
Nascido no Mato Grosso, o apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) � s�cio do Instituto de Promo��o Educacional e Social do Araguaia e da Associa��o Ind�gena Bruno Omore Dumhiwe, al�m de fundador da Miss�o Tsihorira & Pahoriware - Mitsipe.
O l�der ind�gena se destacou pelo ativismo em favor de Bolsonaro e por organizar atos contra a vit�ria do presidente eleito Luiz In�cio Lula da Silva (PT), com ataques contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
"Lula n�o foi eleito, TSE roubou os votos para Lula, houve crime eleitoral, violaram a urna de vota��o. O ministro Alexandre de Moraes � bandido e ladr�o", escreveu o bolsonarista em suas redes sociais em novembro deste ano.
De acordo com a PF, o cacique teria realizado manifesta��es de cunho antidemocr�tico em diversos locais da capital federal, como em frente ao Congresso Nacional e ao hotel onde est�o hospedados Lula e o vice eleito, Geraldo Alckmin.
No in�cio deste m�s, um grupo ligado a Tserere invadiu a �rea de embarque do Aeroporto Internacional de Bras�lia, onde discursou e entoou palavras de ordem contra ministros do STF e Lula. "Se precisar, a gente acampa, mas o ladr�o n�o sobe a rampa", afirmaram.
Procurada pela reportagem, a assessoria de comunica��o de Lula afirmou desconhecer a realiza��o dos atos e disse que n�o se manifestaria.
O ato no aeroporto ocorreu um dia depois de um grupo de ind�genas, capitaneado pelo cacique, se reunir em frente ao Congresso Nacional, pedir transpar�ncia no processo eleitoral e questionar decis�es do Poder Judici�rio.
Tserere foi alvo de um mandado de pris�o tempor�ria decretado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Eleitoral), na noite desta segunda (12). Ele � acusado por suposta pr�tica de condutas il�citas em atos com pautas antidemocr�ticas, mediante a amea�a de agress�o e persegui��o do presidente eleito Lula.
A decis�o de Moraes atende pedido da PGR (Procuradoria-Geral da Rep�blica).
A mulher do ind�gena contestou a decis�o. "Ele foi levado brutalmente pela PF, na frente dos meus filhos. Pe�o ajuda de advogados para tir�-lo da cadeia. Ele deu a vida dele pela p�tria. Quero meu marido de volta", afirmou.
Ao examinar o pedido da PGR, o ministro do STF ressaltou que as condutas do investigado, amplamente noticiadas na imprensa e divulgadas nas redes sociais, se revestem de "agudo grau de gravidade" e indicam que Serere Xavante convocou expressamente pessoas armadas para impedir a diploma��o dos eleitos.
"A restri��o da liberdade do investigado, com a decreta��o da pris�o tempor�ria, � a �nica medida capaz de garantir a higidez da investiga��o", afirmou.