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Estado de Minas NOVO GOVERNO

Troca no comando do Ex�rcito deve resultar em novas demiss�es

Mudan�as ser�o tomadas em conversas entre o presidente, o ministro da Defesa, Jos� M�cio Monteiro, e o novo comandante do Ex�rcito, Tom�s Paiva


23/01/2023 03:35 - atualizado 23/01/2023 10:13

General Júlio César de Arruda discursa em solenidade de passagem do Comando Militar do Leste, em 2020
General J�lio C�sar de Arruda discursa em solenidade de passagem do Comando Militar do Leste, em 2020 (foto: Marcos Corr�a/PR)
A decis�o do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) de trocar o comando do Ex�rcito, tirando o general J�lio C�sar de Arruda do cargo, deve acarretar novas mudan�as em cargos estrat�gicos da For�a. Alguns por insatisfa��o do petista, outros por mudan�as naturais com as trocas de comando.

As decis�es, no entanto, ser�o tomadas em conversas entre o presidente, o ministro da Defesa, Jos� M�cio Monteiro, e o novo comandante do Ex�rcito, Tom�s Paiva.

Uma das mudan�as consideradas certas � com o tenente-coronel Mauro Cid. Ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o militar foi designado no ano passado para comandar o 1�° Batalh�o de A��es de Comando, em Goi�nia, como revelou a Folha.

A sa�da de Cid de Bras�lia se deu em acordo entre o Ex�rcito e o Pal�cio do Planalto, enquanto avan�avam investiga��es contra o tenente-coronel na PF (Pol�cia Federal).

Assumir um cargo de comando, segundo militares ouvidos pela Folha, era um processo natural pelo posto a que havia chegado -Cid foi promovido de major a tenente-coronel na gest�o Bolsonaro.

A situa��o de Cid foi considerada a gota d'�gua para a queda de Arruda. Segundo pessoas pr�ximas, Lula queria a retirada do tenente-coronel do posto de comando enquanto investiga��es sobre transa��es suspeitas feitas por ele, com recursos da fam�lia de Bolsonaro, estivessem na mira da Pol�cia Federal, como revelou a Folha.

Arruda, no entanto, resistiu � mudan�a. De acordo com aliados de Lula, a postura do general neste caso foi decisiva para a troca no comando do Ex�rcito.

A manuten��o do general Gustavo Henrique Dutra no cargo de comandante Militar do Planalto tamb�m passou a ser discutida. General de tr�s estrelas oriundo das For�as Especiais, Dutra � considerado um militar habilidoso e com grandes chances de receber a quarta estrela no ombro em 2024.

Nos �ltimos dois meses, ele defendeu uma retirada gradual do acampamento em frente ao QG do Ex�rcito, em Bras�lia, sem que houvesse conflito ou viol�ncia contra os apoiadores de um golpe militar que estavam no local.

Apesar de a estrat�gia ter o aval de M�cio, a demora para o desmonte do acampamento golpista � considerada pelo Planalto uma das principais raz�es para que os ataques contra as sedes dos tr�s Poderes fossem viabilizados, em 8 de janeiro.

Pesa tamb�m a postura adotada por Dutra, junto com Arruda, de evitar que a Pol�cia Militar prendesse os golpistas na noite do ataque.

Como a Folha mostrou, o interventor Paulo Cappelli queria desmontar o acampamento bolsonarista ap�s a invas�o aos pr�dios p�blicos, mas foi barrado pelos militares, que defenderam uma a��o coordenada somente na manh� do dia seguinte.

O tenente-coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora, chefe do Batalh�o da Guarda Presidencial, tamb�m pode perder o posto. Ele tem sido acusado de dificultar a pris�o de golpistas dentro do Pal�cio do Planalto.

Um inqu�rito policial-militar foi aberto para investigar a conduta de Fernandes. A aliados ele tem afirmado que n�o agiu para proteger os golpistas. A vers�o na caserna � que os policiais militares agiram de forma mais agressiva no Planalto porque um colega, que fazia policiamento a cavalo, havia sido agredido momentos antes.

Segundo essa vers�o, o tenente-coronel teria discutido com os policiais, como mostram v�deos, para conter o �mpeto e evitar agress�es quando os manifestantes golpistas j� estavam controlados.

Al�m dos tr�s, a �ltima mudan�a que deve ocorrer � a sa�da do general Val�rio Stumpf Trindade. Ele e Tom�s Paiva ascenderam ao posto de general de Ex�rcito juntos em julho de 2019 e, pelas regras militares, o comandante da For�a n�o pode ter entre os subordinados nenhum militar mais antigo.

Stumpf � o atual chefe do Estado-Maior do Ex�rcito, cargo considerado como n�mero 2 da For�a. A vaga da chefia do Comando Militar do Sudeste, at� ent�o comandando por Tom�s, tamb�m ficar� em aberto.

Com a mudan�a, devem ser realizadas novas trocas em cargos da c�pula do Ex�rcito para evitar uma car�ncia no cargo de chefia.

A fun��o no Estado-Maior costuma ser assumida por um dos oficiais-generais mais antigos da For�a.

A demiss�o de Arruda foi confirmada no s�bado (21) por Jos� M�cio Monteiro, ap�s o ministro apresentar formalmente o novo comandante Tom�s Paiva ao presidente Lula.

"Evidentemente que com esses �ltimos epis�dios, a quest�o dos acampamentos, a quest�o do [ataque] dia 8 de janeiro, as rela��es no comando do Ex�rcito sofreram uma fratura no n�vel de confian�a. Ach�vamos que pod�amos estancar isso logo no in�cio", disse M�cio, em breve declara��o a jornalistas.


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