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Estado de Minas NOVO MANDATO

Alcolumbre articula reelei��o de Pacheco no Senado j� de olho em 2025

Presidente do Senado � o favorito na disputa de hoje. Ele conta com o apoio do colega do Uni�o Brasil, que comanda a CCJ


01/02/2023 04:00 - atualizado 01/02/2023 07:48

Rodrigo Pacheco (PSD-MG) tem o apoio do Palácio do Planalto para continuar dirigindo uma das Casas do Congresso
Rodrigo Pacheco (PSD-MG) tem o apoio do Pal�cio do Planalto para continuar dirigindo uma das Casas do Congresso (foto: WALDEMAR BARRETO/AG�NCIA SENADO)

Julia Chaib, Tha�sa Oliveira, Raniel Bragon e Danielle Brant

Bras�lia – O Senado e a C�mara dos Deputados t�m reuni�es marcadas para hoje, a fim de eleger as  novas Mesas Diretoras para os pr�ximos dois anos. Tamb�m tomar�o posse os 27 senadores e os 513 eleitos ou reeleitos em outubro. Na C�mara, a expectativa � de reelei��o tranquila de Arthur Lira (PP-AL). No Senado, a candidatura do ex-ministro Rog�rio Marinho (PL-RN) cresceu nos �ltimos dias, mas Rodrigo Pacheco (PSD), eleito por  Minas Gerais e que tem o apoio do Pal�cio do Planalto, mant�m o favoritismo em busca da reelei��o. Ex-aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Davi Alcolumbre (Uni�o Brasil-AP) se tornou uma das principais pontes do PT com o Senado. Ele � um dos respons�veis por afian�ar acordos em busca da reelei��o de Rodrigo Pacheco.

Em di�logo constante com integrantes da gest�o Lula, Alcolumbre articula sua perman�ncia no comando da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), a mais poderosa do Senado, mas desde j� mira no apoio do PT ao seu projeto de concorrer � presid�ncia do Senado em 2025. Senadores – aliados e advers�rios de Alcolumbre – reconhecem que ele � individualmente uma das principais lideran�as da Casa. A ele s�o atribu�dos adjetivos como "cumpridor" de acordos e bom articulador pol�tico.
Al�m disso, parlamentares apontam que, nos quatro anos de gest�o Bolsonaro, Alcolumbre foi um dos principais operadores das emendas de relator no Senado, o que lhe garantiu ascend�ncia sobre os pares. Mesmo que esse instrumento tenha sido extinto por decis�o do Supremo Tribunal Federal, a avalia��o no Congresso � a de que a negocia��o pelo uso dessas verbas deu grande capital pol�tico ao senador. A influ�ncia de Alcolumbre virou motivo de ci�mes no PT e, principalmente, no Uni�o Brasil. Na montagem do governo, o partido de centro ficou com tr�s minist�rios.

Pouco ap�s as nomea��es, dirigentes e integrantes do Uni�o Brasil reclamaram que a equipe petista conduziu o processo de forma atabalhoada e acabou contemplando principalmente Alcolumbre – na conta de quem s�o colocadas duas indica��es: a dos ministros das Comunica��es, Juscelino Filho (Uni�o Brasil), e da Integra��o, Waldez G�es (PDT). Embora seja do PDT e esteja apenas licenciado do partido, o ex-governador do Amap� Waldez G�es � pr�ximo de Alcolumbre – o senador tamb�m articulou a indica��o do aliado junto a governadores da regi�o da Amaz�nia.

A terceira ministra na cota do Uni�o Brasil � a deputada eleita Daniela Carneiro (RJ). Ela foi piv� da primeira crise envolvendo o governo, por causa da liga��o de seu grupo pol�tico com milicianos. O caso foi revelado pela Folha. A argumenta��o dos cr�ticos de Alcolumbre � que, mesmo com a entrega de tr�s minist�rios, nem metade das bancadas do Uni�o Brasil na C�mara e no Senado toparia aderir � base de Lula. A legenda se colocou como "independente" em rela��o ao novo governo.

