
As disputas paralelas tamb�m poderiam comprometer a elei��o do nome de Lira para a vaga de ministro do TCU (Tribunal de Contas da Uni�o), o deputado Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR).
Em busca da reelei��o, Lira fechou acordo com uma ampla gama de partidos que v�o do PL de Jair Bolsonaro ao PT de Lula, passando por legendas do centr�o, como Republicanos, e de centro-direita, como Uni�o Brasil.
Enquanto a recondu��o de Lira deve ocorrer com vota��o expressiva, a elei��o de dois outros cargos na mesa teve n�s que o presidente da C�mara e o governo precisaram desatar na v�spera da elei��o.
Um deles, na Uni�o Brasil, seguia sem desfecho at� a noite desta ter�a. Pelas negocia��es, o partido ficaria com a primeira secretaria e indicaria o nome do presidente da legenda, Luciano Bivar (PE), para o posto.
A Uni�o Brasil, no entanto, enfrenta um racha desde a vit�ria de Lula ante Bolsonaro. Bivar articulou para que a legenda se aproximasse do governo, apesar de parte da bancada expressar oposi��o ao petista.
Apesar das resist�ncias internas, a Uni�o Brasil emplacou tr�s ministros na Esplanada: Juscelino Filho (MA), nas Comunica��es, e Waldez G�es (licenciado do PDT), na Integra��o --que s�o apontados como indica��o do senador Davi Alcolumbre (AP)--, e Daniela do Waguinho (RJ), no Turismo.
Bivar tamb�m tentou boicotar a recondu��o de Elmar Nascimento (BA) na lideran�a do partido na C�mara ao apoiar o deputado Pedro Lucas Fernandes (MA), mas n�o teve sucesso.
Parlamentares
Por causa dessas a��es, ala da legenda articulou o lan�amento do deputado Mendon�a Filho (PE) para concorrer com Bivar pela vaga na primeira secretaria. Parlamentares de partidos de centro indicaram que, se isso ocorresse, havia chances de Mendon�a Filho ganhar.
O pr�prio presidente da C�mara, Arthur Lira, por�m, entrou em campo nesta ter�a para dissuadir Mendon�a da ideia de se candidatar. Na avalia��o de integrantes da Uni�o Brasil, Lira quer evitar desarranjos no dia da sua elei��o. Al�m disso, Mendon�a � de uma ala da legenda distante do governo e sua elei��o poderia representar entraves para aliados de Lula na C�mara.
Ap�s o apelo de Lira, Mendon�a tendia a retirar a candidatura, mas a decis�o estava pendente, at� a noite de ter�a, da opini�o do grupo do qual o deputado faz parte.
Outra fonte de descontentamento era o PV, que, com o PC do B, integra a federa��o do PT. Sem cargos no primeiro escal�o do governo, o partido amea�ava lan�ar um nome --Aliel Machado (PR) ou Jadyel da Jupi (PI)-- para disputar a segunda secretaria com a petista Maria do Ros�rio. No entanto, o governo agiu para para contemplar o partido em reuni�es realizadas nesta ter�a.
Primeiro, l�deres do PV encontraram-se com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o l�der do governo na C�mara, Jos� Guimar�es (PT-CE). No encontro, ficou acertado que eles ter�o um titular na CCJ (Comiss�o de Constitui��o e Justi�a), a segunda escolha de comiss�o que vai caber � federa��o e emplacar�o um vice-l�der no governo, o deputado Bacelar (PV-BA).
Em seguida, o PV tamb�m se reuniu com o ministro das Rela��es Institucionais, Alexandre Padilha. O partido tem o Iphan (Instituto do Patrim�nio Hist�rico Nacional) e quer tamb�m algum �rg�o ligado ao Meio Ambiente, como ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conserva��o da Biodiversidade).
Diante da possibilidade de acordos serem rompidos, o presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), tenta evitar qualquer mudan�a que possa comprometer seu arco de alian�a. Nesta ter�a (31), Lira disse que estava fazendo as �ltimas conversas sobre espa�o e proporcionalidade de partidos na mesa diretora.
"Tem algumas demandas de possibilidade de candidaturas avulsas que n�s estamos conversando para que n�o existam e que a gente chegue com a unidade partid�ria e do bloco mantida do come�o ao final", afirmou.
A opera��o de Lira e do governo tinha duas motiva��es principais, uma para o deputado e outra para os aliados de Lula. No caso do presidente da C�mara, um rev�s para o PT na mesa diretora poderia comprometer a j� dif�cil elei��o de Jhonatan de Jesus para o TCU. Isso porque parlamentares petistas indicaram que poderiam deixar de dar votos do partido para o deputado do Republicanos caso n�o fossem contemplados com a segunda secretaria.