
Permeada por informa��es imprecisas, que questionam a lisura do pleito desse domingo (30/10), do qual Luiz In�cio Lula da Silva (PT) saiu vitorioso, a transmiss�o causou furor nas redes bolsonaristas, bem como entre aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O dossi� ap�crifo citado na live foi publicado pelo canal La Derecha Di�rio, que pertence a Fernando Cerimedo, que recebeu o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em 13 de outubro em Bueno Aires.
No v�deo, Cerimedo afirma ter recebido um relat�rio do Brasil com dados que apontam ind�cios de fraude nas urnas eletr�nicas utilizadas no pa�s. A suposta auditoria sustenta que cinco modelos de urnas eletr�nicas usadas na elei��o deste ano registraram mais votos para Lula do que para o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Esses modelos, segundo o relat�rio, n�o teriam sido submetidos a testes de seguran�a. Apenas os modelos de 2020 teriam sido devidamente fiscalizadas por peritos de universidades federais e das For�as Armadas.
Em nota, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desmentiu as hip�teses levantadas. "N�o � verdade que os modelos anteriores das urnas eletr�nicas n�o passaram por procedimentos de auditoria e fiscaliza��o Os equipamentos antigos j� est�o em uso desde 2010 (para as urnas modelo 2009 e 2010) e todos foram utilizadas nas Elei��es 2018. Nesse per�odo, esses modelos de urna j� foram submetidos a diversas an�lises e auditorias", esclareceu o �rg�o ao Estado de Minas. (Veja abaixo a respota na �ntegra)
A live ganhou repercuss�o entre bolsonaristas e parlamentares que apoiam o presidente.
O deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) pediu para que o Tribunal Superior Eleitoral investigasse as den�ncias publicadas pelo ve�culo de extrema-direita.
"Como cidad�o, estou pedindo para o Tribunal competente averiguar as informa��es divulgadas hoje sobre as poss�veis fraudes nas elei��es brasileiras. Surgiram d�vidas v�lidas e de interesse coletivo", postou o parlamentar mineiro em suas redes sociais.
O tema ficou entre os mais comentados no Twitter brasileiro nesta sexta-feira (4/11), sob as hashtags "Brazil Was Stolen", "fraude" e "argentino"
O deputado estadual eleito Bruno Engler (PL-MG) e a vereadora Fl�via Borja (PP-MG) tamb�m comentaram as supostas den�ncias. Entretanto, nenhum integrante da fam�lia Bolsonaro replicou o conte�do em suas redes.
Confira na �ntegra a resposta do TSE:
"N�o � verdade que os modelos anteriores das urnas eletr�nicas n�o passaram por procedimentos de auditoria e fiscaliza��o. Os equipamentos antigos j� est�o em uso desde 2010 (para as urnas modelo 2009 e 2010) e todos foram utilizadas nas Elei��es 2018. Nesse per�odo, esses modelos de urna j� foram submetidos a diversas an�lises e auditorias, tais como a Auditoria Especial do PSDB em 2015 e cinco edi��es do Teste P�blico de Seguran�a (2012, 2016, 2017, 2019 e 2021).
Os resultados de todas as edi��es do TPS est�o dispon�veis para consulta no endere�o abaixo:
As urnas eletr�nicas modelo 2020 que ainda n�o estavam prontas no per�odo de realiza��o do TPS 2021 foram testadas pelo Laborat�rio de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Polit�cnica da Universidade de S�o Paulo (EP-USP), al�m de ter o conjunto de softwares avaliado tamb�m pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Nas tr�s avalia��es, n�o foi encontrada nenhuma fragilidade ou mesmo ind�cio de vulnerabilidade. O software em uso nos equipamentos antigos � o mesmo empregado nos equipamentos mais novos (UE2020), cujo sistema foi amplamente aberto para auditoria dentro e fora do TSE desde 2021. O relat�rio elaborado pela institui��o pode ser encontrado no seguinte link:
Por fim, ressalta-se que todas as urnas s�o auditadas e ela � um hardware, ou seja, � um aparelho. O que importa � o que roda dentro dela, ou seja, o programa, que ficou aberto por um ano para todas as entidades fiscalizadoras. O software da urna � �nico em todos os modelos, tendo sido divulgado, lacrado e assinado."