
A VII C�pula dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que acontece nesta ter�a-feira (24) em Buenos Aires, buscar� promover a integra��o de pa�ses que enfrentam m�ltiplas crises pol�ticas e econ�micas, influenciados pelo impulso renovado do Brasil ap�s a posse de Lula.
A reuni�o desse f�rum de consulta formado por 33 pa�ses, atualmente presidido pela Argentina, tem como protagonista o presidente brasileiro, que retorna ao cen�rio internacional ap�s vencer as elei��es, com um discurso no qual recorda permanentemente as conquistas diplom�ticas de seus dois primeiros governos (2003-2010).
"O Brasil est� outra vez de bra�os abertos", resumiu Lula na segunda-feira ao seu hom�logo argentino Alberto Fern�ndez na Casa Rosada, na primeira visita de Estado de seu novo mandato.
Lula sempre deixou expl�citas as ambi��es de uma lideran�a pol�tica internacional que entende caber ao Brasil por sua dimens�o geogr�fica, peso econ�mico e, mais recentemente, pela amplitude do territ�rio amaz�nico, em um mundo que busca coordenar esfor�os contra as mudan�as clim�ticas.
Mas os anos em que o Brasil, com Lula na Presid�ncia, foi um articulador preponderante entre os pa�ses emergentes e as na��es industrializadas no G20, promovendo o grupo Brics (Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul), ou a Unasul e a pr�pria Celac, criada em 2010, passaram longe.
Nesta c�pula em Buenos Aires, a presen�a dos l�deres foi um pouco reduzida. Estar�o presentes v�rios l�deres de esquerda, como o colombiano Gustavo Petro e o chileno Gabriel Boric, e l�deres de centro-direita, como o uruguaio Luis Lacalle Pou. Mas muitos de ambos os lados do espectro pol�tico n�o compareceram � convoca��o, como o presidente da segunda maior economia da Am�rica Latina, o mexicano Andr�s Manuel L�pez Obrador.
Outros desertaram no �ltimo momento, como Nicol�s Maduro. O governante venezuelano, que foi denunciado perante a Justi�a argentina por organiza��es civis e particulares por viola��o dos direitos humanos, na tentativa de que fosse investigado caso chegasse ao pa�s, anunciou na segunda-feira que n�o pisar� em solo argentino.
Maduro tinha um encontro marcado na segunda-feira com Lula, que manteve na agenda o encontro com o cubano Miguel D�az-Canel, depois de pedir ao seu anfitri�o Alberto Fern�ndez o fim do embargo dos Estados Unidos a Cuba.
A c�pula da Celac acontece em um contexto de m�ltiplas crises internas nos pa�ses latino-americanos, e inclusive tens�es entre vizinhos e parceiros.
O Mercosul vive uma profunda crise em meio � decis�o de Montevid�u de negociar um TLC bilateral com a China e solicitar a entrada no Acordo Transpac�fico sem o consentimento dos demais s�cios do bloco, decis�o fortemente questionada por Brasil, Argentina e Paraguai.
"A Am�rica Latina est� quebrada do ponto de vista institucional" e, al�m disso, "n�o conseguiu se inserir coletivamente no mundo", afirmou Ignacio Bartesaghi, especialista em Rela��es Internacionais e Integra��o da Universidade Cat�lica do Uruguai, em entrevista � AFP.
A c�pula teve in�cio �s 10h00 e uma coletiva de imprensa final est� marcada para as 17h30.