Diante das reclama��es, colegas de partido dizem que o clima � de desconfian�a e que o senador est� prestes a deixar a sigla. Procurado, Alcolumbre afirmou que vai continuar no Uni�o Brasil.

"De zero a 10, a chance de eu deixar o Uni�o Brasil � zero", disse o senador na segunda-feira. Para apaziguar a situa��o do partido no Senado, que ter� nove integrantes com a sa�da de Chico Rodrigues (Uni�o Brasil-RR), Alcolumbre decidiu abrir espa�o para o ex-deputado federal e senador eleito Efraim Filho (Uni�o Brasil-PB) assumir o comando da bancada.

RECLAMA��O 

O protagonismo de Alcolumbre tamb�m virou motivo de reclama��o entre apoiadores do principal advers�rio de Pacheco na disputa pelo comando do Senado, o ex-ministro de Bolsonaro e senador eleito Rog�rio Marinho (PL-RN). Parlamentares de PL, PP e Republicanos, que fecharam apoio a Marinho e decidiram formar um bloco, afirmam que � Alcolumbre quem "p�e a m�o na massa" para eleger Pacheco, e ironizam que ele vai presidir o Senado indiretamente.

A participa��o de Alcolumbre tamb�m irritou senadores do PSD, sigla de Pacheco. Rival pol�tico do senador no Amap�, Lucas Barreto (PSD-AP) se queixou aos colegas que a elei��o para a presid�ncia da Casa neste ano parece amarrada com a de 2025. Outros integrantes da bancada tamb�m levaram as cr�ticas sobre Alcolumbre ao pr�prio Pacheco. Senadores reclamaram que ele tem negociado comiss�es e espa�o na Mesa Diretora � revelia dos colegas, e que o Senado virou um jogo de cartas marcadas.

Por outro lado, aliados de Alcolumbre afirmam que ele est� apenas repetindo o que fez dois anos atr�s, quando trabalhou como uma esp�cie de "coordenador de campanha" para fazer com que Pacheco o sucedesse na presid�ncia do Senado. Ap�s a vit�ria de Lula, Alcolumbre chegou a confidenciar a pessoas pr�ximas que assumiria a lideran�a do governo se fosse convidado. Ap�s a indica��o de ministros de que isso n�o ocorreria, o senador decidiu perseguir a presid�ncia do Senado mais uma vez. Petistas argumentam que a op��o do governo em contemplar Alcolumbre n�o visa s� o Uni�o Brasil, o que � corroborado por parlamentares de outras legendas.

Ex-presidente do Senado e operador do direcionamento das bilion�rias verbas das emendas de relator entre os parlamentares, Alcolumbre exerce influ�ncia sobre pol�ticos de outros partidos, no Senado e na C�mara. Petistas dizem que a aposta no senador ocorreu diante de promessas de que ele entregaria cerca de 23 votos s� no Senado – ou seja, mais de um quarto da Casa. Alcolumbre foi um dos grandes respons�veis pela elei��o de Pacheco como seu sucessor. Ele tamb�m foi fundamental na articula��o para a aprova��o da proposta de emenda � Constitui��o que deu margem de manobra or�ament�ria ao novo governo.

O PT chegou a vetar que o deputado Elmar Nascimento (Uni�o Brasil-BA) fosse al�ado a ministro, o que tamb�m gerou desgastes na rela��o do governo com o Uni�o Brasil. Ap�s quase um m�s de conversas, por�m, o governo tende a ceder a mais pedidos do Uni�o Brasil, e o cen�rio de ades�o de votos da sigla a pautas encampadas pelos petistas � hoje melhor do que em dezembro. Elmar deve manter um indicado no comando da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do S�o Francisco e do Parna�ba e busca avan�ar sobre outros �rg�os. (Folhapress com outras ag�ncias)


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