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Estado de Minas COP27

Joaquim Leite critica jatinhos e 'redu��o de emiss�es extremamente for�ada'

Em discurso na COP27, o ministro do Meio Ambiente criticou quem foi � confer�ncia de jatinho, mas cobra redu��o de emiss�es de gases do efeito estufa


15/11/2022 14:20 - atualizado 15/11/2022 14:41

Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente, discursa na COP27
Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente, discursa na COP27 (foto: Ahmad Gharabli / AFP)

(FOLHAPRESS) - O ministro do Meio Ambiente do Brasil, Joaquim Leite, criticou, em discurso na plen�ria da COP27, l�deres pol�ticos, filantropos e empres�rios que vieram para a confer�ncia da ONU para mudan�as clim�ticas com jatinhos particulares e cobram redu��o de emiss�es de gases do efeito estufa.

Apesar de o mundo correr contra o tempo para frear o catastr�fico aumento de temperatura, o ministro usou o espa�o para falar que n�o acredita em uma "redu��o de emiss�es extremamente for�ada, via taxas e custos a v�rios setores econ�micos, com risco de gera��o de infla��o verde e aumento da pobreza".

Estudos e organismos internacionais apontam que uma redu��o dr�stica e imediata de emiss�es -o que s� � poss�vel com investimentos pesados dos setores p�blicos e privados- � o �nico caminho para evitar que os atuais extremos clim�ticos vistos ao redor do mundo se tornem ainda mais destrutivos e caros para a humanidade, especialmente para as popula��es mais vulner�veis.

O discurso ocorreu na tarde desta ter�a-feira (15), em Sharm el-Sheikh, cidade basicamente compostas por resorts de luxo no Egito, �s margens do mar Vermelho.

A cr�tica de Leite -ligada �s emiss�es associadas a viagens particulares em jatinhos-, pelo o que o discurso indica, � direcionada aos pa�ses desenvolvidos e a seus representantes.

Curiosamente, por�m, tamb�m nesta ter�a, o presidente eleito Luiz In�cio Lula da Silva (PT) chegou � confer�ncia clim�tica de carona em um jatinho junto ao empres�rio Jos� Seripieri Filho, conhecido como J�nior, fundador da Qualicorp e dono da QSa�de.

Com a carona, o presidente eleito virou alvo de cr�ticas especialmente de deputados federais de oposi��o mais ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Lula chegou a ser alertado por aliados sobre o poss�vel custo pol�tico da viagem no jatinho.

Leia tamb�m: Lula vai viajar ao Egito em avi�o de empres�rio do ramo da sa�de

O discurso de Leite repetiu assuntos explorados durante todo o governo Bolsonaro, como as cr�ticas sem apresenta��o de explica��es � fiscaliza��o ambiental e a ONGs.

Ironicamente, as cr�ticas s�o feitas durante uma confer�ncia no Egito, pa�s que tem um hist�rico recente de repress�o � sociedade civil, inclusive com estimativa de milhares de presos pol�ticos.

"Invertemos a l�gica dos governos anteriores que s� agiam para multar, reduzir e culpar", afirmou Leite, citando um trabalho "junto com o setor privado para encontrar solu��es clim�ticas e ambientais lucrativas para as empresas, as pessoas e a natureza".

Mais uma vez falando sobre o setor privado, ao fim do discurso voltou a citar governos anteriores e os acusou, sem provas ou maiores explica��es, de focar em "enviar recursos somente para ONGs". Bolsonaro, desde o in�cio, afastou-se da sociedade civil e chegou a acusar ONGs de crimes ambientais, como queimadas, tamb�m sem quaisquer provas ou explica��es. O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, seguindo a mesma linha e tamb�m sem provas, chegou a sugerir uma rela��o entre o desastre ambiental do �leo que atingiu o Nordeste brasileiro e um barco do Greenpeace.

O ministro, por�m, logo no in�cio de seu discurso, reconheceu que o desmatamento ilegal na Amaz�nia � um dos "enormes desafios ambientais" que o Brasil precisa enfrentar. Foi a �nica men��o, em seu discurso, � maior floresta tropical do mundo.

Vale mencionar que o governo Bolsonaro ficou marcado por questionar os pr�prios dados governamentais sobre desmatamento e queimadas que apontam a cr�tica situa��o ambiental na Amaz�nia.

Leia tamb�m: ï¿½s v�speras de discurso de Bolsonaro na ONU, Amaz�nia tem alta em queimadas e desmatamento

Parte do discurso do atual ministro do Meio Ambiente ressou cr�ticas conhecidas dos pa�ses em desenvolvimento sobre as promessas n�o cumpridas de financiamento cl�ssico. Havia o compromisso, por parte dos pa�ses ricos, de uma verba anual at� 2020 de US$ 100 bilh�es, valor que nunca foi alcan�ado.

"Vamos continuar recordando o compromisso dos pa�ses ricos emfinanciar com volumes relevantes e de forma eficiente os pa�ses em desenvolvimento para implementa��o de a��es de mitiga��o, adapta��o e compensa��es por perdas e danos"

Leite tamb�m levou � plen�ria as "energias verdes" brasileiras, citando a matriz energ�tica limpa do pa�s, destaque que � visto nos diversos paineis iluminados que enfeitam a frente do estande oficial do governo Bolsonaro na COP27. Durante a atual adminstra��o, por�m, houve contrata��o de termel�tricas, o que acaba "sujando" a matriz nacional.

O ministro tamb�m citou programas governamentais para redu��o de n�mero de lix�es, redu��o de emiss�o de metano e de baixa emiss�o na agropecu�ria, al�m de mencionar a reciclagem de embalagem de defensivos agr�colas.

O atual ministro do Meio Ambiente tamb�m falou brevemente sobre mercado de carbono.

"O Brasil vai ser l�der nesta compensa��o ambiental e exportar cr�ditos de carbono para empresas e pa�ses poluidores", afirmou.


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