
O presidente eleito confirmou ontem, no CCBB, que o novo mapa das pastas ter� "tudo o que a gente tinha (no segundo mandato), mais o minist�rio dos povos origin�rios", cuja estrutura ainda est� sendo definida pela equipe de transi��o. Conforme o Correio Braziliense antecipou, a gest�o do petista deve ter, no m�nimo, 34 pastas. Em seu segundo mandato, entre 2007 a 2010, havia 36.
Sobre os nomes que v�o compor a equipe ministerial, Lula avisou que n�o pretende fazer an�ncios antes da diploma��o no cargo de presidente, marcada para o dia 12 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "N�o precisa ningu�m ficar nervoso. No fundo, j� tenho 80% dos minist�rios na cabe�a", disse ele, demonstrando bom humor com a insist�ncia dos jornalistas.
Apesar da press�o pol�tica e do mercado financeiro para que aponte a composi��o de sua equipe, Lula afirmou que n�o pretende se antecipar. Mas admitiu a possibilidade de divulgar o ministro da Defesa na semana que vem. "Se tiver que anunciar ministro, anuncio, mas n�o tem nada certo", ressalvou.
O nome mais cotado para a Defesa � o do ex-presidente do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) Jos� M�cio Monteiro, que foi ministro de Rela��es Institucionais no segundo mandato de Lula. Em jantar na noite de quinta-feira, na casa da senadora K�tia Abreu (PP-TO), o petista confidenciou a alguns pol�ticos que conta com Jos� M�cio e com o senador eleito Fl�vio Dino (PSB-MA) em seu governo.
Ao ser perguntado sobre a indica��o do ex-ministro Fernando Haddad � pasta da Fazenda, Lula destacou que "o meu ministro da Economia ter� essa cara do sucesso do meu primeiro mandato", em ato falho sobre o futuro do atual minist�rio, que ser� cindido em tr�s: Fazenda; Planejamento e Or�amento; e Ind�stria, Com�rcio Exterior e Servi�os.
"O minist�rio tem um monte de coisa, mas quem ganhou as elei��es fui eu. E eu, obviamente, quero ter inser��o nas decis�es pol�ticas e econ�micas deste pa�s", enfatizou. "Quero construir um minist�rio para as for�as pol�ticas que me ajudaram a ganhar as elei��es."
O futuro chefe do Executivo confirmou a informa��o de que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, n�o ser� chamada para o governo. Ela permanecer� no comando da legenda. "� um reconhecimento do papel que Gleisi tem na organiza��o pol�tica do PT no Brasil. O fato de ela n�o ser ministra � o reconhecimento da grandeza dela. Ela vai ter muito trabalho, certamente mais trabalho do que qualquer ministro", justificou.
H� poucas d�vidas em rela��o ao novo mapa ministerial. Uma delas � o status que ter� o �rg�o respons�vel por cuidar� dos povos origin�rios. Na campanha, Lula havia prometido criar um minist�rio espec�fico, mas, ontem, admitiu que poder� ser uma secretaria especial, com status de minist�rio, ligada � Presid�ncia da Rep�blica.
Outro ponto indefinido � a proposta de cis�o do Minist�rio da Justi�a, com a cria��o da pasta da Seguran�a P�blica, mas o coordenador do grupo tem�tico que trata da quest�o, o senador eleito Fl�vio Dino, � contra. Ele � o nome mais cotado para assumir o cargo.