
A arquiteta e empres�ria mineira Cristina Garvil, que incentivou por v�deos publicados nas redes sociais os atos antidemocr�ticos, recebe R$ 17 mil por m�s da Uni�o com o aluguel de um im�vel onde funciona a Subse��o da Justi�a Federal de Ituiutaba, no Tri�ngulo Mineiro.
Os atos terroristas de domingo, em Bras�lia, atingiram em cheio as instala��es do Supremo Tribunal Federal, que � o �rg�o m�ximo da Justi�a no Brasil.
Um documento, ao qual a reportagem do Estado de Minas teve acesso, revela que Cristina e a Justi�a Federal, firmaram um acordo de loca��o de um im�vel em um per�odo de 36 meses de 20/05/2019 at� 19/05/2022.
Conforme o documento, o termo foi assinado entre a Justi�a Federal de Minas Gerais (JFMG) como locat�ria e a Garvil & Rodrigues Empreendimentos Imobili�rios LTDA, sendo a locadora.
O pr�dio onde funciona a Justi�a Federal - Subse��o Judici�ria de Ituiutaba fica na Rua Vinte e Oito, 1155, no Centro da cidade.
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A empresa de arquitetura da mineira fica na esquina da Avenida Vinte e Um, paralela ao endere�o da Justi�a Federal.
O contrato foi assinado no dia 20 de dezembro de 2018, em Belo Horizonte, por Elo�sa Cruz Moreira de Carvalho, Diretora da Secretaria Administrativa da Justi�a Federal de Primeiro Grau em Minas Gerais e, por Cristina
“Segundo o termo aditivo ao contrato n.º 046/2014 de loca��o de bem im�vel urbano para a Justi�a Federal – Subse��o Judici�ria de Ituiutaba, que entre si, celebram a uni�o, por meio da Justi�a Federal de primeiro grau em Minas Gerais e a empresa Garvil & Rodrigues Empreendimentos Imobili�rios LTDA”, diz o of�cio.

O contrato divulgado pelo Estado de Minas mostra a data de 20/05/2019 at� 19/05/2022. No entanto, no site do Tribunal Regional Federal a vig�ncia do acordo entre a Justi�a de Minas e a Garvil & Rodrigues, divulga datas diferentes.
O registro exp�e que o documento � v�lido de 20/05/2019 at� 19/05/2023.
O registro exp�e que o documento � v�lido de 20/05/2019 at� 19/05/2023.

Contrato de aluguel sem licita��o
No termo aditivo ao contrato, ao qual o EM teve acesso, consta que o aluguel foi ajustado de R$ 25.596,39, para R$ 17.917,47. Ou seja, na primeira declara��o, a empresa de Cristina recebia da Justi�a Federal mais de R$ 25 mil por m�s.
Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o contrato foi firmado com dispensa de licita��o. Em algumas hip�teses, a lei permite que isso aconte�a.
Nas informa��es da empresa que constam no site da Receita Federal, a Garvil & Rodrigues Empreendimentos Imobili�rios LTDA � uma empresa societ�ria. Os nomes dos outros s�cios n�o est�o relacionados no endere�o da Receita.
A reportagem entrou em contato com a empresa, mas ningu�m atendeu as liga��es. N�o h� registro de que Cristina esteve na capital, no domingo (8/1).

Vida pol�tica
Cristina Garvil concorreu ao cargo de deputada federal nas elei��es de 2022, tendo 4.981 votos – em 2020 concorreu para prefeita em Ituiutaba e obteve 14,05%. Em ambos os casos, n�o conseguiu se eleger.
Filiada ao Patriota, foi diretora da Superintend�ncia de �gua e Esgotos da cidade.
Acampamento no Tiro de Guerra
Pessoas que conhecem Cristina, mas preferiram ficar no anonimato, disseram ao EM que a empres�ria comparece a atos golpistas em frente ao quartel do Ex�rcito na cidade, desde 2022.
“Desde o ano passado ela ia para o tiro de guerra levar coisas. Ela e um ex-secret�rio que come�aram o movimento aqui”, conta.
Com a repercuss�o, n�o � poss�vel mais visualizar os v�deos da pol�tica, mas uma das pessoas compartilhou imagens com a reportagem.
“Ela apagou bastante coisa, mas no Instagram dela tem algumas ainda”, diz.

O que dizem as autoridades
O Estado de Minas entrou em contato com a Justi�a Federal de Minas Gerais, para entender se continua alugando o espa�o de Garvil e o envolvimento dela com a diretora da secretaria administrativa do JFMG, mas at� o fechamento desta reportagem n�o houve retorno.
A reportagem tamb�m conversou com o Minist�rio da Justi�a, para entender qual o envolvimento da empres�ria com os atos antidemocr�ticos. O MJ pediu para que entr�ssemos em contato com a Pol�cia Federal "que est� respons�vel pelas investiga��es e tomando as medidas cab�veis em cada caso".
A Pol�cia Federal respondeu que n�o comenta eventuais investiga��es em andamento.
O EM aguarda a resposta de ambos citados na mat�ria. Com o retorno, a mat�ria ser� atualizada.
