
Aliados de Lula temem que bolsonaristas tentem inviabilizar a posse. Da�, a costura de uma equipe ampla de transi��o, que inclua de liberais ao l�der do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) e deputado eleito Guilherme Boulos.
O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), coordenador da equipe de transi��o, dever� anunciar nesta ter�a (8), em Bras�lia, nomes de integrantes do grupo.
A soci�loga Ros�ngela da Silva, a Janja, esposa do petista, dever� atuar na organiza��o da cerim�nia de posse.
Sob protestos de petistas que buscavam mais espa�o na equipe, Lula e Alckmin optaram pela pluralidade na escolha dos integrantes da transi��o.
A lista de convidados inclui os economistas Andr� Lara Resende e Persio Arida, tendo o ex-tucano Floriano Pesaro na coordena��o administrativa.
Lula tamb�m buscar� ampliar reconhecimento internacional � sua vit�ria, depois de declara��es p�blicas de l�deres estrangeiros, como Joe Biden, presidente dos Estados Unidos.
Pela manh�, ele definiu a agenda de viagem ao Egito, palco da COP27, confer�ncia da ONU sobre mudan�as clim�ticas.
L�deres mundiais estar�o presentes. Ele tamb�m deve se encontrar com o secret�rio-geral da ONU, Ant�nio Guterres, durante a confer�ncia. A possibilidade desse encontro foi tratada em telefonema entre os dois ap�s Lula ser eleito.
Lula viajar� na semana que vem ao Egito. Na volta, dever� desembarcar em Portugal para um encontro com os portugueses Ant�nio Costa e Marcelo Rebelo de Sousa (respectivamente, primeiro-ministro e presidente).
Nesta segunda, o presidente eleito tamb�m discutiu com assessores t�cnicos fontes para custear, no Or�amento de 2023, as promessas de campanha, entre elas a manuten��o do aux�lio de R$ 600 e mais R$ 150 para crian�as menores de seis anos e a retomada de investimentos.
A apresenta��o da origem dos recursos serviria para sinalizar � disposi��o de cumprimento de suas propostas levadas ao programa eleitoral durante a campanha.
Uma das preocupa��es entre aliados do presidente eleito acerca das manifesta��es antidemocr�ticas est� no risco de desabastecimento no Brasil.
Lula deve ir a Bras�lia na noite desta ter�a (8), onde se reunir� com a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber, o presidente da C�mara, Arthur Lira, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O p�riplo serviria como demonstra��o de respeito �s institui��es.
Na tarde desta segunda, o deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP) anunciou nas redes sociais que ele integrar� a equipe de transi��o e atuar� na �rea de cidades e habita��o.
"Participarei da Equipe de Transi��o de Governo para ajudar o Presidente Lula no debate sobre a �rea de Cidades e Habita��o. Vamos virar a p�gina do pior governo da nossa hist�ria!", escreveu.
Ele tamb�m afirmou que o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, integrar� a equipe.
A equipe do presidente eleito planeja que o governo de transi��o fa�a discuss�es em pelo menos 28 grupos tem�ticos no espa�o montado no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) de Bras�lia, a sede do governo de transi��o.
A ideia � que quatro coordenadores atuem no governo de transi��o. Aloizio Mercadante deve coordenar esses n�cleos de discuss�o tem�tica. A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) dever� coordenar as rela��es institucionais da transi��o.
Os coordenadores v�o ter salas pr�prias no CCBB, segundo um integrante da equipe de Lula que organiza a estrutura da transi��o.
O procurador da Fazenda Nacional Jorge Rodrigo Ara�jo Messias deve comandar a equipe jur�dica da transi��o.
A expectativa � de que as nomea��es ao governo de transi��o sejam publicadas durante a semana. Al�m dos 50 cargos nomeados, volunt�rios e assessores de parlamentares devem participar do trabalho do governo eleito.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) esteve no CCBB na tarde desta segunda.
Ele afirmou que os partidos que apoiaram a candidatura de Lula j� indicaram os nomes para compor a transi��o, e que n�o h� vincula��o entre os escolhidos e cargos no minist�rio do petista a partir de 2023.
"Nenhum dos nomes que constam na transi��o, vinculadamente, ir� assumir qualquer cargo no governo futuro. Isso foi deixado claro", disse Randolfe.
Em outro momento da conversa, o senador afirmou que "n�o h� garantia", que "ser� muito dif�cil" e "pouco prov�vel" que integrantes do governo de transi��o assumam cargos na gest�o de Lula.
"O grupo de transi��o � sobretudo mais t�cnico, de juntar informa��es para subsidiar decis�es do presidente e do vice-presidente", declarou o senador.
A presidente do PC do B, Luciana Santos, por exemplo, tamb�m atuar� na equipe de transi��o.