
O indiciamento � referente a uma live organizada pelo vereador de Juiz de Fora Sargento Mello Casal (PTB), em mar�o de 2021. Na �poca, a cidade vivia um per�odo de restri��o de circula��o e funcionamento do com�rcio em virtude da pandemia de COVID-19. Quem estava fiscalizando os decretos municipais e estaduais era a Guarda Municipal de Juiz de Fora.
Na live, Roberto Jefferson sugeriu a cria��o de mil�cias e uma agress�o aos agentes da Guarda Municipal.
“Est� precisando montar umas mil�cias em Juiz de Fora e dar um pau na Guarda Municipal. Um pau para quebrar, virar os carros. Virar os carros deles, meter fogo e dar um pau neles”, disse o ex-deputado na ocasi�o.
Ainda na live, Jefferson diz que essa atitude � para montar uma emboscada para os agentes. “Monta uma cena para eles chegarem. A� quando [a Guarda] chegar fecha a rua com pneu, bota fogo, deixa assim, duas viaturas, oito homens, isola os caras. D� um pau neles de cacete, bate no joelho, no cotovelo, no ombro. Para quebrar a articula��o. Bate para quebrar. E eles n�o v�o voltar mais. O Margarid�o vai ser desfolhado”, acrescentou o petebista, em refer�ncia jocosa � prefeita da cidade, Margarida Salom�o (PT).
Segundo o delegado Samuel Neri, que comandou as investiga��es, o inqu�rito ser� remetido � justi�a. “O inqu�rito policial ser� remetido, em breve, � Justi�a”, disse o delegado.
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Roberto Jefferson ficou em sil�ncio
De acordo com o delegado Samuel Neri, os investigadores estiveram no Pres�dio Jos� Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, para colher o depoimento de Roberto Jefferson, autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, o ex-deputado federal preferiu ficar em sil�ncio.
“Faltava concluir a investiga��o com o interrogat�rio do suspeito, que foi realizado nesta manh�. Ele fez o uso do seu direito em permanecer em sil�ncio durante as perguntas”, disse Nery.
Roberto Jefferson est� preso desde outubro, depois que atacou agentes da Pol�cia Federal com granadas e tiros na cidade de Comendador Levy Gasparian (RJ).
J� em rela��o ao vereador Sargento Mello Casal (PTB), a Pol�cia Civil disse n�o haver encontrado nenhum crime.
“Durante as apura��es, o vereador foi ouvido [mas n�o houve crime]. Mas um of�cio ser� encaminhado � C�mara Municipal para an�lise de provid�ncias cab�veis”, finalizou Neri.
A reportagem tentou contato com as defesas de Roberto Jefferson e Sargento Mello Casal. Mas at� o fechamento do texto, Jefferson n�o havia retornado.
J� Melo Casal disse: "Sempre confiei no trabalho das nossas for�as de seguran�a e tenho certeza que minha conduta em momento algum foi contr�ria ao arcabou�o jur�dico, o que foi comprovado nos autos do inqu�rito policial. Apesar dos ataques injustos que sofri, a Justi�a foi feita".
J� Melo Casal disse: "Sempre confiei no trabalho das nossas for�as de seguran�a e tenho certeza que minha conduta em momento algum foi contr�ria ao arcabou�o jur�dico, o que foi comprovado nos autos do inqu�rito policial. Apesar dos ataques injustos que sofri, a Justi�a foi feita".