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Estado de Minas GOVERNO LULA

Agora ministro, Silveira aposta em Luz para Todos contra 'mis�ria el�trica'

Pol�tico do PSD mineiro tomou posse e assumiu, nesta segunda-feira (2/1), o comando da pasta de Minas e Energia


02/01/2023 18:55 - atualizado 02/01/2023 19:35

O ministro Alexandre Silveira, da pasta de Minas e Energia
Um dos homens de confian�a de Lula em Minas, Silveira � o chefe da pasta de Minas e Energia (foto: EVARISTO SA / AFP)
O mineiro Alexandre Silveira (PSD) tomou posse como ministro de Minas e Energia nesta segunda-feira (2/1). Um dos coordenadores da campanha do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) no segundo turno em Minas, ele vai atuar em pasta respons�vel por regular quest�es ligadas a temas como os combust�veis e o setor energ�tico. O pessedista pregou contra o que chamou de "mis�ria el�trica" e disse que uma das frentes de atua��o da pasta ser� a busca por tarifas justas e acess�veis. Uma das estrat�gias para alavancar o plano passa pela conclus�o do Luz para Todos, programa que leva eletricidade a rinc�es do pa�s.



"Precisamos universalizar o acesso � energia e exterminar a mis�ria el�trica. Por isso, vamos trabalhar para concluir o programa Luz para Todos, levando energia el�trica mais barata, est�vel e limpa a todos os rinc�es do Brasil. Temos que lutar com afinco pela redu��o das tarifas de forma ampla, estrutural e duradoura. E tamb�m garantir a tarifa social de energia para que cheguem a todas as fam�lias que dela precisam", disse, na Esplanada dos Minist�rios, em Bras�lia (DF), durante a solenidade de assun��o ao cargo.

Embora tenha ressaltado a "complexidade" das tarefas inerentes ao Minist�rio de Minas e Energia, Silveira mostrou otimismo e listou o termo "seguran�a" como palavra de ordem.

"No setor el�trico, nossas maiores batalhas ser�o no campo da modicidade tarif�ria e da efetiva universaliza��o do acesso a uma energia de qualidade, limpa e sustent�vel. Sem se esquecer, jamais, de se criar um ambiente seguro para a atra��o de investimentos e, consequentemente, competitividade".

O novo ministro projetou di�logo permanente com Jean Paul Prates (PT), de quem foi colega no Senado Federal e que, agora, vai assumir a Petrobras. A ideia � ampliar a capacidade de refino em solo nacional para diminuir a depend�ncia do mercado externo, que regula o pre�o do combust�vel no pa�s por meio da Paridade de Pre�os Internacional (PPI), sistema que alinha o custo do diesel, do g�s de cozinha e da gasolina � flutua��o vista em outros pa�ses.

"Estamos fazendo alguma coisa de forma equivocada. Precisamos pensar nossa criatividade e solu��es que funcionem para os investidores e, em especial, o povo brasileiro. � urgente ampliarmos e expandirmos nossas refinarias, levando-as �s regi�es do pa�s e modernizando as plantas", defendeu.

A fala vai de encontro aos sinais p�blicos emitidos por Prates. O novo presidente da Petrobras j� sugeriu ter a inten��o de rever a pol�tica de pre�os.

O cargo na Esplanada dos Minist�rios far� com que Silveira deixe o Senado. At� fevereiro, assume o suplente Lael Varella (PSD). Depois, a vaga fica com Cleitinho Azevedo (Republicanos), que derrotou o ministro na elei��o de outubro.

'Fiscaliza��o ferrenha' de barragens � meta

Ao elencar as ideias para a gest�o, o pessedista prometeu "fiscaliza��o ferrenha" das barragens de rejeitos miner�rios a fim de impedir trag�dias como as que se abateram sobre as cidades mineiras de Mariana, em 2015, e Brumadinho, em 2019.

"N�o nos esqueceremos de Mariana e Brumadinho. Minha mais profunda solidariedade com os atingidos que perderam seu maior bem: seus familiares. Vamos investir recursos e esfor�os na fiscaliza��o ferrenha de seguran�a de barragens, voltada a impedir que eventos tr�gicos e lament�veis como esses voltem a acontecer", disse.

Segundo Silveira, a estrat�gia envolve o uso de tecnologia de ponta para ampliar a fiscaliza��o de eventuais ilicitudes e incentivar a destina��o sustent�vel de rejeitos. Citado pelo ministro, o desastre de Brumadinho tirou a vida de 270 pessoas que estavam nas proximidades de uma barragem da Mina do C�rrego do Feij�o, controlada pela Vale. Em Mariana, o desastre da barragem de Fund�o, da Samarco, deixou 19 mortes e levou junto a estrutura do distrito de Bento Rodrigues.

O "revoga�o" promovido por Lula ap�s a posse j� deu mostras da pol�tica que o governo federal pretende adotar em rela��o � extra��o do solo. O presidente anulou decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) criando o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Minera��o Artesanal e em Pequena Escala. O texto era visto como facilitador para a minera��o ilegal em territ�rios protegidos.

Silveira, ali�s, j� havia prometido trabalho em conjunto com os ministros Fl�vio Dino (PCdoB), da Justi�a, e S�nia Guajajara (Psol), dos Povos Origin�rios, para coibir o garimpo em terras ind�genas.

Ponte com Marina � trunfo por sustentabilidade

Al�m de Dino e Guajajara, Alexandre Silveira mira estabelecer conex�es com Marina Silva (Rede), ministra do Meio Ambiente. A ideia � conectar as duas pastas em prol do incentivo ao uso de energias limpas. O pessedista cr� que o Brasil pode se tornar refer�ncia em fontes renov�veis, como a biomassa e o g�s natural.

"Nossos recursos precisam ser explorados de forma oportuna, respons�vel, sustent�vel e racional, de modo que gerem ao nosso povo, e �s futuras gera��es, os melhores resultados poss�veis", pregou.

Minist�rio retoma 'linhagem' mineira

Ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Silveira trilha o caminho seguido por outros pol�ticos mineiros. A pasta de Minas e Energia foi comandada por v�rios representantes do estado, como a ex-presidente Dilma Rousseff, os ex-deputados Paulino Vasconcelos e Gabriel Passos, al�m do ex-governador Aureliano Chaves.

A cria��o da pasta, em 1960, coube ao ex-presidente Juscelino Kubitschek. "Agrade�o ao presidente Lula e ao vice-presidente Geraldo Alckmin pela confian�a. Quero fazer merec�-la com muito trabalho e dedica��o, sem me deixar esmorecer pelos intensos desafios que temos pela frente. Trabalho, trabalho e trabalho ser�o nosso nome e sobrenome durante esse per�odo no minist�rio", assegurou Silveira.

Ontem, ele j� havia assinado o termo de transmiss�o de cargo. Hoje, na posse, o pessedista foi cumprimentado por diversas lideran�as de Minas, como o vice-governador Mateus Sim�es (Novo), deputados federais e estaduais. Ministros como Daniela Ribeiro (Uni�o Brasil), a Daniela do Waguinho, do Turismo, tamb�m participaram.


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