BRAS�LIA, DF - O presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ter um cargo no seu partido, ap�s ter perdido a reelei��o � Presid�ncia, no pr�ximo ano. A ideia, que j� foi discutida com Valdemar Costa Neto, � que ele desempenhe um papel na legenda e tente manter relev�ncia pelos pr�ximos anos.
O dirigente do PL esteve com Bolsonaro na �ltima segunda-feira (31). No encontro, o chefe do Executivo disse que pretende continuar na sigla, ter um papel l� e liderar a oposi��o. Ainda n�o foram discutidos detalhes, mas Valdemar disse que aceitaria.
Em seu primeiro discurso concedido 45 horas ap�s a proclama��o da vit�ria de Luiz In�cio Lula da Silva (PT), ap�s a reuni�o com Valdemar, o chefe do Executivo disse: "� uma honra ser o l�der de milh�es de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econ�mica, a liberdade religiosa, a liberdade de opini�o, a honestidade e as cores verde e amarela da nossa bandeira".
O presidente pode ocupar o cargo de presidente honor�rio ou de conselheiro, com vaga na Executiva Nacional.
A inten��o do presidente do PL � manter Bolsonaro por perto nas decis�es. H� uma avalia��o de que ele pode ajudar a manter di�logo com a ala mais radicalizada do bolsonarismo, hoje sediada no PL, como Z� Trov�o e Carla Zambelli na C�mara, por exemplo.
- Leia tamb�m: Fim de sigilo de 100 anos? As decis�es de Lula que poder�o afetar Bolsonaro ap�s posse
- E mais: Bolsonaro teve mais votos na cidade onde ass�dio eleitoral foi flagrado
O cargo deve contar com um sal�rio, que ainda est� indefinido. Aliados do presidente dizem que ele ter� dificuldades de sobreviver apenas com o soldo militar e a aposentadoria de deputado federal, que chegaria a cerca de R$ 40 mil. Os detalhes ainda n�o foram discutidos.
Segundo interlocutores, o presidente est� digerindo a derrota. Ele se tornou o primeiro mandat�rio a fracassar na reelei��o. Integrantes do PL esperam que ele possa manter o capital pol�tico de mais de 58 milh�es de votos.
A ideia de Valdemar � que o partido consiga prosperar, mesmo com integrantes t�o antag�nicos internamente, nos moldes do MDB por muitos anos. O partido tem uma ala mais progressista, ligada a Lula e ao PT, e outra mais conservadora, em S�o Paulo e no Sul do pa�s.