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Estado de Minas BOLSONARO

Veja trechos do livro 'O Brasil (n�o) � uma piada', sobre a elei��o de 2018

Obra do humorista Andr� Marinho conta hist�rias de bastidores da elei��o presidencial de 2018


26/10/2022 09:00 - atualizado 26/10/2022 07:22

André Marinho
"O Brasil (n�o) � um pa�s s�rio", traz relatos de bastidores da elei��o de Jair Bolsonaro em 2018 (foto: Divulga��o)
Durante a corrida eleitoral de 2018, um ent�o deputado do chamado "baixo clero" transformou a casa do empres�rio Paulo Marinho, no Rio de Janeiro, em um verdadeiro "Quartel General" de campanha.

E foi em meio a grava��es de pe�as publicit�rias, estrat�gias pol�ticas e alguma descontra��o, que o humorista Andr� Marinho, filho de Paulo, presenciou o desenrolar das atividades que tornariam um militar reformado o 38º presidente do Brasil.

Os bastidores desta empreitada s�o narradas no rec�m lan�ado livro "O Brasil (n�o) � uma piada", de Andr� Marinho. Com o bom-humor t�pico do autor, a obra destaca como Jair Messias Bolsonaro foi al�ado ao cargo de presidente.

Confira trechos da obra


De 'esquerdista' para aliado


"Em novembro de 2017, a Veja tinha convidado Jair Bolsonaro para a sabatina "Amarelas ao Vivo" (...). Ele seria entrevistado pelo jornalista Augusto Nunes, at� ent�o publicamente descrente do seu potencial eleitoral e, por conseguinte, seu desafeto, a quem vituperava aos quatro cantos de 'esquerdista, safado e sem-vergonha'". (p.49-50)

Justi�a pro bono

"Bolsonaro era r�u em duas a��es penais que tramitavam no Supremo Tribunal Federal (...). Uma corrente no Supremo alertava para o artigo 15 da Constitui��o, que prev� a suspens�o dos direitos pol�ticos de quem tiver condena��o transitada em julgado (...). Meu pai, embora relutante, concordou em providenciar uma assessoria jur�dica � altura das 'causas imposs�veis'. (...)

Bolsonaro de pronto indagou: 'Mas quanto isso vai custar? Porque eu n�o tenho nenhum tost�o'. Ficou satisfeito ao saber que meu pai conversaria com Pitombo para assumir a defesa pro bono."

Arthur Weintraub, homem de car�ter

"Bolsonaro acreditava em uma esp�cie de conspira��o contra a sua candidatura. Bebianno auscultou cora��o e pulm�es do STF e soube que n�o havia conspira��o alguma. (...) Arthur Weintraub foi taxativo ao afirmar que Bolsonaro tinha que renunciar ao mandato na semana seguinte, pois havia um 'golpe' em curso no Supremo para tornar o Capit�o ineleg�vel. (...) Bebianno suplicou que Arthur n�o desse sua opini�o a Bolsonaro, pois ele certamente arriaria. Arthur prometeu. No dia seguinte, Arthur Weintraub e Jair Bolsonaro se encontraram casualmente no aeroporto de Bras�lia. Weintraub, homem de car�ter irretoc�vel, homem de palavra, deu a letra e traiu a confian�a de Bebianno"

Pesquisas eleitorais

"Bolsonaro era obcecado por pesquisas eleitorais. (...) Nada mais longe da verdade do que a imagem que pretendeu passar de que n�o se importava com os n�meros e n�o confiava nos institutos de pesquisa"

Prepara��o para Sabatina GloboNews


No ensaio, quando os apoiadores fizeram um semic�rculo, Bolsonaro sacou a pistola da cintura, colocou na mesa e perguntou de forma s�ria se "vai ser pelot�o de fuzilamento ou n�o?".

'Jana�na � chata pra cacete'

"Janaina Paschoal era a favorita de Bebianno para o posto de vice. Em tese, seria ideal para mitigar a rejei��o de Bolsonaro junto �s mulheres e consolidar de vez o sentimento antipetista rumo � candidatura, dado que Janaina ganhou notoriedade como uma das autoras do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (...).

Notei Bolsonaro impaciente, resmungando. At� que n�o se aguentou e verbalizou o que estava na cabe�a: 'Puta que pariu! Essa Jana�na � chata pra cacete!'"


Paulo Guedes x P�rsio Arida


"Notei a presen�a, � esquerda, de P�rsio Arida, um dos art�fices do Plano Real e conselheiro-mor econ�mico de Alckmin, e � direita, Paulo Guedes, seu desafeto, persona non grata na academira e avalista liberal de Bolsonaro. Era n�tido o desprezo entre eles".

Ap�s a facada

"O cardiologista Roberto Kalil, do Hospital S�rio-Liban�s. (...) Atendeu pessoalmente Lula, Dilma, Temer, Collor e Sarney. (...) Mobilizou um jatinho com sua equipe, capitaneada pela dra. Ludhmila Hajjar, com uma UTI m�vel para o hospital onde estava Bolsonaro. (...) Acontece que Carlos e Eduardo alegando que Kalil e sua equipe eram '�rabes comunistas' que matariam o pai deles, frustraram todo o plano".

Caro�o no angu

"'Chegando l�, se n�o fizermos tudo certo, n�s vamos sair presos', disse Bolsonaro. Foi o primeiro ind�cio que Bebianno e meu pai tiveram que poderia haver caro�o no angu de Bolsonaro"

M�riam Leit�o como assessora de imprensa


"A correspondente do jornal argentino Clar�n, Eleonora Gosman, perguntou se o Mercosul seria "desmontado". (...) Exageradamente irritado, o ent�o futuro ministro disparou: 'O Mercosul n�o � prioridade' (...).

Meu pai ponderou que Guedes deveria priorizar (leia-se: contratar urgentemente, antes da pr�xima bobagem) uma assessoria de imprensa � altura do cargo que estava prestes a ocupar. Guedes concordou. (...) Guedes pensou um pouco sobre o incidente com os jornalistas, refletiu em sil�ncio por alguns minutos e mandou 'tenho o nome ideal para essa fun��o e j� vou falar com ela. O que que voc� acha, Paulo, da M�riam Leit�o?"

"Pedir desculpas ao Brasil"

A interlocutores, pouco depois (de Gustavo Bebianno ser demitido do governo), fez um  desabafo: "Preciso pedir desculpas ao Brasil por ter viabilizado a candidatura de Bolsonaro. Nunca imaginei que ele seria um presidente t�o fraco".


O BRASIL (N�O) � UMA PIADA, de Andr� Marinho

Editora Intr�nseca

P�ginas: 240
Livro impresso: R$ 59,90
E-book: R$ 29,90


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