
A ida a Washington, com um convite que foi refor�ado por Joe Biden ap�s os ataques golpistas em Bras�lia, ocorrer� menos de um m�s ap�s a viagem de Lula � Argentina, que abrange uma visita oficial ao aliado Alberto Fern�ndez e a participa��o na c�pula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), bloco que o pa�s voltou a integrar sob o petista.
Depois de Buenos Aires, Lula far� uma parada no Uruguai.
Na manh� desta quarta, o presidente participou de encontros com representantes de centrais sindicais no Pal�cio do Planalto. Em seu discurso, enfatizou o trabalho de reconstru��o da imagem internacional do Brasil ap�s o governo de Jair Bolsonaro (PL).
"Esse pa�s n�o pode continuar sendo eternamente um pa�s emergente, em via de desenvolvimento. Ele precisa dar uma chance a n�s mesmos, uma chance de nos transformarmos em pa�s desenvolvido", disse. "Essa � a raz�o pela qual estou aqui: para a gente reconstruir a nossa imagem no exterior. Domingo [22] vou � Argentina, dia 10 vou aos EUA, em mar�o vou � China. E vamos receber aqui a Alemanha e a Fran�a. Vamos fazer com que o Brasil vire protagonista internacional outra vez."
Lula havia sido convidado para ir aos EUA para um encontro com Biden ainda antes da posse, segundo anunciou o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Em encontro com o conselheiro de Seguran�a Nacional Jake Sullivan, por�m, o presidente acertou a viagem para este ano, alegando quest�es internas a serem resolvidas, incluindo as negocia��es para a formata��o do minist�rio.
Segundo integrantes do governo, o Minist�rio de Rela��es Exteriores chegou a indicar a Washington que Lula teria disponibilidade para a viagem entre 1º e 12 de fevereiro. O Itamaraty, ent�o, aguardou nesta semana uma resposta da Casa Branca.
N�o est� prevista agenda em outro pa�s ap�s o encontro com Biden. A inten��o de uma viagem � China, agora acertada para mar�o, foi antecipada pelo hoje chanceler Mauro Vieira ainda durante os trabalhos do gabinete de transi��o.
No evento no Plananto, Lula n�o deu detalhes sobre as viagens a Bras�lia de Emmanuel Macron, presidente da Fran�a, e de Olaf Scholz, premi� da Alemanha. Mais tarde, em entrevista � GloboNews, disse que receber� o alem�o em 30 de janeiro. Os dois pa�ses foram cr�ticos ao Brasil na gest�o Bolsonaro, em particular devido � pol�tica ambiental do ex-presidente, que resultou na alta dos �ndices de desmatamento, entre outros indicadores negativos.
Depois de ir ao Egito, para a COP27, e a Portugal antes de assumir, Lula deve embarcar neste domingo (22) para Buenos Aires para a primeira viagem internacional de seu terceiro mandato. Membros do governo informaram que h� a inten��o de que, no encontro com Fern�ndez, os chefes de Estado assinem uma declara��o de retomada da parceria estrat�gica, indicando uma nova fase na reconstru��o das rela��es —o argentino tamb�m teve atritos e afastamento com Bolsonaro.
Al�m disso, o encontro bilateral deve resultar na assinatura de um acordo de integra��o econ�mica e energ�tica. A expectativa do Planalto � que, ao voltar da Argentina e do Uruguai, Lula tenha uma perspectiva mais clara de quando e como ser� poss�vel destravar o acordo comercial do Mercosul com a Uni�o Europeia.