O chefe do Executivo comentou sobre os atos golpistas e elogiou a atua��o dos ministros do STF. "Naquele dia 8 de janeiro, a viol�ncia e �dio mostraram sua face mais absurda: o terror. N�o foi um epis�dio nascido por gera��o espont�nea, mas cultivado em sucessivas investidas contra o direito e a Constitui��o, com o objetivo de sustentar um projeto autorit�rio de poder."
"Daqui desta sala, contra a qual se voltou o mais concentrado �dio dos agressores, partiram decis�es corajosas e absolutamente necess�rias para enfrentar e deter o retrocesso, o negacionismo e a viol�ncia pol�tica", emendou.
Rela��o dos Poderes

O presidente seguiu elencando a��es do Supremo em prol da sociedade e criticou a gest�o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), citando "ina��o" durante a pandemia e fake news. "Em defesa da Constitui��o e dos direitos, esta Corte atuou durante a pandemia para tirar da ina��o um governo que se recusava a atender as necessidades b�sicas da popula��o. Atuou para enfrentar a ind�stria de mentiras no submundo das redes sociais e para coibir os mais not�rios propagadores do �dio pol�tico. Atuou, por meio de seus representantes na Justi�a Eleitoral, para garantir nosso avan�ado processo eletr�nico de vota��o e a pr�pria realiza��o das elei��es do �ltimo ano."
Ainda sobre os ataques e a busca pela responsabiliza��o, Lula disse que "a hist�ria h� de registrar e reconhecer esta p�gina heroica do Judici�rio brasileiro". "Esta Corte atuou e continua atuando para identificar e responsabilizar por seus crimes aqueles que atentaram, de maneira selvagem, contra a vontade das urnas. A hist�ria h� de registrar e reconhecer esta p�gina heroica do Judici�rio brasileiro."
Reais inimigos s�o outros
Em discurso de uni�o, o chefe do Executivo destacou que "o povo brasileiro n�o quer conflitos entre as institui��es". "N�o quer agress�es, intimida��es nem o sil�ncio dos poderes constitu�dos. O povo brasileiro quer e precisa, isso sim, de muito trabalho, dedica��o e esfor�os dos Tr�s Poderes no sentido de reconstruir o Brasil."
Lula completou que os reais inimigos s�o outros: fome, desigualdade, falta de oportunidades, extremismo e viol�ncia pol�tica, destrui��o ambiental e crise clim�tica. "Tenho a certeza de que juntos vamos enfrent�-los. E de que juntos poderemos super�-los."
Por fim, afirmou que o Poder Executivo estar� � disposi��o do Supremo e do Conselho Nacional de Justi�a para "o di�logo e a constru��o de uma agenda institucional que aprimore a garantia e a materializa��o de direitos neste pa�s, pois onde houver um s� cidad�o injusti�ado n�o haver� verdadeira Justi�a", concluiu.
"Democracia Inabalada"
No come�o do evento foi exibido um v�deo intitulado "Democracia Inabalada", mostrando as condi��es deplor�veis em que as instala��es do Supremo ficaram ap�s os vandalismos e ainda o trabalho de limpeza e restaura��o envolvendo funcion�rios da Corte.
A presidente do Supremo, Rosa Weber, que iniciou as falas, destacou que a Corte est� em "permanente vig�lia na incondicional defesa da supremacia da Constitui��o e da integridade da ordem democr�tica, sempre respeitando o conv�vio harmonioso dos demais poderes da Rep�blica". A ministra disse ainda que os golpistas envolvidos nos ataques "ser�o responsabilizados com o rigor da lei".
J� na chegada ao STF, ao lado da primeira-dama, Ros�ngela da Silva, a Janja, ao ser questionado sobre a reelei��o do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao Senado, Lula apenas acenou e entrou no pr�dio da Corte.
Entre os convidados presentes estavam o vice-presidente Geraldo Alckmin; o procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras; Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado; o ministro do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) Bruno Dantas; e a governadora em exerc�cio do Distrito Federal, Celina Le�o (PP-DF). Tamb�m compareceram os ministros Fl�vio Dino (Justi�a), Jorge Messias (AGU) e Vin�cius Carvalho (CGU), al�m de embaixadores estrangeiros e chefes de minist�rios.