
Quadros, obras de arte, esculturas, al�m de estruturas como detector de metal, mesas e m�quina de raio-x foram destru�dos, danificados e at� roubados pelos terroristas. Nessa segunda-feira (9/1), a imprensa foi autorizada apenas a reportar os estragos no Senado, mas na porta que divide as Duas Casas, dava para ver a destrui��o e o trabalho dos funcion�rios para limpar e recuperar os danos sofridos.
Por todo o Sal�o Azul - corredor principal do Senado - os rastros da destrui��o podiam ser vistos. Vidra�as quebradas e portas estavam quebradas ou estilha�adas. O carpete de cor azul que cobre todo o espa�o completamente encharcado em meio aos vidros estilha�ados.
Segundo o Senado, os preju�zos foram estimados entre R$ 3 milh�es e R$ 4 milh�es. Os gastos ser�o usados principalmente para troca dos vidros - prioridade por quest�es de seguran�a -, dos carpetes e tapetes do Sal�o Azul e do Plen�rio, m�veis e com a recupera��o de materiais de seguran�a, como detector de metal, m�quinas de raio-x, computadores e demais materiais tecnol�gicos danificados. O preju�zo n�o contabiliza as obras roubadas ou irrecuper�veis.
Os estragos no Plen�rio do Senado foram reduzidos por conta da a��o da Pol�cia Legislativa, que ainda evitou que os terroristas acessassem a galera conhecida como T�nel do Tempo. No local foram poupados bustos de antigos presidentes e pol�ticos brasileiros, bem como vitrais com fotos dos senadores que est�o em mandato e escritos da hist�ria do Senado e da pol�tica brasileira.
Segundo servidores do Museu do Senado Federal, presentes de cortesia de delega��es estrangeiras para o Estado Brasileiro, entregues a parlamentares e presidentes da Rep�blica foram destru�dos ou est�o desaparecidos. Alguns exemplos s�o de um vaso chin�s, um ovo de avestruz do Sud�o e uma pe�a de cer�mica vinda da Hungria. Pelo menos 46 obras do Senado continuam sem paradeiro.
A reportagem do Correio, em contato com uma das coordenadoras do Museu do Senado, Cristina Monteiro, confirmou a informa��o de que quadros com rostos dos ex-presidentes do Senado foram depredados. As obras foram doadas pelo artista pl�stico Urbano Villela em homenagem aos ex-presidentes Renan Calheiros, Ramez Tebet e Jos� Sarney.
Celebrados como "her�is" pelos senadores, agentes da Pol�cia Legislativa contaram com detalhes os momentos de tens�o. Ao Correio, um deles disse que "o mais impressionante" foi n�o ter ningu�m ferido, resultando numa trag�dia maior. O agente ressaltou que a postura dos manifestantes era no �mpeto de destruir a estrutura do Senado.
"N�o tinha ningu�m com postura 'de entrei s� para protestar', n�o, eles quebraram tudo o que puderam. A gente se surpreendeu com a destrui��o. Me admira ter nenhum ferido da nossa parte e da parte deles", disse o agente, que ainda afirmou ter a impress�o de que os manifestantes queriam um m�rtir, mas os policiais legislativos mantiveram "controle emocional".
Em coletiva ap�s reuni�o de lideran�as da Casa, o senador Marcos do Val (Podemos-ES), especialista na �rea de seguran�a p�blica, afirmou que os invasores receberam treinamento, pela forma como usaram �gua para reduzir o efeito das bombas de g�s lacrimog�neo. Os radicais usavam mangueiras internas para combate � inc�ndio para dispersar o g�s e os que n�o tinham m�scara de prote��o usavam prote��es �midas de tecido em geral para reduzir o impacto do artefato policial.