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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Marcus Pestana, derrotado ao governo de MG pelo PSDB, declara voto em Lula

Candidato teve pouco mais de 59 mil votos, ficou em quarto lugar, com 0,56% do total, a pior coloca��o do partido na hist�ria em MG


15/10/2022 12:02 - atualizado 15/10/2022 14:24

Pestana
Natural de Juiz de Fora, na Regi�o da Zona da Mata, o pol�tico de 62 anos apoiou a candidatura de Simone Tebet (MDB) � Presid�ncia no 1� turno (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press )
Ex-candidato ao governo de Minas, o ex-deputado federal Marcus Pestana (PSDB) declarou, neste s�bado (15/10), que vota em Lula (PT) no segundo turno das elei��es presidenciais. Entre as raz�es da sua escolha, ele cita a longa trajet�ria pol�tica e destaca defesa da liberdade e, principalmente, da democracia. 
 
 
Natural de Juiz de Fora, na Regi�o da Zona da Mata, o pol�tico de 62 anos apoiou a candidatura de Simone Tebet (MDB) � Presid�ncia no 1° turno. Com a aproxima��o das vota��es que definir�o o presidente do Brasil nos pr�ximos quatro anos, Pestana confiar� seu voto em Lula, assim como anunciou Tebet. 
 
"Espero que Lula e o PT consigam fazer a leitura correta do quadro pol�tico e social de 2022, realizar uma saud�vel autocr�tica sobre os erros do passado e superar o seu tradicional exclusivismo pol�tico. Mas n�o tenho d�vidas que a melhor alternativa em defesa da liberdade, da democracia, do meio ambiente, da educa��o de qualidade, do SUS como conquista civilizat�ria, da cultura de paz e dos direitos humanos, � votar Lula, 13, no pr�ximo dia 30 de outubro", diz o pol�tico. 
 
Ele afirma que as amea�as de retrocesso pol�tico e institucional, a aus�ncia de pol�ticas p�blicas essenciais e o 'falso liberalismo bastardo n�o oferecem a perspectiva que o Brasil precisa e merece'.
  
"Lula e Alckmin, diante de um Congresso plural, fragmentado e diverso e das ang�stias presentes no seio da sociedade, saber�o, com suas hist�rias e experi�ncias pessoais, liderar o grande di�logo nacional para pacificar o pa�s, unir for�as e gerar o ambiente necess�rio para a retomada do desenvolvimento inclusivo e sustent�vel", finaliza. 
 
Confira o texto na �ntegra: 
 
"Cada um tem sua hist�ria pessoal e suas circunst�ncias temporais dadas por cada um dos momentos vividos. Nasci para a vida comunit�ria, social e pol�tica aos 16 anos, lutando por uma educa��o melhor e liderando a primeira passeata e greve p�s-68 em minha cidade, Juiz de Fora. Jamais suportaria a aus�ncia absoluta de uma pol�tica educacional ativa e transformadora.
 
Aos 19, como coordenador do DA de Economia da UFJF, lutei pela democracia e fui dirigente do Comit� Brasileiro da Anistia, isto me rendeu um processo baseado na Lei de Seguran�a Nacional e ainda jovem virei r�u, por crime de opini�o, junto com outros parceiros de caminhada. O horror �s ditaduras amadurecia cada vez mais. Neste mesmo ano, fizemos coleta de dinheiro e alimentos em favor dos metal�rgicos do ABC, ent�o em greve e sem sal�rios.
 
Aos 20 anos, virei presidente do DCE da UFJF. Reconstru�mos a UNE e a UEE/MG. Aprofundei minha luta pela agenda democr�tica: anistia ampla geral e irrestrita, Constituinte livre e soberana e Elei��es Diretas para Presidente. Me elegi vereador aos 22 anos, em 1982, fruto da milit�ncia na frente democr�tica. Minhas refer�ncias na �poca: Ulysses Guimar�es, Teot�nio Vilela, Tancredo Neves, Franco Montoro, M�rio Covas e FHC. Coordenei as Diretas-J� e o Comit� por uma Constituinte livre e soberana em Juiz de Fora.
 
Sempre estive em campo alternativo ao PT, embora estiv�ssemos juntos na luta pela democracia, no movimento estudantil; frente ao col�gio eleitoral em 1985; diante da assinatura e apoio � Constitui��o de 1988; em rela��o ao governo de uni�o nacional de Itamar Franco e � defesa do Plano Real. A �nica vez em que votei em Lula foi no segundo turno de 1989, contra Color. A hist�ria nos deu raz�o. Como primeiro presidente municipal do PSDB, em 1989, organizei a festa “Tucano que � tucano vai ao encontro das estrelas” e redigi a resolu��o municipal de apoio que serviria de base � decis�o do PSDB de Minas e do Brasil, j� que Pimenta da Veiga e Mario Covas gostaram do texto. Como secret�rio estadual de planejamento de Minas, chefe de gabinete  do Minist�rio da Comunica��es e secret�rio executivo do Minist�rio do Meio Ambiente, acompanhei a forte oposi��o do PT ao PSDB, de 1995 a 2002, que via no governo FHC, uma suposta “heran�a maldita”.
 
Como secret�rio estadual de sa�de cooperei com todas as prefeituras, inclusive as do PT, e com o Minist�rio da Sa�de, j� no governo Lula. Mas o embate entre PSDB e PT n�o foi arquivado e chegou ao �pice na sucess�o presidencial do 2014, quando fui um coordenadores de nossa campanha no segundo turno. Fui deputado de oposi��o ao governo Dilma, dentro de um comportamento cr�tico, firme, respeitoso e cooperativo. Por incr�vel que pare�a para o Brasil atual, isto � poss�vel. Divergir, dialogando. Depois todos sabem a sequ�ncia.
 
