A diretoria do Col�gio Maria Clara Machado, na avenida Raja Gabaglia, em Belo Horizonte, ainda aguarda um retorno do Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) sobre tornar as aulas remotas enquanto a manifesta��o de bolsonaristas descontentes com o resultado da elei��o para presidente da Rep�blica acontece nos arredores da escola.
manifestantes bolsonaristas em frente ao Ex�rcito.
De acordo com Jos� Donizetti dos Santos, diretor do col�gio, que fica no bairro Cidade Jardim, regi�o Oeste de Belo Horizonte, as aulas est�o sendo prejudicadas pelo barulho provocado pelos A administra��o da escola enviou um of�cio ao �rg�o do Judici�rio mineiro na �ltima quinta-feira (3/11), mas at� hoje n�o tiveram nenhum retorno.
“N�s n�o obtivemos nenhum retorno do Minist�rio P�blico. Continuamos aguardando. As aulas noturnas e da manh� t�m sido mais ou menos,tranquilas, porque o barulho � um pouco menos intenso. Ent�o o �ndice de faltas tem sido na faixa de 20%. Agora, no turno da tarde, os alunos est�o faltando muito mesmo. As salas est�o vazias”, afirmou Donizetti.

O diretor ressaltou ainda que os pais est�o preocupados em mandar os filhos para a escola enquanto os protestos ocorrem por quest�es de seguran�a e tamb�m por sa�de.
“Alguns alunos que t�m quest�es relacionadas ao autismo, por exemplo, os pais ficam muito inseguros, porque o barulho nesse per�odo come�a a ser bastante forte. Ent�o n�s continuamos com esse problema”, disse.
Professores tamb�m se sentem prejudicados com as manifesta��es. Al�m de n�o conseguirem ministrar as aulas por causa do alto barulho de m�sicas de protesto, hinos e gritos dos manifestantes presentes, os educadores n�o conseguem estacionar pr�ximo � escola, j� que as vagas est�o ocupadas por barracas e por outros carros estacionados de forma indevida.
“Os professores t�m que parar no centro do bairro Cidade Jardim e fazer o resto do trecho a p�. Ent�o, tanto para ter acesso aqui, quanto tamb�m para comunicar com os alunos, os professores tamb�m est�o sofrendo”, lamentou o diretor.
“A gente foi pego totalmente de surpresa. Eu, como diretor desse col�gio h� 27 anos, nunca imaginei que passaria por uma situa��o dessas. A gente querendo dar aula, os professores estando aqui para dar aula, os alunos querendo as aulas, os pais pagando para ter aula e a gente n�o est� conseguindo por conta dos impactos da manifesta��o. N�o tenho nada a dizer em rela��o � manifesta��o, cada um tem os seus direitos, mas n�s tamb�m temos os nossos direitos”, completou.
Ontem (07/11), o Estado de Minas recebeu um retorno do MPMG, em que eles afirmaram que o caso est� em an�lise. O jornal entrou em contato novamente para atualiza��es e ainda n�o obteve resposta.