Thiago Bonna

Te�filo Otoni, no Vale do Mucuri, ser� o destino da quinta visita do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Minas Gerais neste segundo turno. Ainda est� prevista uma ida a Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro. Os dois atos de campanha ser�o realizados amanh� e contar�o com a participa��o do governador reeleito Romeu Zema (Novo), coordenador de campanha do candidato no estado. Est� marcado um com�cio na Pra�a Tiradentes, em Te�filo Otoni, �s 10h30. J� no Tri�ngulo Mineiro, o pol�tico deve chegar depois das 13h, mas a agenda ainda n�o foi informada pela campanha. As recorrentes vindas de Bolsonaro ao estado t�m como inten��o tentar uma virada. O candidato do PT, Luiz In�cio Lula da Silva, venceu o primeiro turno com 48,43% dos votos, contra 43,20%. Desde 1955, todos presidentes que venceram em Minas foram eleitos.
A ida de Bolsonaro ao Vale do Mucuri ocorre cinco dias ap�s a de Lula, que esteve na cidade acompanhado pela senadora Simone Tebet (MDB-MS), pela deputada federal Marina Silva (Rede-SP) e pelo vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (PSDB).
Ontem, o chefe do Executivo federal fez campanha no Distrito Federal. No in�cio da tarde, visitou os acampamentos Nova Jerusal�m e Le�o de Jud�, �s margens da BR-060, e tamb�m gravou propagandas para o hor�rio eleitoral. Ele discursou para lideran�as locais e exaltou as regulariza��es de terra realizadas em sua gest�o. O governo entregou 362 mil t�tulos de propriedades rurais entre 2019 e 2022, como parte do programa Titula Brasil. “N�o existe satisfa��o maior que nesses assentamentos ver descer a bandeira vermelha e subir a nossa bandeira verde e amarela. Os assentados conseguiram a sua carta de alforria, sua liberdade”, disse.
Mais cedo, Bolsonaro almo�ou em churrascaria na Vila Planalto, bairro de Bras�lia mais pr�ximo ao Pal�cio da Alvorada. Ele foi acompanhado pelos ministros Paulo Guedes, da Economia; C�lio Faria J�nior, da Secretaria de Governo; Bruno Bianco, advogado-geral da Uni�o; e Wagner Ros�rio, ministro-chefe da Controladoria-Geral da Uni�o. Durante o almo�o, o presidente assistiu ao programa eleitoral veiculado na televis�o.
Ao falar brevemente com a imprensa, fez ataques � campanha de Luiz In�cio Lula da Silva (PT). “Falta hombridade e car�ter para enfrentar e discutir assuntos. Fica mentindo no hor�rio eleitoral o tempo todo, falando de 'Bolsol�o'. N�s sabemos que o PT apoiou o or�amento secreto, ou seja, talvez, a campanha mais baixa da hist�ria que eu tenha visto", disse o presidente.
Presidente teve menos inser��es, diz ministro
Bras�lia – O ministro das Comunica��es, F�bio Faria (PP-RN), convocou a imprensa ontem para dizer que, nos �ltimos 14 dias, r�dios de todo o Brasil teriam veiculado mais inser��es da campanha petista que do presidente Jair Bolsonaro (PL). Acompanhado do secret�rio-executivo da pasta, Fabio Wajngarten, Faria afirmou que a campanha do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) teve 154 mil inser��es – cada uma dura 30 segundos – a mais que a do presidente em r�dios de todo o pa�s. “Como � que n�s, que preservamos o direito de igualdade e a democracia, podemos lidar com 154 mil inser��es de r�dio a menos? Isso � uma grave viola��o do sistema eleitoral”, reclamou.
Faria disse tamb�m que as viola��es ocorreram principalmente no Nordeste e que a campanha de Bolsonaro entrou com representa��o no Tribunal Superior Eleitoral. Os dados foram entregues por duas auditorias contratadas. “S� na Regi�o Nordeste, na semana, de (dias) 7 a 14, foram 12 mil inser��es a menos, e na semana seguinte, 17 mil inser��es a mais do candidato do PT", disse. Perguntados sobre quais empresas realizaram a auditoria, Faria afirmou que depois informaria as respons�veis.
Zema rebate cr�tica de Lula
Amanda Quintiliano
Especial para o EM
O governador reeleito Romeu Zema (Novo) rebateu ontem as cr�ticas feitas a ele pelo candidato do PT � Presid�ncia, Luiz In�cio Lula da Silva. Durante encontro com prefeitos e lideran�as locais em Divin�polis, no Centro-Oeste do estado, Zema comparou o primeiro mandato do ex-presidente a um “bilhete premiado”. Na �ltima sexta-feira, em entrevista exclusiva � TV Alterosa, ao Portal Uai e ao Estado de Minas, Lula afirmou que Zema “n�o lidera nada, � um empres�rio de sorte”.
Zema, que tem engajado uma base de prefeitos com promessa de dar vit�ria ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno no estado, usou a mesma palavra para rebater a cr�tica feita pelo petista. “Eles s�o muito sortudos. Quando o Lula assumiu, em 2003, assumiu com o bilhete da loteria na m�o. � como se algu�m que casasse ganhasse junto um bilhete premiado de R$ 30 milh�es. D� para comprar casa, d� para comprar uma fazenda, carro novo, viajar etc. O Lula pegou a mar� boa”, retrucou.
Citando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que declarou apoio a Lula, disse que o PT pegou a “casa arrumada”. “Fernando Henrique tinha arrumado a casa de certa maneira, os pre�os das commodities bombando, o Brasil descobriu o pr�-sal, ia ser o pa�s que ia sediar a Copa do Mundo, que ia sediar as Olimp�adas. Tudo aconteceu naquele momento ali. E, o que ele fez para poder continuar essa prosperidade? Nada”, afirmou.
Em seguida, atacou: “Pelo contr�rio, arrumou uma gangue para poder assaltar o Estado e as empresas do Estado. O resultado veio em 2015, 2016”. O governador citou demiss�es e acusou o PT de fabricar a “maior recess�o da hist�ria do Brasil” quando o restante do mundo estava crescendo. Zema ainda classificou o PT de “Partido da Trag�dia” e convocou as quase 50 lideran�as presentes a mostrarem que o que deixou Lula “bem-visto” no passado � “coincid�ncia”. Ele voltou a comparar a gest�o do partido do ex-presidente a um anabolizante.
“Comparo o que aconteceu l� tr�s com o cara que quer ficar fort�o, ganhar competi��o, toma bomba, anabolizante. Vai ganhar musculatura, vai ganhar competi��o, ficar famoso, da� 5, 10 anos, descobrem que ele estava fazendo doping, a� vem problema card�aco, hep�tico, renal, de toda natureza. O que o PT fez foi isso. O Brasil tinha tudo para dar certo, n�o fizeram uma reforma, nem a da Previd�ncia, nem administrativa, nem tribut�ria, nem pol�tica, nada. Ficaram s� distribuindo entre a companheirada o dinheiro da Petrobras”, comparou. Citando as refer�ncias de Lula � “picanha”, ironizou, dizendo que em pa�ses onde h� “trabalho como o do PT” est�o assegurando “picanha felina e canina”.