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Estado de Minas BOLSONARISTAS

Governo exonera gerente do Meio Ambiente que apoiou terroristas

Minist�rio do Meio Ambiente tamb�m exonerou praticamente todos os superintendentes nos estados do Ibama que haviam sido nomeados por Bolsonaro


16/01/2023 20:54 - atualizado 16/01/2023 20:58

Ibama
Ex-ministro Ricardo Salles e o ex-presidente do Ibama, Ricardo Bim, por exemplo, nomearam uma s�rie de policiais para as superintend�ncias do Ibama (foto: Denny Cesare/C�digo 19/Folhapress)
O governo do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) promoveu de uma �nica vez uma grande mudan�a no Minist�rio do Meio Ambiente e Mudan�a do Clima e nos �rg�os ambientais, exonerando praticamente todos os superintendentes nos estados do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renov�veis).

Tamb�m foram trocados diversos ocupantes de cargos do primeiro escal�o do Minist�rio do Meio Ambiente e de �rg�os vinculados � pasta. As exonera��es foram publicadas em edi��o extra do Di�rio Oficial da Uni�o, na noite de sexta-feira (13), antes de a ministra Marina Silva embarcar para Davos (Su��a) para participar do F�rum Econ�mico Mundial.

Atualmente, o Ibama tem 26 superintend�ncias estaduais -apenas o Distrito Federal fica de fora- e os cargos foram usados no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para aparelhar o �rg�o com nomea��es em postos estrat�gicos.

O ex-ministro Ricardo Salles e o ex-presidente do Ibama, Ricardo Bim, por exemplo, nomearam uma s�rie de policiais para as superintend�ncias do Ibama.

 

Leia mais: Marina Silva reafirma compromisso do governo Lula com desmatamento zero

 

Na sexta, o governo Lula trocou, em uma �nica oportunidade, 20 superintendentes do Ibama nos estados.

O coronel da reserva da Pol�cia Militar de S�o Paulo, Luiz Renato Fiori, � um dos exonerados. Ele deixa o cargo de superintendente no Esp�rito Santo, o qual ocupava desde junho de 2020, na gest�o de Salles e Bim.

Em 2021, ele chegou a ser denunciado � Ouvidoria da CGU (Controladoria-Geral da Uni�o) por n�o comparecer ao local de trabalho durante duas semanas.

Servidores do �rg�o disseram � reportagem que o policial praticava ass�dio moral e persegui��o, instaurando processos administrativos contra subordinados ou trocando de fun��o aqueles que discordavam dele.

Procurado, Fiori afirmou que as a��es movidas contra ele s�o infundadas ou j� foram arquivadas. "Em rela��o �s acusa��es [relatadas por servidores], n�o tenho conhecimento do teor", disse.

Outro exonerado foi o empres�rio Bruno Pinheiro Dias Semeghini, que estava na chefia do Ibama em Goi�s. Ele foi denunciado � Corregedoria do Ibama em 2022 e ao Minist�rio P�blico do Trabalho por ass�dio moral e persegui��o.

Semeghini foi nomeado para o cargo em 2020, ainda na gest�o de Salles. O superintendente, de acordo com os servidores, teria sido indicado ao cargo por pol�ticos do PP.

A den�ncia cita que funcion�rios foram amea�ados por ele e desenvolveram problemas de sa�de e psicol�gicos.

"Devido ao ambiente de trabalho totalmente deteriorado diversos servidores t�m apresentados problemas de sa�de, como ins�nia, depress�o, ansiedade, s�ndrome do p�nico, dentre outros, afetando o rendimento profissional e comprometendo o conv�vio familiar", afirma a den�ncia, � qual a reportagem teve acesso.

A reportagem n�o conseguiu contato com Semeghini.

Outro que deixou o cargo na �ltima sexta foi o chefe regional no Par�, Rafael Angelo Juliano, nomeado em 2022. Segundo reportagem da revista Piau�, ele � dono de uma consultoria que presta servi�os para pecuaristas e sojicultores do pr�prio estado que, inclusive, j� foram multados pelo Ibama.

De acordo com a revista, ele j� foi indiciado pela Pol�cia Federal e denunciado pelo Minist�rio P�blico por adquirir madeira sem licen�a ambiental comprovada. A reportagem n�o conseguiu localiz�-lo.

Uma a��o coletiva movida pela Ascema (Associa��o Nacional dos Servidores Ambientais) contra a gest�o ambiental de Bolsonaro no Ibama e no ICMBio contabilizou 64 casos de ass�dio moral ou persegui��o.

Tamb�m foi exonerado na sexta Wagner Fischer, que era gerente na Secretaria de Biodiversidade do Minist�rio do Meio Ambiente. Ele incentivou, em postagens nas redes sociais, os atos golpistas do �ltimo dia 8 de janeiro.

Servidores do minist�rio afirmaram, sob condi��o de anonimato, que Fischer � conhecido por ser abertamente apoiador de Bolsonaro e cr�tico de Lula.

Segundo relatos e prints obtidos pela reportagem, ele j� utilizou em mensagem no WhatsApp a frase "eu sei o que todos fizeram na gest�o passada", em refer�ncia aos ambientalistas defensores de governos anteriores.

Questionado, ele n�o respondeu aos contatos da reportagem.

No �ltimo s�bado (14), o deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP) foi anunciado pelo Minist�rio do Meio Ambiente como o novo presidente do Ibama.

A �rea de meio ambiente � uma das em que o atual governo busca promover uma completa mudan�a de rumos, ap�s os anos de alta nas taxas de desmatamento e das duras cr�ticas das principais na��es do mundo, durante o governo de Jair Bolsonaro.

 

As mudan�as no primeiro escal�o de minist�rios s�o consideradas rotineiras com as trocas de governo. No entanto, os an�ncios feitos da �ltima sexta chamam a aten��o por atingirem superintend�ncias nos estados.

Como a Folha de S.Paulo mostrou, o governo Bolsonaro turbinou as indica��es nos �rg�os de prote��o ambiental, para cargos de chefia, em meio � queda generalizada de servidores respons�veis pelas fun��es de fiscaliza��o.

 


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