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Estado de Minas VANDALISMO

Reitor da USP sobre invas�o em Bras�lia: 'N�o h� nem haver� anistia'

'A depreda��o s� serviu para cobrir nossa p�tria de vergonha', disse Carlos Gilberto Carlotti Junior durante ato em defesa do Estado democr�tico de Direito


09/01/2023 16:00 - atualizado 09/01/2023 16:43

Ato em defesa do Estado democrático de Direito, no salão nobre da Faculdade de Direito da USP
P�blico lotou o sal�o nobre da Faculdade de Direito da USP durante ato em defesa do Estado democr�tico de Direito (foto: Reprodu��o/redes sociais)
S�O PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Aplaudido de p� no sal�o nobre da Faculdade de Direito da USP, o reitor da universidade, Carlos Gilberto Carlotti Junior, declarou o que todos no ambiente esperavam ouvir: "N�o h� nem haver� anistia". Estava se referindo aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que, no domingo (8/1), invadiram o Pal�cio do Planalto, o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal), deixando os pr�dios vandalizados.

 

 

Os criminosos, estimulados pela ret�rica golpista de Bolsonaro, n�o se conformam com a elei��o de Luiz In�cio Lula da Silva (PT), que tomou posse no dia 1º de janeiro. "A depreda��o s� serviu para cobrir nossa p�tria de vergonha", sustentou o reitor. "N�o podemos, de forma nenhuma, deixar prevalecer a impunidade", continuou.

 

Mais de 800 pessoas acompanharam suas declara��es, num evento convocado na v�spera. Vez ou outra, suas palavras eram interrompidas por aplausos e gritos da plateia, repetindo o bord�o: "Sem anistia". O reitor concordava. "Estamos aqui para defender o Estado democr�tico de Direito. Expressar nosso rep�dio aos atos de terrorismo."

 

E mais: "Estamos aqui para exigir, sem meias palavras, que os respons�veis pelos crimes de barb�rie sejam, todos eles, seus financiadores e seus agentes, diretos ou indiretos, investigados e punidos na forma da lei".

 

Relembrando que, no dia 11 de agosto de 2022, milhares de pessoas compareceram ao mesmo local para repudiar um "golpismo que j� se ensaiava", disse que o evento desta segunda tinha o intuito de "barrar atos ainda piores".

 

Leia: Presidente do Tribunal de Justi�a de MG repudia invas�o em Bras�lia 

 

N�o foi outro o tom de Celso Fernandes Campilongo, diretor da Faculdade de Direito. Definindo a a��o dominical bolsonarista como "atos de viol�ncia, atos de �dio, crimes de desrespeito � ordem constitucional, ao estado democr�tico de direito e � cidadania no Brasil", ele tamb�m cobrou puni��o.

 

"Responsabiliza��o administrativa para aquelas que ocupam fun��es p�blicas. Responsabiliza��o civil, indeniza��o aos cofres p�blicos. E especialmente as penas da lei para aquelas que tentaram o fracassado golpe de estado ontem", disse.

 

Por inevit�vel, Campilongo tamb�m mencionou o 11 de agosto, mas para olhar adiante. Se h� cinco meses se adotou uma medida preventiva, disse o diretor, hoje o mote � outro. "Hoje � a t�nica do revigoramento da democracia", afirmou. Campilongo encerrou seu discurso com outro bord�o, repetido em brado pelo audit�rio lotado: "N�o passar�o".

 

 

 

 

Outra oradora do evento na USP, Patricia Vanzolini, presidente da seccional de S�o Paulo da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), deu a senha para sua categoria: "� importante que toda a comunidade jur�dica fale em un�ssono: � golpe e � crime. N�o � liberdade".

 

Em rea��o ao golpismo, diversas entidades divulgaram notas de rep�dio no pr�prio domingo. Foram centrais sindicais, organiza��es da sociedade civil, universidades e entidades empresariais e da comunica��o que pediram responsabiliza��o de financiadores e participantes.

 

A pr�pria Faculdade de Direito da USP se manifestou com uma nota assinada por Celso Fernandes Campilongo e Ana Elisa Bechara, respectivamente diretor e vice-diretora.

 

No texto, eles classificaram os atos de domingo como "lament�veis, criminosos e terroristas", dizendo que foram "praticados por irrespons�veis contra o Estado de Direito e as institui��es da Rep�blica".

 

Clamando pela "imediata restaura��o da ordem e rigorosa aplica��o da lei contra os infratores e inimigos da democracia", Campilongo e Bechara afirmaram que os atos n�o podem ser tolerados e devem ser punidos com urg�ncia e rigor.

 

Eles encerraram o texto com o bord�o "Democracia sempre!", que remete � formula��o "Estado de Direito sempre", utilizada ao final da carta lida no dia 11 de agosto do ano passado na pr�pria Faculdade de Direito da USP.

 

Na ocasi�o, diversas entidades da sociedade civil assinaram o manifesto. Era ent�o uma rea��o ao discurso golpista de Bolsonaro, que questionava as urnas eletr�nicas e amea�ava n�o reconhecer a elei��o.

 

A express�o "democracia para sempre" tamb�m foi usada por Lula em seu discurso de posse na semana passada.


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