eleitores. “Faz muita diferen�a”, afirma.

Segundo o especialista, Bolsonaro e Lula j� t�m uma base de seguidores com as quais se comunicam. Antes, a �nica maneira de chegar a pessoas que ainda n�o eram seus seguidores, era a partir do compartilhamento de mensagens pelos seus simpatizantes ou por meio de posts patrocinados. Com os v�deos curtos, segundo ele, isso � diferente. 

“Os v�deos t�m alto poder de entrega org�nica e, com isso, eles ‘estouram a bolha do candidato’. Em vez de serem vistos apenas por seguidores e simpatizantes eles t�m mais chance de chegar nos indecisos ou, at� mesmo simpatizantes da oposi��o, do que conte�dos em outro formato, como por exemplo, um post de foto est�tica”, afirmou.

Diego chama a aten��o para a campanha de baixo custo. De acordo com o especialista, os v�deos curtos s�o a grande tend�ncia de consumo. “Logo, � mais f�cil que um futuro eleitor assista a um v�deo de 1 minuto no TikTok do que preste aten��o em 1 minuto em um jingle na r�dio”, disse. “Isso sem investir nem um real a mais.”

Para Diego, se as pessoas encontrarem um pol�tico com o qual eles se identificam no TikTok, elas v�o investir o seu voto nessa pessoa. “A trend do 'vira voto' do Lula ou do 'vota vota e confirma 22' de Bolsonaro s�o muito boas porque tornam f�cil para o eleitor demonstrar o seu voto. Elas s�o divertidas e tamb�m ativam no eleitor o gatilho do pertencimento. A sensa��o de estar junto de muita gente e apoiando uma causa”, afirma.

Quanto mais gente fazendo e quanto maior a credibilidade do apoiador, maior � a prova social e a influ�ncia no voto de um indeciso ou na troca de voto

Diego Davoli, especialista em marketing digital e cofundador da Academia de Tiktokers


Redes Sociais


Al�m do Tiktok, campanhas pol�ticas lan�aram m�o do Twitter e Instagram. Confira os n�meros de cada candidato:

Jair Bolsonaro:

  • Twitter: + de 9  milh�es de seguidores
  • Instagram: 23 milh�es de seguidores
Lula:
  • Twitter: + de 4 milh�es de seguidores
  • Instagram: + de 8 milh�es de seguidores


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