
George foi preso na noite desse s�bado (24/12) por investigadores da 10ª Delegacia de Pol�cia (Lago Sul), no apartamento onde morava de aluguel, no Sudoeste. No im�vel e no carro deles, os policiais encontraram armas, mais de 1 mil muni��es e artefatos explosivos.
Segundo apurado pelo Correio, o plano criminoso orquestrado pelo empres�rio consistia no uso de equipamentos singulares, incluindo querosene de avia��o e dispositivo de acionamento remoto.
Em audi�ncia de cust�dia, a ju�za Ac�cia Regina Soares manifestou sobre a necessidade da convers�o da pris�o flagrante em preventiva para a garantia da ordem p�blica: “[...] busca tamb�m assegurar o meio social e a pr�pria credibilidade dada pela popula��o ao Poder Judici�rio, vez que os armamentos e artefatos encontrados em posse do autuado possuem grande potencial lesivo, entre elas um fuzil AR10, duas espingardas calibre 12, 30 cartelas de muni��o 357 magnum, 39 cartelas de muni��o 9 mm contendo contendo 10 muni��es intactas n�o deflagradas, duas caixas contendo 50 muni��es de 9 mm, entre outros, capazes de causar danos a uma grande quantidade de pessoas e bens”, frisou.
Segundo a magistrada, os fatos caracterizam um risco severo � incolumidade p�blica. Afirmou, ainda, que o acusado colocou em risco toda a sociedade. “Dessa forma, al�m do grave risco � ordem p�blica, tamb�m restou caracterizado o risco para a conclus�o da instru��o processual, raz�o pela qual n�o se mostrando suficiente a imposi��o de nenhuma das medidas cautelares admitidas em lei”, pontuou.
Quem � George
Morador do Par�, George deixou a mulher e filhos na terra natal e chegou � capital em 12 de novembro para fortalecer o movimento dos protestantes acampados em frente ao Quartel-General do Ex�rcito (QG). O empres�rio viajou em uma caminhonete, em que trouxe, no interior do ve�culo, armas, muni��es e artefatos. Em Bras�lia, hospedou-se por um tempo em um hotel da �rea central. Depois, alugou um apartamento no Sudoeste pela plataforma Airbnb.
O Correio apurou que George ficou na �rea do aeroporto, entre 22h e 5h de sexta-feira (23/12), at� encontrar o melhor ponto para deixar o artefato explosivo. O empres�rio encontrou um caminh�o-tanque, abastecido com 63 mil litros de querosene de avia��o (28 mil no primeiro compartimento, e 35 mil no segundo), na Estrada Parque Aeroporto (Epar), em frente � Concession�ria V1, e apoiou a bomba no eixo do autom�vel.
O artefato seria explodido por meio de um dispositivo remoto. A per�cia da Pol�cia Civil do DF (PCDF) identificou que houve tentativa de detonar a bomba. “Gra�as a Deus conseguimos interceptar. N�o conseguiram explodir, mas a per�cia nos relata que eles tentaram acionar o equipamento”, frisou o diretor-geral da PCDF, o delegado Robson C�ndido.
Peritos prev�em que seria muito prov�vel que a quantidade de explosivo fosse h�bil para romper o compartimento do tanque, mas ainda n�o h� confirma��es concretas. No entanto, em caso de rompimento, resultaria na explos�o ou em um inc�ndio de grandes propor��es .
Pris�o
Na tarde desse s�bado (24/12), o Esquadr�o de Bombas da Pol�cia Militar do Distrito Federal (PMDF) conseguiu desativar um artefato explosivo encontrado pr�ximo ao Aeroporto de Bras�lia, por volta de 13h20. O material explosivo foi encontrado dentro de uma caixa por funcion�rios da Infram�rica por volta de 7h45. Os funcion�rios interditaram parte da pista com cones, e esperaram os policiais militares chegarem.
Com a PMDF no local, uma das pistas sentido ao Aeroporto de Bras�lia foi interditada. O procedimento para a remo��o do objeto, que s�o duas bananas de dinamite ligadas a um fio, iniciou por volta de 11h55 pelo Esquadr�o de Bombas da corpora��o. �s 13h20, o grupo desativou a bomba, e deixou o local logo ap�s, seguido do CBMDF e da PF.
Em menos de 8 horas, investigadores da 10ª Delegacia de Pol�cia (Lago Sul) chegaram ao encal�o de George. No apartamento e no carro dele, os policiais encontraram um arsenal, roupas camufladas, muni��es, espingardas e artefatos explosivos. "Ele estava em uma caminhonete, carro pr�prio, e trouxe os armamentos por l�. Mas as emuls�es explosivas foram encaminhadas para ele posteriormente. Ser� investigado quem enviou, mas de antem�o elas s�o oriundas de pedreiras e garimpos do Par�, mas iremos investigar essa conex�o", falou o diretor-geral da PCDF.
No depoimento prestado � PCDF, o empres�rio confessou que pretendia distribuir armas e muni��es para os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que est�o acampados em frente ao QG, caso houvesse necessidade e orienta��o nesse sentido.
Em depoimento prestado � Pol�cia Civil do Distrito Federal (PCDF), o empres�rio bolsonarista George Washington De Oliveira Sousa, 54 anos, preso acusado de planejar um atentado na capital, confessou que pretendia distribuir armas e muni��es para os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que est�o acampados em frente ao Quartel-General do Ex�rcito (QG).
George foi preso por investigadores da 10ª Delegacia de Pol�cia (Lago Sul), na noite desse s�bado (24/12), depois de tentar explodir uma bomba na �rea do Aeroporto Internacional de Bras�lia. O empres�rio � morador do Par� e decidiu, ao t�rmino do segundo turno das elei��es de 2022, deixar a mulher e os filhos na terra natal para vir � capital integrar o grupo que protesta contra a contra a elei��o de Lula (PT). No Par�, ele j� participava de manifestos semelhantes, mas teria vindo ao DF na inten��o de fortalecer o movimento.