
Jefferson foi preso no domingo (23), por determina��o de Moraes. Ele reagiu � abordagem da Pol�cia Federal a tiros e lan�ou granada na dire��o dos policiais. Dois deles ficaram feridos, atingidos por estilha�os.
A opera��o ocorreu um dia ap�s o pol�tico de extrema direita xingar e comparar C�rmen L�cia a "prostitutas", "arrombadas" e "vagabundas" em um v�deo publicado por sua filha Cristiane Brasil (PTB) nas redes sociais.
Na audi�ncia de cust�dia, concedida ao juiz instrutor do gabinete de Moraes, Airton Vieira, o ex-deputado e aliado de Jair Bolsonaro (PL) voltou a ofender a ministra.
Ele disse que em seu coment�rio criticava um voto de C�rmen L�cia no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em processo sobre a Jovem Pan, e acrescentou: "Quero pedir desculpas �s prostitutas pela m� compara��o, porque o papel dela foi muito pior, porque ela fez muito pior, com objetivos ideol�gicos, pol�ticos. As outras fazem por necessidade", afirmou.
Disse ainda que Moraes tem um problema pessoal com ele e com o PTB e o persegue h� dois anos. Jefferson � alvo do inqu�rito das mil�cias digitais, no STF, que t�m o ministro como relator.
"Ele e o ministro [Edson] Fachin [t�m problema com ele]. Eles cortam parte do fundo partid�rio do PTB contra a lei, porque o partido se colocou contra o ativismo do STF, especialmente do ministro Alexandre de Moraes", diz Jefferson.
"Ele diz que eu fa�o parte de uma mil�cia digital, mas eu acho que ele faz parte de uma mil�cia judicial no STF, por isso n�s ternos problemas. Ele mandou a Pol�cia Federal na minha casa quatro vezes, mas com que fundamento? Busca e apreens�o? De qu�? Busca e apreens�o gen�rica. Eles v�o l� procurar algo para tentar me incriminar."
Na casa de Jefferson, por�m, a PF apreendeu fuzis, mais de 7.000 muni��es e at� armas de brinquedo.
Jefferson est� com o registro de CAC (ca�ador, atirador e colecionador) suspenso e n�o poderia transportar as armas que possui para o Rio de Janeiro.
Na audi�ncia de cust�dia, foi decidido que Jefferson permanece preso e seria transferido para o pres�dio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, na zona oeste do Rio de Janeiro. � a mesma unidade em que ele ficou preso at� janeiro, ap�s ter obtido direito a pris�o domiciliar.