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Estado de Minas INDULTO

STF suspende indulto a policiais condenados pelo massacre do Carandiru

�ltimo indulto natalino assinado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) previa perd�o a todos os policiais militares condenados pelo massacre de 1992


17/01/2023 13:21 - atualizado 17/01/2023 13:24

Imagens de cárcere
Texto do artigo descreve circunst�ncias particulares que se encaixam perfeitamente na situa��o dos 74 condenados pelo assassinato de presos em outubro de 1992 (foto: Evelson de Freitas/Folhapress)

A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), a ministra Rosa Weber, suspendeu, em car�ter provis�rio, o indulto dado pelo ent�o presidente Jair Bolsonaro (PL) aos policiais condenados pelo massacre do Carandiru. 


O �ltimo indulto natalino assinado por ele tinha um artigo in�dito que concedia perd�o a todos os policiais militares condenados pelo massacre ocorrido em 1992 em S�o Paulo.

A liminar foi proposta pela Procuradoria-Geral da Rep�blica, que sustenta, entre outros pontos, que o trecho afronta a dignidade humana e princ�pios do direito internacional p�blico.

A ministra considerou que o indulto aos envolvidos pode configurar transgress�o �s recomenda��es da Comiss�o Interamericana de Direitos Humanos da OEA, no sentido de que o Brasil promova a investiga��o, o processamento e a puni��o s�ria e eficaz dos respons�veis.

"Relat�rio da Comiss�o Interamericana de Direitos Humanos da OEA declarou o Brasil respons�vel por graves viola��es a direitos protegidos pela Conven��o Americana de Direitos Humanos, expedindo recomenda��es para que o Estado brasileiro reparasse os danos causados e evitasse novas viola��es, a evidenciar que o Decreto Presidencial em quest�o, ao conceder indulto aos agentes estatais envolvidos em referido incidente, representa viola��o dos compromissos internacionais assumidos pelo Estado brasileiro", disse Weber, na decis�o.

 

 

Embora n�o cite nominalmente nenhum dos PMs, o texto do artigo descreve circunst�ncias particulares que se encaixam perfeitamente na situa��o dos 74 condenados pelo assassinato de presos em outubro de 1992.

O indulto presidencial era uma das �ltimas esperan�as que restavam aos policiais condenados pelo massacre, pois o STJ (Superior Tribunal de Justi�a) e o STF (Supremo Tribunal Federal) j� haviam analisado os recursos dos policiais e decidido pelo tr�nsito em julgado (quando h� decis�o definitiva). Restava ao Tribunal de Justi�a de S�o Paulo analisar as penas para avaliar se est�o ou n�o adequadas.

Isso deveria acontecer em janeiro de 2023, ap�s pedido de vista pelo desembargador Edison Brand�o, terceiro julgador do processo, que afirmou precisar de um prazo maior para analisar a dosimetria (c�lculo do tamanho das penas impostas).

Os policiais foram condenados a penas que variam de 48 a 624 anos. As condena��es se referem a 77 assassinatos com armas de fogo. A Promotoria excluiu 34 v�timas do total porque havia d�vida se elas foram alvo de PMs ou atacadas pelos pr�prios presos, como aquelas feridas por arma branca (instrumento que possa cortar ou perfurar).

De acordo com a defesa, dos 74 policiais condenados, cinco morreram durante o processo. Os 69 ainda vivos est�o aposentados e com idade m�dia superior aos 60 anos, segundo o advogado. Al�m da redu��o das penas, a defesa pede � Justi�a que o cumprimento delas seja em pris�o domiciliar.

O indulto presidencial n�o � a �nica possibilidade de perd�o para os policiais envolvidos no massacre.

A C�mara dos Deputados analisa um projeto que pode ter o mesmo efeito. O texto foi aprovado na Comiss�o de Seguran�a em agosto deste ano.


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