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Estado de Minas ELEI��O NACIONAL

'Nunca antes na hist�ria deste pa�s': elei��o de Lula faz paradigmas ca�rem

Com ex-advers�rio como vice, petista � o primeiro a conseguir, nas urnas, um terceiro mandato de presidente da Rep�blica


30/10/2022 23:26 - atualizado 30/10/2022 23:47

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva
Lula venceu a elei��o brasileira menos de tr�s anos ap�s deixar a pris�o (foto: NELSON ALMEIDA / AFP)
A vit�ria de Luiz In�cio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (30/10), no segundo turno da elei��o presidencial, representa a quebra de paradigmas que envolvem a pol�tica brasileira. � a primeira vez que algu�m � eleito tr�s vezes pelo voto popular para a Presid�ncia da Rep�blica. Em 1° de janeiro, o petista vai voltar ao Pal�cio do Planalto doze anos ap�s ter transferido o cargo para a correligion�ria Dilma Rousseff. A data marcar�, ainda, os 1.667 dias desde que Lula deixou a pris�o.

A vit�ria de Lula p�e fim a uma estat�stica que acompanha o Brasil desde 1998, quando os presidentes passaram a poder pleitear, nas urnas, a reelei��o. Naquele ano, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) conseguiu renovar o mandato. O mesmo aconteceu em 2006 e 2010, com Lula e Dilma, respectivamente. A elei��o deste ano foi, tamb�m, a primeira em que duas pessoas que j� ocuparam a chefia do governo federal travaram confronto direto pela presid�ncia.

Com 99,9% das urnas apuradas, Lula tinha 50,9% dos votos v�lidos, contra 49,1% de Bolsonaro. "Nunca antes na hist�ria deste pa�s", a frase que d� t�tulo a este texto, foi bastante utilizada por Lula durante seus anos � frente do pa�s. Serviu, tamb�m, para nomear um livro do jornalista Marcelo Tas sobre pensatas do petista.
A frase pode ser usada, ainda, para explicar a reden��o pol�tica de Lula. H� quatro anos, ele assistiu � derrota do correligion�rio Fernando Haddad para Bolsonaro de uma televis�o instalada na carceragem da Pol�cia Federal em Curitiba (PR). Ele viveu em uma sala do local entre abril de 2018 e novembro de 2019, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) mudou o entendimento sobre a pris�o de condenados em segunda inst�ncia e possibilitou sua liberta��o.

No ano passado, as condena��es de Lula, acusado de corrup��o e lavagem de dinheiro no �mbito da Opera��o Lava-Jato, foram anuladas pela Suprema Corte. Sergio Moro (Uni�o Brasil), o juiz do caso, foi considerado suspeito. Neste m�s, depois de atuar como ministro da Justi�a, ser eleito senador pelo Paran� e se distanciar de Bolsonaro, o ex-juiz confirmou publicamente o retorno da rela��o com o presidente derrotado e atuou como uma esp�cie de assessor do candidato do PL nos debates promovidos por ve�culos jornal�sticos.

Tabus quebrados, mas com t�tica repetida

Apesar de romper com alguns arqu�tipos da cena pol�tica nacional, Lula recorreu, neste ano, a expedientes que utilizou em 2002, quando venceu pela primeira vez a corrida ao Planalto. � �poca, escolheu o empres�rio mineiro Jos� Alencar, para ser seu vice. O l�der petista, ent�o, articulou para colocar Alencar, homem ligado ao centro e � direita, no antigo Partido Liberal (PL).

A op��o pelo dono da Coteminas, empresa do setor t�xtil, serviu como aceno a setores ent�o refrat�rios ao ide�rio lulista.

Neste ano, al�m de dar � sua campanha um car�ter de frente ampla em defesa da democracia, Lula tamb�m teve, como candidato a vice, um homem de bom tr�nsito com o empresariado e setores tradicionalistas.

O escolhido, Geraldo Alckmin, foi ferrenho advers�rio do PT quando era filiado ao PSDB e disputou o segundo turno da elei��o de 2006, vencida por Lula. Assim como Alencar, Alckmin migrou a um partido simp�tico ao PT, o PSB, e se engajou a favor do mais novo aliado.


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