
Hoje na Uni�o Brasil, Rodrigues chegou a participar em dezembro da reuni�o da bancada do PL que bateu o martelo sobre o nome do senador eleito Rog�rio Marinho (PL-RN) para disputar a presid�ncia do Senado.
Durante o an�ncio da candidatura de Marinho, integrantes do PL afirmaram que o senador havia assinado a ficha de filia��o ao partido e que a bancada na pr�xima legislatura passaria de 14 para 15 membros.
Al�m de ter sido vice-l�der do governo Bolsonaro, Chico Rodrigues empregou no Senado Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Leo �ndio, primo dos filhos do ex-presidente da Rep�blica e homem de confian�a do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Agora, integrantes do PT d�o como certa a ida de Chico Rodrigues para o PSB e brincam que ele j� est� sendo chamado de "companheiro Chico Rodrigues" --em refer�ncia a express�o que � marca do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT).
Governo Bolsonaro
O senador deixou a vice-lideran�a do governo Bolsonaro no Senado em 2020 depois de ter sido flagrado com dinheiro na cueca em uma opera��o da PF (Pol�cia Federal) contra o desvio de recursos de combate � COVID-19.
Rodrigues chegou a ser afastado do cargo por decis�o do STF (Supremo Tribunal Federal) e s� retornou ao mandato em fevereiro de 2021.
Na �poca, o parlamentar afirmou em carta aos colegas que nunca cometeu nenhum il�cito e que n�o conseguiu "manter o comportamento de equil�brio mais adequado" porque entrou em p�nico com a chegada da PF.
Chico Rodrigues tem dito a aliados que � grato ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, pelo convite para se filiar ao partido. Mas ele alega a interlocutores que estar na base do governo Lula pode ser mais vantajoso para o estado de Roraima neste momento.
O senador se encontrou pessoalmente com Alckmin e tem conversado com diferentes ministros do novo governo. Rodrigues esteve na cerim�nia de posse do vice-presidente no Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio.
Pessoas pr�ximas ao senador tamb�m reclamam do tratamento dado a ele por dirigentes da Uni�o Brasil. No Senado, a sigla � controlada pelo ex-presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (AP).
Chico Rodrigues
Chico Rodrigues publicou um v�deo em suas redes sociais em que afirma que vai se manter "vigilante", mas exalta o novo governo. "Governo do presidente Lula, que tem todo o compromisso e responsabilidade em tornar a vida dos brasileiros melhor."
Procurada, a assessoria do senador afirmou que ele ainda est� conversando com diferentes partidos.
O PT quer fortalecer o PSB para ampliar o apoio a Lula no Senado. O partido tem um �nico representante na Casa, o senador D�rio Berger (SC) --que n�o conseguiu se reeleger. Em outubro, a sigla elegeu apenas o atual ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, Fl�vio Dino (PSB-MA).
Outro nome que pode se juntar ao de Chico Rodrigues no PSB � o do senador Jorge Kajuru (Podemos-GO). Aliados do senador afirmam que ele deve se filiar ao PSB nos pr�ximos dias e assumir a lideran�a da bancada.
Kajuru foi convidado para voltar ao PSB pelo presidente da sigla, Carlos Siqueira, por Alckmin e pelo secret�rio de Assuntos Legislativos do Minist�rio da Justi�a e Seguran�a P�blica, deputado federal Elias Vaz (PSB-GO).
Primeira suplente na chapa de Dino, a vice-prefeita de Pinheiro (MA), Ana Paula Lobato (PSB-MA), j� decidiu que vai continuar no PSB. Com a filia��o de ao menos outros dois senadores, o PSB conseguiria atingir o n�mero m�nimo para que um dos parlamentares seja al�ado a l�der.
A representa��o garante ao parlamentar e ao partido uma s�rie de vantagens, como participa��o no col�gio de l�deres do Senado, possibilidade de orientar vota��es, e prefer�ncia em discursos no plen�rio e comiss�es.
Quem tamb�m estuda mudar de partido � a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA). Aliados da senadora afirmam que ela pode se filiar ao PSD --sigla do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)-- ou ao MDB --legenda da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MS).
Eliziane n�o esconde a insatisfa��o com a decis�o da bancada do Cidadania na C�mara de ficar independente em rela��o ao governo Lula. O an�ncio foi feito no s�bado (14), em nota assinada pelo deputado federal Alex Manente (Cidadania-SP).
A senadora participou ativamente da campanha de Lula no segundo turno e foi uma das articuladoras da carta que o petista endere�ou a evang�licos. Amiga de Tebet, ela tamb�m estava no palco durante a cerim�nia de posse da ministra do Planejamento.