Segundo pessoas familiarizadas com o caso, imagens do momento da invas�o v�o ser usadas para tentar chegar aos servidores que teriam aberto caminho para os golpistas.
H� inqu�rito na PF em andamento para apurar em v�rias frentes as invas�es aos pr�dios dos tr�s Poderes. Militares devem ser chamados para prestar depoimento em breve.
As investiga��es em curso incluem todas as a��es ou omiss�es que tenham permitido a entrada aos locais e o rastro de destrui��o que foi criado.
A ideia � cruzar as imagens com a lista de pessoas que estavam trabalhando naquele dia. De acordo com quem acompanha as apura��es, j� h� alguns nomes suspeitos.
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Nesta quinta-feira (12), o presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) afirmou ter convic��o de que policiais e militares deixaram os manifestantes golpistas invadirem a sede do Poder Executivo.
No mesmo dia, o presidente assistiu a imagens do circuito interno do Pal�cio do Planalto para ver como se deram a invas�o e os ataques.
"Eu estou esperando a poeira baixar. Eu quero ver todas as fitas gravadas dentro da Suprema Corte, dentro do pal�cio. Teve muito agente conivente. Teve muita gente da PM conivente. Muita gente das For�as Armadas aqui de dentro coniventes. Eu estou convencido que a porta do Pal�cio do Planalto foi aberta para essa gente entrar porque n�o tem porta quebrada. Ou seja, algu�m facilitou a entrada deles aqui", afirmou Lula, durante caf� da manh� com jornalistas.
Ainda no domingo, petistas passaram a desconfiar que teria havido ina��o por parte do GSI. O gabinete � respons�vel por cuidar da seguran�a de dentro do Planalto.
Como a Folha de S.Paulo mostrou, mesmo diante do risco de invas�o aos pr�dios p�blicos, o �rg�o n�o refor�ou a seguran�a do pal�cio e deixou apenas a guarda comum de fim de semana para resguardar a sede do Executivo no domingo.
O general Gon�alves Dias, escolhido por Lula para chefiar o GSI, disse a aliados do Ex�rcito na sexta (6) e no s�bado (7) que o cen�rio era de tranquilidade.
Segundo relatos feitos � Folha de S.Paulo, ele afirmou por mensagens de WhatsApp e liga��es que a Secretaria de Seguran�a P�blica do DF tinha um plano de seguran�a que proibia o acesso de manifestantes na pra�a dos Tr�s Poderes —fato que, na vis�o dele, reduzia riscos de invas�o ao pr�dio.
Sem a convoca��o de pessoal, o Pal�cio do Planalto amanheceu no domingo somente com seis sentinelas e dois guardas do BGP (Batalh�o de Guarda Presidencial). O refor�o na seguran�a do GSI s� ocorreu ap�s os ataques.
Por volta das 12h, com a descida de bolsonaristas radicais para a Esplanada dos Minist�rios, o GSI fez uma primeira solicita��o, por liga��o telef�nica, para o envio de um pelot�o.
Os 36 militares chegaram por volta das 13h, ap�s realizar trajeto alternativo do Setor Militar Urbano at� o Pal�cio do Planalto, entrando por um dos anexos da sede do Executivo. Outras duas levas de militares foram enviadas ao Planalto durante o dia.
Segundo integrantes do Gabinete de Seguran�a Institucional afirmaram � reportagem, a pasta n�o foi convidada para reuni�es de seguran�a de elabora��o do plano de seguran�a que havia sido elaborado pela secretaria do GDF. O �rg�o teria sido apenas comunicado do que seria feito.
A postura do GSI refor�ou cr�ticas entre aliados de Lula contra o general Gon�alves Dias.
O GSI � motivo de desconfian�a entre petistas desde antes da posse. No governo Jair Bolsonaro (PL), o gabinete foi chefiado pelo general Augusto Heleno, considerado um bolsonaristas radical.
Ainda em novembro, a equipe de seguran�a de Lula, coordenada pela PF, dispensou a presen�a de agentes do GSI na sede do governo de transi��o, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil).
Ap�s os ataques de domingo, o �rg�o deve aumentar o efetivo de agentes que atuam na prote��o do Pal�cio do Planalto e comprar e modernizar c�meras de vigil�ncia, adquirindo inclusive aparelhos com reconhecimento facial.