A partir das jornadas de 2013 seguiram-se a maior recess�o da hist�ria, crise fiscal aguda, Lava Jato, impeachment de Dilma Roussef, reformas e crise do Governo Temer, etc. Veio o terremoto e a revolta popular contra a “velha pol�tica” em 2018 (n�o existe velha ou nova pol�tica, existe boa ou m�). Sou fundador do PSDB, um dos primeiros vereadores tucanos do Brasil em 1988, primeiro presidente do PSDB em Juiz Fora, presidente estadual em Minas por quatro anos e secret�rio geral nacional em 2017/19. Deputado estadual por quatro anos e federal por oito. Desde os 16 anos o que me orientou foi o esp�rito p�blico e os interesses populares e nacionais. Em 2018, liderei um manifesto em favor da unidade do polo do centro democr�tico, impulsionado por FHC e Cristovam Buarque. Deu no tsunami pol�tico da autodenominada “nova pol�tica”.
 
Em 2022, atuei fortemente pela 3ª Via, convicto que a atual polariza��o, radical e est�ril, n�o seria o melhor caminho. Trope�amos na travessia. A configura��o do segundo turno � uma escolha irrecorr�vel e soberana do eleitorado brasileiro. � verdade que o PT e Lula cometeram muitos erros. Bolsonaro tamb�m. � um cen�rio de escolha plebiscit�ria determinado pela sociedade. Corrup��o n�o diferencia os dois polos em disputa. Pesam diversas graves den�ncias sobre os dois campos que merecem apura��o do MP, da Pol�cia Federal e o pronunciamento do Poder Judici�rio.
 
A criminaliza��o e a judicializa��o da pol�tica n�o s�o positivas para a solu��o das grandes quest�es nacionais. Pol�tica � pol�tica, crime � crime, s�o esferas diferentes. Nem o enfraquecimento das institui��es republicanas e democr�ticas, o que seria o primeiro passo para inaceit�veis retrocessos autorit�rios. Erros na pol�tica econ�mica s�o muitos, de todos os lados.
 
Minha vida p�blica e minha milit�ncia pol�tica, nos �ltimos 46 anos, foram orientadas pela defesa da liberdade e da democracia; pelo combate �s desigualdades atrav�s de pol�ticas p�blicas sociais ativas, seja na transfer�ncia de renda, na educa��o ou na sa�de p�blica; pela defesa do desenvolvimento sustent�vel que concilie crescimento com preserva��o do meio ambiente; e, pela defesa dos direitos humanos contra todas as discrimina��es raciais, �tnicas, sexuais e sociais. Fui secret�rio estadual de sa�de e n�o esque�o que o Brasil tem 2,7% da popula��o global e 10,5% das mortes no mundo por COVID gra�as � p�ssima gest�o da pandemia.
 
Como leitor de obras contempor�neas como Porque as na��es fracassam, Porque as democracias morrem e Engenheiros do caos, sei bem os riscos que estamos correndo, e diante das angustiantes interroga��es que se colocam no horizonte brasileiro, coerente com a minha hist�ria pessoal e com minhas convic��es ligadas � social-democracia contempor�nea, vou votar em Lula no segundo turno, certo de que precisamos retomar o di�logo nacional no �mbito do Congresso Nacional e da sociedade brasileira, para superarmos este esgar�amento radical do tecido social brasileiro, dividido ao meio, e construirmos os consensos progressivos necess�rios para avan�ar.
 
Me perdoem os amigos que s�o movidos por um antipetismo compreens�vel, mas as vezes irracional. Espero que Lula e o PT consigam fazer a leitura correta do quadro pol�tico e social de 2022, realizar uma saud�vel autocr�tica sobre os erros do passado e superar o seu tradicional exclusivismo pol�tico. Mas n�o tenho d�vidas que a melhor alternativa em defesa da liberdade, da democracia, do meio ambiente, da educa��o de qualidade, do SUS como conquista civilizat�ria, da cultura de paz e dos direitos humanos, � votar Lula, 13, no pr�ximo dia 30 de outubro.
 
O populismo autorit�rio, as amea�as de retrocesso pol�tico e institucional, a aus�ncia de pol�ticas p�blicas essenciais e o falso liberalismo bastardo n�o oferecem a perspectiva que o Brasil precisa  e merece. Lula e Alckmin, diante de um Congresso plural, fragmentado  e diverso e das ang�stias presentes no seio da sociedade, saber�o, com suas hist�rias e experi�ncias pessoais, liderar o grande di�logo nacional para pacificar o pa�s, unir for�as e gerar o ambiente necess�rio para a retomada do desenvolvimento inclusivo e sustent�vel. Por tudo isso, no segundo turno, votarei em LULA. Simples assim! Ou n�o t�o simples para alguns. O momento n�o permite omiss�es. Nunca me omiti. Em 2026, uma nova gera��o de lideran�as vir�, e para pavimentar o caminho, precisamos agora de uma ponte para o futuro. E essa ponte agora � o voto em Lula.
 
Abra�o fraterno e respeitoso em todos e todas que concordam ou n�o com a minha vis�o! O Brasil � maior que todos n�s e a vida n�o acaba em 2022!"


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