
Um deles reclamou que, desde que havia sido detido, n�o tinha tido as condi��es necess�rias para limpar suas lentes de contato. O magistrado autorizou que o advogado levasse o produto adequado para a higieniza��o.
S�o comuns reclama��es de manifestantes que entraram nos �nibus que os levaram ao pres�dio sem saberem aonde estavam indo. Um deles se queixou de ter sido preso contra a sua vontade. "N�o sei se o senhor sabe, mas � assim que a pris�o funciona", respondeu o juiz respons�vel pela audi�ncia.
H� protestos ainda pela falta de �gua gelada para beber, de wi-fi e pela qualidade da comida. Um preso de Santa Catarina contou estar comendo apenas frutas, suco e Toddynho desde domingo passado.
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Outros exigem ainda mais espa�o em suas celas. Um dos presos disse estar em um espa�o com dez pessoas, sendo que s� cabem oito. O juiz contestou que nas carceragens s�o comuns 32 presos onde cabem oito.
A previs�o � que as audi�ncias de cust�dia se encerrem nesta segunda-feira (16). At� domingo (15), j� tinham sido ouvidas 1.248 pessoas pelos ju�zes federais do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Regi�o) e estaduais do TJDFT (Tribunal de Justi�a do Distrito Federal e Territ�rios). O trabalho � coordenado pela Corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de Justi�a).
Pela quantidade de presos, advogados t�m ficado de prontid�o para conseguir clientes. Em m�dia, oferecem uma audi�ncia por R$ 1.000.
O mutir�o se iniciou na quarta-feira (11). O trabalho ser� encaminhado ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que pode manter as pris�es, solt�-los ou, ainda, declinar a compet�ncia, caso a caso.